quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Boas festas e um Bom Ano Novo

Olá a todos, desde já, peço desculpa por ter falhado ao dever na última semana, mas com a natural azáfama característica desta quadra e com prazos para cumprir nas obras também, foi-me impossível mandar o meu bitaite. Afinal o que é isto de Boas Festas? Nesta época celebrámos o nascimento de nem mais nem menos, Jesus Cristo, o "menino"! Se repararmos bem, festejamos o nascimento daquilo que entusiasma todas as classes, todas as raças, todas as religiões, todas as faixas etárias, etc., as crianças! Agora perguntem-se, porque lhes achamos graça? No meu intrínseco eu respondo: porque são puras e não são ameaças à nossa integridade (seja ela qual for!). Agora, reflictam, e se voltássemos todos a ser (moralmente) tal como já fomos num determinado momento, no momento da nascença? Que paraíso :) Esta reflexão embarca-nos também para a entrada no Novo Ano e naquilo que podemos e devemos melhorar, porque sim, nós podemos melhorar todos os dias e atingir as nossas metas! No meu caso pessoal, espero melhorar muito em 2011 e aprender todos os dias mais um pouco, porque não é vergonha assumir que a experiência também é um saber e divergir também é melhorar, ou será apenas outro ponto de vista? Boas entradas e "Hasta Madrid!"

Mesmo a propósito. Tempo.



Time - Pink Floyd

Conduza com precaução. Mais vale perder um minuto na vida!

A GNR registou oito mortos em 868 acidentes de viação nos quatro dias da ‘Operação Natal’, o dobro das vítimas mortais verificadas no mesmo período de 2009.


Este ano, em 868 acidentes (menos 335 do que em idêntico período de 2009), foram registados 21 feridos graves (menos quatro do que no ano anterior) e 240 feridos ligeiros (menos 104 do que em 2009).

Façam o favor de ser cuidadosos. Não se esqueçam que têm de ter atenção redobrada, por vós e pelos outros.

Para que este final de ano não seja mais uma época negra nas estradas portuguesas.



Fonte: Correio da Manhã

Governos levou ontem uns amassos valentes do PR



Referindo-se ao aumento de 500 milhões pedido pela administração do BPN, Cavaco afirmou«O Governo nunca me falou nisso. Não tenho essa informação. O que me parece é que há um problema de administração, porque não aconteceu isso nos bancos estrangeiros».


Acrescentou ainda, o actual presidente: «surpreende é que em Inglaterra tenham ocorrido perturbações grandes e grandes prejuízos em bancos e que tenham sido nomeadas administrações profissionais independentes e tenham conseguido recuperações notáveis».


Entretanto, Silva Pereira já veio ameaçar Cavaco e desafia-lo a passar lá na rua dele onde há mais pedras.
O menino José recupera dos amassos dados pelo presidente.




Fontes: TSF Rádio; Publico

Alegre o Mágico

A lebre do PS nas presidenciais

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Será que têm "legumes" para o fazer?

«Uma auditoria do Tribunal de Contas revela que há empresas públicas a investir nos mercados quando o dinheiro deveria estar no tesouro. O Governo tem assim argumentos para despedir gestores públicos de empresas como a CP, Metro e Refer.

De acordo com o jornal "I", o relatório diz que maioria das empresas públicas, sobretudo de transportes, desrespeita o regime da tesouraria do Estado, que obriga que os investimentos financeiros do setor empresarial público devem estar no Tesouro.

A auditoria identificou 40 empresas públicas a ganhar dinheiro em investimentos à margem do Tesouro sem devolver um cêntimo de ganhos ao Estado.»

A questão aqui é: mas será que o governo fará cumprir a lei e vai colocar os interesses do estado e a justiça acima de tudo? E fará destes gestores um exemplo para os outros?
Que acha o leitor? Esperamos para ver, que será o melhor. Mas pelo sim pelo não, esperemos sentados.

Fonte: Expresso

Nenhum condutor que se queixou de obras nas auto-estradas foi reembolsado


In Jornal Publico 28 Dezembro 2010

Publicada há mais de três anos, a lei que estabelece a obrigatoriedade de ser devolvido aos utentes de auto-estradas o valor das portagens pagas nas vias sujeitas a obras não deu lugar a um único reembolso.


Isto porque, até hoje, nunca o Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias (InIR), enquanto regulador do sector, confirmou a existência de irregularidades ou de alguma situação de incumprimento. Resultado: "Não existiu nenhum ressarcimento aos utentes" das auto-estradas, confirmou fonte do InIR ao PÚBLICO.

Curiosamente, não foram muitos os pedidos de reembolso entregues directamente ao instituto regulador, usando o formulário que está disponível na pagina da Internet. Desde que entrou em vigor a legislação - pela Lei 24/2007, de 18 de Julho, regulamentada, quase um ano depois, pelo Decreto Regulamentar 12/2008, de 9 de Junho - o InIR recebeu apenas 41 pedidos de reembolso. As reclamações recebidas pelo instituto regulador diziam respeito a obras no lanço entre Condeixa e Coimbra, na A1; no lanço entre Coina e Palmela da A2 e, na A8, entre Lisboa e Malveira.

Já os pedidos de reembolso efectuados junto das concessionárias foram muitos mais. Só no caso da A8 (entre Lisboa e Leiria, concessionada à Auto-estradas do Atlântico) foram 290 os pedidos de devolução de taxas noticiados. Porém, é sempre o regulador quem tem de atestar a situação de incumprimento que poderá justificar o reembolso da portagem. E até agora o InIR não passou nenhum.

Obras não dão reembolso

Se o objectivo que esteve por trás da legislação era compensar os automobilistas pelo facto de estarem a pagar um serviço (circularem numa auto-estrada com segurança e fluidez) que não estava a ser cumprido, a forma como foi regulamentado acabou foi por afunilar as condições para que esse reembolso viesse a ter lugar.

Os reembolsos têm de ser pedidos pelos utentes e só têm lugar no caso de as concessionárias terem falhado no cumprimento do projecto da obra, que submeteram previamente à apreciação do regulador, com a publicação dos constrangimentos provocados.


Três dias depois de completar 90 anos, Artur Agostinho foi agraciado com a Comenda da Ordem Militar de Sant Iago da Espada, num dia que classificou como «um dos mais felizes» da sua vida.

Eu cresci a ouvir e ver Artur Agostinho. Como comentador desportivo, actor, quer no cinema quer na televisão. São 72 anos de carreira nos seus ligeiros 90 anos de existência.


Fica aqui a homenagem também da nossa rua.

Fonte: Sol

«Para serem mais honestos do que eu têm de nascer duas vezes»


Aqui fica uma foto do recém-nascido "bombeiro" do partido socialista (para não dizer cão de fila) tentando chegar aos calcanhares de Cavaco Silva.

Agora só lhe falta crescer e ser um "homenzinho".


domingo, 26 de dezembro de 2010

Um post sem nome

Sou sincero.
Não é fácil fazer um post no dia seguinte ao Natal. A não ser sobre as rabanadas, mexidos e afins que comi estes dois dias.
Porque falar numa altura destas nos sete mortos em apenas três dias nas estradas portuguesas; nos mais de 600.000 desempregados que vão entrar em 2011 à procura de uma oportunidade de trabalho; ver as câmaras municipais do país apelarem à abdicação de obras para concentrar esforços na solidariedade com as famílias no combate à pobreza; antecipar a desgraça que vai ser a próxima campanha presidencial pela manifesta pobre qualidade de 8 dos 9 candidatos (até ao momento pois ainda não foram todos validados pelo TC) que vão ser derrotados; ler o discurso da mensagem de Natal de José Sócrates e ver que o homem continua a ser o maior mentiroso e incompetente primeiro ministro que há memória; ver que apesar da crise e antecipando o que serão os próximos anos em Portugal os portugueses batem todos os recordes de compras este Natal gastando e endividando-se em milhões de euros; bem, acho que não devo escrever sobre tudo isto no dia a seguir ao Natal.

Por isso aqui fica em primeira mão para os leitores da Rua do Souto: comi 3 rabanadas e uns quantos mexidos. E é tudo o que me ocorre escrever.

A Rua do Souto dá musica aos leitores


Santana - While My Guitar Gently Weeps

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal a todos, em especial aos leitores da Rua do Souto



Esta é a mensagem que quero deixar ficar aqui a todos.
ESPERANÇA e FÉ.


Que exemplo melhor do que este?




In Correio do Minho de 23 de Dezembro

«Uma criança de pouco mais de dois anos de idade ‘salvou’ ontem o avô depois deste ter caído num buraco com vários metros de profundidade no Lugar da Ponte Nova, em Lomar, concelho de Braga.
José Duarte - assim se chama a criança - estava a passear com o avô, José Cândido Araújo da Rocha, de cerca de 70 anos de idade, ontem, perto da hora de almoço, e quando este foi recolher umas tampas de garrafa num terreno, o chão aluiu e o homem caiu num buraco, relatou o pai da criança ao ‘Correio do Minho’.
De acordo com José Manuel Barbosa, o sogro caiu num buraco estreito e escuro, de onde não conseguia sair sozinho.
“Felizmente não entrou em pânico” acrescenta.
Fonte dos Bombeiros Sapadores de Braga, que só conseguiram retirar a vítima com a ajuda de cordas e material de ‘rappel’, confirmou que a mina onde o homem caiu terá entre seis a dez metros de profundidade.
Foi o neto que, apesar da sua tenra idade, se afastou do local e caminhou em direcção a casa, que fica a cerca de 200 metros.
A criança acabou por ser encontrada, antes de chegar à estrada principal, por uma mulher que seguia de carro.
A automobilista estranhou ver uma criança tão pequena sozinha e parou. Foi então que o me-nino disse que o avô tinha caído num buraco.»

Boas Festas e um Santo Natal

São os votos da Rua do Souto

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rua do Souto invadida

Mais uma vez, a Rua do Souto é o centro das atenções em Braga. E na próxima sexta-feira não será excepção.

Reestruturar a Estrutura

Com a actual conjuntura (nem vale a pena adjectivá-la por que já há demasiados arautos da desgraça e velhinhos do Restelo que se encarregam disso) é conveniente planear uma forma para a contrariar. Uma dessas formas é por intermédio da reestruturação da estrutura do país. É certo que a estrutura é sustentada por vários “pilares”. Desses, há um que merece especial atenção e que não a tem tido: a organização administrativa do território. Atenção que com esta afirmação não estou a falar da regionalização! Longe disso… Antes de se avançar para essa discussão, considero mais premente que se repense a reorganização dos municípios, nomeadamente através da redução do seu número de juntas de freguesia.

A discussão em torno da redução do número de freguesias tem sido convenientemente ostracizada pelos autarcas e pelos dirigentes políticos praticamente por todo o país. Contudo, há algumas excepções, sendo a mais emblemática a de António Costa que já esboçou uma relativa abertura à problemática em questão.

Ao repensar a Cidade para a transpor na era da modernidade que se pretende eficiente do ponto de vista da gestão e das benfeitorias para os seus habitantes, não se pode estar aprisionado a um modelo organizativo do território secular com uma predominância paroquial. É certo que não nos podemos divorciar por completo da nossa herança histórica clerical, no entanto, num Estado que se quer laico, que se quer produtivo, que se quer moderno, convém que não existam constrangimentos históricos dessa ordem, nem embaraços feudais.

Partido do exemplo particular de Braga, lanço a pergunta: Num concelho com sensivelmente 170.000 habitantes justifica-se a existência de 62 freguesias? Pessoalmente acho absurdo, contraproducente, dispendioso uma máquina pública com esta dimensão e com este peso administrativo. Lisboa, cuja população é aproximadamente 600.000 tem 53 freguesias. E já são demasiadas. Olhando para o nosso vizinho Ibérico, qualquer cidade com uma área territorial maior, e com uma população igualmente maior, tem um número substancialmente menor de “freguesias” (em Espanha ao que nós chamamos de freguesias, lá são distritos urbanos) Barcelona, por exemplo, com mais de 1 600.000 habitantes, tem 10 distritos urbanos! Braga, 62 freguesias… É necessário começar a debater sobre esta matéria em Braga, e ver quem tem a coragem política para a aprofundar. Da minha parte, a abordagem preparatória já está feita, salvaguardando que muito mais há para dizer por forma a fundamentar esta posição.

Ao lançar este tema não se pretende incentivar uma reedição da Janeirinha. O que se ambiciona aqui é lançar um debate produtivo, pedagógico de consciencialização sobre uma necessidade - tanto mais que isto é uma matéria delicada que interfere com a geografia e a sociologia de um povo, com toda uma identidade histórica, mas no entanto é um problema que é preciso encará-lo, inevitavelmente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Boas Festas e um Santo Natal


White Christmas - André Rieu

Dos Homens e dos Deuses

( Este filme ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes 2010 )

De: Xavier Beauvois
Com: Lambert Wilson, Michael Lonsdale e Olivier Rabourdin
Drama, M/12, França, 2010, 120 min
Site Oficial, Trailer.

No presente mundo ocidental, somos devidamente educados nos valores da tolerância e do respeito pelo outro, distinto de nós. Valores incutidos pelo sistema democrático, do qual todos nós hoje nos orgulhamos. Torna-se, assim, natural sentirmos uma certa e legítima repulsa por toda e qualquer forma de fundamentalismo ou extremismo, seja ela política, religiosa ou meramente ideológica.

São estes mesmos valores, contudo, que nos podem levar, talvez, a olhar para a fé num determinado credo religioso como algo de perigoso: algo que poderá fomentar a intolerância. Aqueles que acreditam que o seu Credo é o verdadeiro, tenderão, naturalmente, a procurar impô-lo aos outros, desinteressando-se pelos seus sentimentos, crenças ou opiniões. Eis o perigo de se professar e assumir declaradamente uma fé religiosa num ambiente marcadamente democrático.

Este ambiente cultural, no qual nos situamos, que sente alguma aversão pela fé demasiadamente assumida - ou ‘radical’, se quiserem - confere, no meu entender, pertinência à película Dos Homens e Dos Deuses. O filme, com efeito, revela-nos a vivência pacífica de uma comunidade monástica de tradição católica com uma aldeia argelina do Magrebe muçulmano. Os monges trapistas de estrita observância vão ao mercado local comercializar os seus produtos, cuidam da saúde dos habitantes do Magrebe bem como são por eles convidados a participar nos seus momentos mais festivos. E fazem tudo isto sempre na consciente presença de Deus: não sentem pudor em falar d'Ele explicitamente, e dedicam grande parte dos seus dias à oração. No entanto, a sua fé – tão simples, tão autêntica, tão assumida – não os impede de conviverem no respeito recíproco com a comunidade muçulmana que eles tanto amam.

É neste ambiente de uma paz que permite o aprofundamento da fé e da relação, que a Argélia se vê, repentinamente, perturbada pela acção de um grupo terrorista islâmico. Não é apenas uma história. São vidas reais e concretas, como as nossas. Num cenário de sucessivos assassinatos, os monges têm de tomar uma opção: partir para a segurança e o conforto que a população da aldeia nunca irá conhecer; ou permanecer na simplicidade daquela vida, comungando da tragédia que aquele povo vivia. A opção é tomada com Deus, na Sua presença e mediante o critério da Sua Palavra. Mas tudo isso sempre num ambiente de comovente simplicidade.

Dos Homens e Dos Deuses limita-se, talvez, a não nos deixar banalizar ou simplificar a complexa realidade do martírio. Não se trata apenas de dar a vida por um ideal, por uma causa ou por um credo religioso. Trata-se, essencialmente, das motivações que subjazem a essa entrega: se é o ódio que o procura; ou se é o amor que o permite viver e aceitar em paz.


Andreas Lind sj
http://www.essejota.net, 15.12.2010

“A Europa não seria já a Europa se o casamento desaparecesse ou se transformasse de modo substancial”,

As tribulações do matrimônio

Novos informes revelam tendências preocupantes

Por padre John Flynn, L.C.

ROMA, terça-feira, 21 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Um relatório recém-publicado mostra que a classe média está sofrendo um aumento no número de divórcios e mães solteiras, e que os problemas matrimoniais não se limitam às pessoas com níveis mais baixos de educação e renda.

A edição 2010 de The State of Our Unions, “When Marriage Disappears: The Retreat from Marriage in Middle America” (A situação de nossos casamentos, “quando desaparece o matrimônio: o afastamento do matrimônio por parte da América do Norte média”) foi publicada a 29 de novembro.

O documento trata-se de um esforço conjunto do National Marriage Project da Universidade de Virginia e do Center for Marriage and Families del Institute for American Values.

O informe revela que o matrimônio só é estável entre as pessoas de uma alta educação e alta renda e, de fato, o casamento parece ter-se fortalecido entre os mais ricos.

No informe se definia o norte-americano médio como alguém que terminou o estudo regular mas carece de título universitário. Este grupo constitui 58% da população adulta. Aqueles com formação universitária somam 30%. Os restantes 12% constituem os que não terminaram o ensino regular.

Entre as mudanças destacadas, o relatório apresenta:

– No início dos anos 80, apenas 2% das crianças nascidas fora do casamento eram de mães com uma educação alta, em comparação com 13% de crianças de mães com uma educação média e 33% de crianças nascidas de mães com pouco estudo. Neste final de década, a porcentagem de crianças nascidas fora do matrimônio para as mães com estudos universitários era de 6%. Os outros dois grupos experimentaram um aumento, até 44% para as mães com uma educação média, e até 54% para as com pouco estudo.

– A porcentagem de adultos em idade de trabalhar com uma educação média que permaneciam casados em seu primeiro matrimônio caiu de 73% os anos 70 para 45% nesta década. Isso se deve comparar com a queda de 17 pontos no mesmo período entre os adultos com estudos universitários e, de 28 pontos, entre os adultos com pouco estudo. O que chama fortemente a atenção – observa o informe – é que os norte-americanos com estudo médio e com estudo universitário dos anos 70 muito provavelmente estavam casados; agora, quando se trata das probabilidades de estar em um matrimônio unido, é mais provável que o norte-americano com estudo médio se aproxime do que não tem estudo.

– É cada vez mais provável que os norte-americanos com estudo médio convivam em uma união de fato em vez de se casar. De 1988 até agora, a porcentagem de mulheres entre 25 e 44 anos que tinham vivido nessas uniões subiu 29 pontos para as que tinham estudo médio – ligeiramente acima dos 24 pontos daquelas com ponto estudo. Durante o mesmo período, as uniões de fato subiram 15 pontos entre as mulheres que tinham estudos universitários. Quando se trata de uniões de fato, de novo, o norte-americano com estudo médio se comporta de modo mais parecido ao norte-americano com pouco estudo.

– O aumento de divórcios e da educação dos filhos fora do casamento, nas comunidades de classe baixa e classe média por toda América do Norte, deu como resultado que cada vez mais crianças em tais situações vivam em lares onde não estão seus pais biológicos ou acabem vivendo em lares de adoção, sobretudo se forem comparadas com as crianças de lares com mais renda e educação.

O Problema da Habitação

“As pessoas chegam à cidade para realizar os seus sonhos e cumprir o seu potencial. Porque chegam para ser livres, chegam para viver a vida que escolherem, chegam para poderem ser eles mesmos.”
Ken Livingstone, Presidente da Câmara de Londres, 2005.


Exmos. Senhores,

Confrontados com a realidade difícil de muitas pessoas que vivem nos Concelhos do Vale do Cávado, devemos fazer o que está ao nosso alcance para a melhorar. No caso concreto da habitação – de que falámos recentemente – é importante agir de forma empenhada.

Para dar resposta a esta questão, o primeiro passo a ser dado deve ser o tomar conhecimento desta realidade com detalhe. Para isso, deve ser feito um levantamento pormenorizado dos casos mais graves que estejam espalhados nesta região. Este levantamento deve ser feito pelas Juntas de Freguesia e pelas Paróquias, pois são as instituições que lidam directamente com as diferentes realidades em causa. Naturalmente que todo o processo de levantamento é da responsabilidade das Câmaras Municipais (devendo estas seguir as orientações das CLAS – Conselho Local de Acção Social).

Estes levantamentos devem incluir duas coisas:
1. Um estudo das condições sócio-económicas de cada família: o número de pessoas que vivem nessa casa, as idades, problemas particulares (doenças ou outros); os rendimentos e apoios em vigor; declaração de IRS;
2. E deve, ao mesmo tempo, ser feita uma análise das condições físicas de cada casa: se precisam de grandes obras, médias ou pequenas. O estudo das construções pode ser feito por técnicos das Câmaras ou da CIM. No final, deve ser apresentada uma Estimativa Orçamental, para sabermos com precisão o custo global que este problema levanta.

O estudo cuidado das condições de cada família garante a justiça na atribuição de verbas por parte da CIM. Assim, se um dia destes alguém nos vier pedir contas pelos dinheiros gastos ou porque é que se apoiou esta família e não aquela, poderemos apresentar os relatórios feitos que mostram os critérios da nossa actuação. Pretende-se assim minimizar os possíveis erros.
Este levantamento deve ser feito num prazo razoável – indicaria três meses. Para que seja um trabalho útil e para que a CIM possa actuar com eficácia.

A CIM agirá de acordo com as orientações dadas por esta Assembleia, mas parece-me oportuno, inicialmente, lançar a recuperação de algumas casas, mesmo que em número simbólico, pois poderiam servir como teste para esta iniciativa. Desta forma, teríamos obras de recuperação que nos permitiriam, em parceria com os responsáveis da CIM, ir fazendo uma avaliação do trabalho realizado. Nessa altura, seria conveniente a CIM (em parceria com as CLAS) redigir os critérios gerais de financiamento e manutenção das obras financiadas.

Com estes estudos concluídos, cada Município poderá apresentar à CIM os números destas habitações mostrando as necessidades concretas e concretizar um relatório do problema da habitação para reclamar apoios do Poder Central a este problema real mas silencioso.

Estou certo que deste modo – e de acordo com os Estatutos da CIM do Vale do Cávado – estaríamos a aproximar-nos da realidade das pessoas, melhorando em termos concretos a sua qualidade de vida.

Concluiria lembrando duas propostas também apresentadas nesta Assembleia:
A primeira é a do Património e a Cultura desta região: precisam de ser valorizados, recuperados e divulgados para quem nos visita e para as nossas populações. Pelo que, seria de todo o interesse definir projectos neste campo.
A segunda proposta tem a ver com a solidariedade.
Queremos uma população evoluída e com os melhores padrões de desenvolvimento, mas não devemos procurar uma mentalidade indiferente às carências dos outros. Neste sentido, defendemos que se avance com projectos de cooperação com países mais pobres do que o nosso – sejam da CPLP ou outros – que esta Assembleia entenda por bem apoiar.

Agradeço a Vossa atenção.

N. Oliveira Dias
Recomendação apresentada à CIM pelo CDS,
Braga, 20 de Dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Braga é terceiro distrito do país com mais insolvências

Fecham em média duas empresas por dia no distrito de Braga. Com um numero assustador de um total de 571 empresas encerradas é um dos mais esquecidos e penalizados do país. São empresas na sua maioria com menos de 100 trabalhadores, são empresas com uma capacidade económica fraca, um nível de formação inadequado nos seus quadros, com uma capacidade de internacionalização praticamente inexistente e sem argumentos de adaptação à crise e à diversificação, quer de produção ou negócio, quer de mercados.

Num distrito que se coloca nos mais ardidos dos ultimos anos, pergunto, a exemplo do que foi feito pelo governo pelo país fora noutras tragédias ambientais, o que foi feito no distrito de Braga para recuperar deste flagelo que afectou, não so ambientalmente a região como económicamente? Nada. Somos o parente pobre e distante do governo socialista. Quanto a Braga, especificamnete, é essencialmente uma cidade de comércio. As grandes superficies comerciais aparecem que nem cogumelos (diga-se que nada tenho contra elas) e o desiquilibrio da balança assentua-se, entre estas e a denomindao comércio tradicioanla ou de rua. Por exemplo, já todos tiveram, uma vez ou outra, de ir fazer compras à cidade, no comércio tradicional em dias/horas de grande movimento? E qual é o resultado? Ou vamos com tempo, dispostos a dispender várias horas ou então... bem, então vamos a uma grande superficie. O estacionamento, apesar do centro estar pejado de parques subterrâneos, não consegue bater o sempre ali ao lado ou logo por baixo do das grandes superficies. Bem, de preços nem falo, porque seria injusto, pois a grandes superficies, como sabem oferece estacionamento gratuito. Os horários. A facilidade apresentada pelos horários prolongados das grandes superficies.
O comércio tradicional tem que lutar com os problemas do estacinamento que é pago, da dificuldade de horários de funcionamento, já para não falar na segurança. Imaginem uma loja aberta até ás 22 horas, por exemplo na Rua de Janes. A dificuldade da rigidez das leis laborais, de adaptabilidade da mão-de-obra ás verdadeiras e prementes necessidades do negócio, a segurança, os acessos. Enfim, tudo obstula a que o comércio não tenha condições para sobreviver por muito tempo se não pertencer a um grande grupo, um "franchising" ou aos chineses.

Não defendo o comércio tradicional em detrimento do comércio das grandes superficies. Defendo que todos os empresários tenham a inteligência de anteciparem as crises e diversificar e adaptar o melhor que puderem o seu negócio ás condições em que estes se integram. E que não se sentem a um canto a chorar por um qualquer subsidio. Que arregacem mangas e lutem pelo seu lugar ao sol.
Mas que lhes sejam dadas também, as condições equivalentes ou outras, que têm as grendes superficies. Para que a concorrẽncia possa ser mais leal.
E se essas condições significarem melhor segurança à noite na cidade, estacionamento mais barato, horários mais alargados, então o cidadão também benificia e agradece.

E que o distrito tenha finalmente os apoios que tantos outros usufrem. Que seja estabelecida uma politica regional que tenha em conta realmente os distritos carenciados e a necessitar de diversificação económica.
Talvez menos pontes, aeroportos e afins nuns distritos possam significar, por exemplo, uma reordenação e reflorestação séria e urgente das florestas ardidas do Minho.

O candidato presidencial da esquerda e a sua visão para Portugal

Mais do que as minhas palavras ficam as do próprio candidato.



Fonte: Expresso

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Presidenciais: "Interessam relativamente pouco"

Presidenciais: "Interessam relativamente pouco", a fome é "o mais importante de tudo" Mário Soares


Lisboa, 17 dez (Lusa) -- O antigo Presidente da República Mário Soares considerou hoje que as eleições presidenciais de 2011 "interessam relativamente pouco" face à crise que os portugueses enfrentam, apontando a fome como "o mais importante de tudo".

Em declarações aos jornalistas, na Fundação Mário Soares, em Lisboa, o fundador do PS afirmou que tem assistido aos debates televisivos entre os candidatos presidenciais, por entender que isso é "uma obrigação", e apontou que o socialista Defensor Moura "disse coisas verdadeiramente interessantes" no frente-a-frente com Manuel Alegre.

De Inês Escobar Lima (LUSA)

Presidente da Câmara de Coimbra demite-se

O presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, demitiu-se do cargo, alegando «razões políticas».

«Acho que as últimas decisões têm sido verdadeiramente extraordinárias. E, aliás, há um critério que tem presidido às decisões, que agora se revelou também pela ministra da Saúde em relação à junção dos hospitais, que é: decidir primeiro e estudar depois. Não estou para aturar este Governo», acusa o autarca, citado pela Rádio Renascença.

Carlos Encarnação encerra também a sua carreira política, depois de ter sido deputado, secretário de Estado da Administração Interna e Assuntos Parlamentares, Governador Civil e, de há nove anos a esta parte, presidente da Câmara de Coimbra.

Por Redacção d´A Bola

Leak Shit - III

FANTASMA DE SÁ CARNEIRO PAIRA SOBRE O PAÍS
Leak Shit


"Corremos o risco de que se forme um bloco de direita que ponha em perigo as conquistas da democracia. A cada um de nós cabe conquistar o maior número de votos. Isso é que faz a segunda volta", afirmou Manuel Alegre no Debate de ontem entre ele próprio e Defensor de Moura.

Fonte: Diário de Noticias

Leak Shit - II

CANDIDATO PRESIDENCIAL ACUSADO DE SER BEM COMPORTADO
Leak Shit

Manuel Alegre defendeu hoje que as próximas eleições presidenciais são “porventura as mais importantes desde o 25 de Abril” e criticou directamente Cavaco Silva, afirmando nunca ter dado “o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento”.

Fonte: Revista Sábado

Leak Shit - I

CANDIDATO PRESIDENCIAL 
(E JÁ AGORA PRESIDENTE) 
FICHADO PELA PIDE!!!!
Leak Shit

«Não foi qualquer gesto subversivo que levou a polícia política a interessar-se por Aníbal António Cavaco Silva. Foi o general Martiniano Homem de Figueiredo, responsável pela Autoridade Nacional de Segurança, que em Maio de 1967 pediu ao director da PIDE que mandasse averiguar se havia alguma informação em desabono deste jovem de Boliqueime.»

In Revista Sábado

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rua do Souto apresenta a sua versão WikiLeaks


Brevemente prometemos deslindar o meandros da politica, economia, 
justiça, saúde, entre outros.

Afinal é genético. Vêem!!


Esta pode vir a ser uma desculpa (quase) perfeita para as traições entre os casais. É que um estudo realizado numa universidade em Nova Iorque revela que existe um gene, o DRD4, que instiga as pessoas a serem infiéis.

Mas não desesperem os cônjuges mais preocupados.
A não ser que de repente a sua cara metade se vir inexplicavelmente para a politica!
É que o mesmo estudo afirma que se o seu parceiro ou parceira tiver este gene não pode reverter esta tendência de infidelidade e canaliza-la para outro tipo de atividades, esclarece-nos Justin Garcia, e cito, "O gene DRD4 também está ligado a uma visão política mais liberal e a um comportamento mais aventureiro".

Agora também fica mais claro, porque é que alguns políticos têm tanta vontade de... bem, de copular tudo e todos.

Fonte: Expresso

Berlim

Para quem se interessa pelo estudo da cidade, eis uma atitude positiva, aberta e estimulante! Tão longe de realidades fechadas aqui tão perto...

http://www.archdaily.com/96478/cognitive-cities-conference-in-berlin/

Corrupção

"(...)Só é pena que José Sócrates seja tão previsível e não tenha tido a ousadia de levar ao hemiciclo (da AR) um outro tema não menos importante e para o qual se exigem soluções urgentes e combate igualmente vigoroso: a corrupção. Curiosamente, uma outra instituição estrangeira, a Transparência Internacional, divulgou, também na semana passada, o Barómetro Global da Corrupção, de que Portugal não sai nada bem. Piorámos em vários aspetos, como no índice de transparência, mas o que impressiona é a perceção que os portugueses têm sobre a evolução do fenómeno. Face a 2007, 75% dos inquiridos no estudo acham que a luta contra o fenómeno é ineficaz e 83% pensam que a corrupção aumentou, nos últimos três anos. Partidos, Parlamento e setor privado são tidos como os mais corruptos, sendo que, basicamente, a maioria dos portugueses acredita que os principais corruptores se situam no sector privado e que os corrompidos fazem parte do sector público.

"Tem-se feito muito pouco para resolver este problema. O PS de Sócrates revelou-se, de resto, muito timorato na elaboração da última legislação aprovada, com as propostas mais avançadas e notoriamente mais eficazes de João Cravinho, defendidas por um restrito grupo da ala mais à esquerda, a serem derrotadas em toda a linha, depois de muitos contorcionismos e episódios pouco edificantes, na bancada socialista. Também o Presidente da República acabou de promulgar a nova Lei de Financiamento dos Partidos, um diploma muito pouco claro em aspetos cruciais como "a transparência e controlo" (palavras dele) dos dinheiros privados que entram nos cofres partidários. Cavaco Silva vetou, em junho de 2009, a anterior proposta, mas, sem se perceber porquê, deixou agora passar a nova versão, à qual prodigalizou numerosas críticas, em mensagem ao Parlamento. Ou seja, o Presidente subscreveu a lei, apesar de ele próprio considerar que se mantém o essencial dos problemas que, antes, justificaram o veto. Ao deixar passar esta lei, o PR defraudou todos os que, no terreno, se empenham na luta contra a corrupção. (...)

"Ora, o Governo, se tiver vontade política, pode alterar este estado de coisas. Legislação clara e transparente precisa-se... com carácter de urgência. E, quem sabe, talvez surjam resultados positivos para Sócrates exibir no Parlamento. Desta vez, em matéria de corrupção."

Áurea Sampaio, Visão 16.XII.2010

Sede do CDS

Dr. Paulo Portas em Braga.

Sábado, 10h 25, volta pelo Centro Histórico;

11h 00, inauguração da Sede do CDS.

12 de Outubro de 2009

Resultados finais - Câmara

PS - 44,71% - 43.806 votos - 6 mandatos

PPD/PSD.CDS-PP.PPM - 41,99% - 41.142 votos - 5 mandatos

PCP-PEV - 6,34% - 6.212 votos

B.E. - 4,02% - 3.935 votos

MPT - 0,72% - 704 votos

EM BRANCO 1.36% 1.337 votos
NULOS 0.86% 839 votos

(Estes dados foram então publicados pelo Rui Moreira.)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Este conceito do Wikileaks aplicado a Portugal não é muito perigoso, só dá mesmo é vontade de rir

Ana Gomes comparada a um "rottweiler à solta" - Portugal - DN

Dedicada a Sócrates & Cia.

Provavelmente, o pior Governo do mundo...

Nem vou entrar nos pormenores infelizes (diria mesmo, quase cómicos) de algumas das medidas anunciadas hoje pelo Governo em matéria laboral (e não só). Não é de hoje que entendo que a rigidez do mercado laboral é uma fonte de pobreza e de insegurança, ao contrário do que os seus arautos pretendem. A rigidez laboral tende a prejudicar a mobilidade social da população activa, que prejudicará sempre quem trabalha muito e bem e quem não tem emprego em detrimento dos que se ficam pela mediania.

Esta concepção (cada vez menos) dominante baseia-se, enfim, numa mundivisão do mercado laboral que só pode ser defendida por quem nunca criou um posto de trabalho, como ontem observou, e muitíssimo bem, o candidato presidencial Fernando Nobre (a despropósito, é surpreendente a lufada de ar fresco que pode representar o discurso de alguém que realmente vem de fora do sistema político, ainda que não se concorde com todas as suas ideias e ainda que o seu estilo se apresente como pouco apelativo face às regras que o sistema aprendeu - e ensinou - a valorizar).

No entanto, o meu espanto é outro e a minha indignação é diversa: porque é que, quando finalmente a realidade obriga o nosso Governo a olhar para o mundo, este decide de imediato que é preciso mexer nas leis laborais para facilitar o despedimento, mas não pondera, nem por um minuto, que talvez seja muito mais importante mexer nas leis laborais para facilitar a contratação?

Com as reservas que se aconselham a quem analisa a realidade à distância, só me apetece dizer que este Governo faz burrice em cima de burrice. Nunca pensei ver algo assim no meu país...

"O dever cristão da política"

"Porquê um dever cristão? Será que o cristianismo impõe uma obrigação especial de atenção e empenho na função política? Em que se pode basear esse específico imperativo?

"Parto de três fundamentos para a constituição de tal dever. Primeiro, a tradição bíblica em que o Cristianismo se insere. A Aliança que estrutura o Antigo Testamento é uma aliança entre Deus e um povo, uma sociedade que assume a obrigação de traduzir nas suas vivências comunitárias, na sua organização social, os valores que expressam o Deus a que estão ligados. É para servir este fim que recebe os mandamentos. É para lhes recordar este compromisso que falam os profetas. Israel tinha a vocação de ser sempre um povo diferente no meio dos outros povos, uma sociedade de contraste, que chamasse a atenção para Deus, autor dos preceitos que os guiavam.

"Segundo, o ensinamento e a prática de Jesus. Ele veio anunciar o Reino de Deus, uma realidade com uma dimensão intrinsecamente comunitária e claras implicações sociais e políticas. O mandamento central que proclamou foi o amor ao próximo, a todo o próximo em necessidade, o que exige organização dessa caridade.

"Terceiro, o paradigma da encarnação, central no mistério cristão. Este mundo e tudo o que é humano são valorizados, ganham uma dimensão de eternidade. Não se podem olhar apenas como instrumentais para alcançar um Céu puramente espiritual.

Assim, a centralidade da pessoa na visão cristã é a centralidade duma pessoa com uma dimensão social intrínseca, que não permite qualquer desvalorização das dimensões materiais da sua existência e que está sujeita a uma responsabilidade universal pelos seus irmãos e irmãs. Ao recusar, portanto, o individualismo e o espiritualismo, obriga a um exercício da caridade que tem que ser organizado e estruturado. É aí que nasce a política.

"O dever cristão da política traduz-se na responsabilidade que cada cristão deve viver pela promoção do bem comum, aquele bem que beneficia todos e não se limita à soma extrínseca de bens individuais, precisa de um cuidado intencional específico. Nesta atenção ao bem comum, como imposição de justiça, deve estar sempre presente a preocupação de dar prioridade aos interesses dos mais desfavorecidos, aquilo que habitualmente se designa pela fórmula da opção preferencial pelos pobres.

"Como se exerce esta responsabilidade? A política não é só ser militante de um partido, ou concorrer para cargos electivos nas estruturas do Estado. A participação política é, nas democracias, um direito, mas é também um dever, particularmente para os cristãos. No mínimo, esse dever implica não se alhear das questões políticas, votar em eleições, participar nos debates da sociedade onde se esclarecem as opções políticas que nos regem. Implica também considerar a possibilidade de pessoalmente se envolver nos mecanismos de representação democrática, aceitando ser candidato a cargos políticos, por espírito de serviço e promoção do bem comum. E exige respeito, apoio e valorização da actividade política como tal, não embarcando em populismos antipolítica, em juízos generalizados e superficiais, e muitas vezes muito injustos, sobre o carácter de todos os políticos. Isto, evidentemente, sem ter que impedir em nada o exercício do sentido crítico e a exigência de honestidade, competência e dedicação ao bem comum que deve ser exigida a todos os que exercem cargos públicos.


"Concluindo, este dever cristão alerta-nos para o quanto a política é imprescindível como requisito da caridade cristão, confronta-nos com a nossa disponibilidade para servirmos o bem comum também através do empenhamento político e desafia-nos a sermos prudentes e honestos na nossa avaliação daqueles que se disponibilizam para o exercício político nas estruturas do Estado e que nós escolhemos através do voto eleitoral, recusando, assim, a fácil e condenável desvalorização da nobre vocação da política."

Hermínio Rico sj
in http://www.essejota.net
15.12.2010

Cortes nos colégios com contrato de associação avançam em Janeiro

Os cortes nos apoios aos colégios com contrato de associação vão avançar já em Janeiro. A informação foi confirmada à Renascença por fonte do Ministério da Educação.

Com a entrada do Orçamento do Estado para 2011, os 93 colégios nestas circunstâncias vãopassar a receber menos dinheiro. Ainda assim, o Ministério da Educação garante que nenhuma escola terá de fechar portas por causa do corte previsto.

Os contratos de associação nasceram nos anos 80 com o objectivo de proporcionar um ensino gratuito nos locais onde não havia escolas públicas. O Governo considera ser agora tempo de rever estes contratos, por considerar que as circunstâncias mudaram.

O Executivo alega ainda que cada aluno do ensino privado sai mais caro do que o que frequenta as escolas públicas. “As escolas privadas com contrato de associação são hoje mais onerosas para os contribuintes do que as escolas públicas. E a razão é simples: a fórmula actual de financiamento destas escolas é pouco ajustada à realidade”, argumenta o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, num esclarecimento à Renascença.

Nas contas do Ministério, em 2011, cada aluno do ensino público vai custar 3.750 euros, contra os 4.440 pagos actualmente ao ensino particular e cooperativo – uma diferença de 690 euros.

Guerra de números

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Privado e Cooperativo contesta os números avançados pelo Governo. “No Ensino particular e cooperativo, o valor que é apresentado dos 4.400 é um valor que inclui todos os encargos sociais e o valor do Estado não tem encargos sociais tão elevados como no privado e inclui toda a construção e manutenção de escolas, que no Estado também não inclui”, argumenta Rodrigo Queirós e Melo, director executivo da AEEP, em declarações à Renascença.

Seja como for, defende Rodrigo Queirós e Melo, esta diferença não é nada que não tenha solução: venham os 3.750 euros por aluno. “Multiplicado por 24 alunos de uma turma são 90 mil euros por turma, muito superior aos 80 mil que o Governo anunciou que quer dar para o privado e que é manifestamente insuficiente para as necessidades.Por isso, se o privado é mais caro, nas palavras do Governo, aceitamos o valor do público”.

Fica lançado o repto.

Abrangidos pelos contratos de associação entre o Estado e o ensino privado estão 52.955 alunos.

Hoje, a ministra Isabel Alçada e respectivos secretários de Estado prestam esclarecimentos sobre este e outros assuntos aos deputados da comissão parlamentar de Educação.

(RR, 15.XII.2010)

"Dezenas de pessoas desaparecidas em naufrágio ao largo da Austrália"

"Dezenas de pessoas estão desaparecidas na sequência do naufrágio de uma embarcação no Oceano Índico, ao largo da costa ocidental da Austrália.

"Trata-se de um barco de madeira que transportava imigrantes que procuravam asilo e que, segundo informações que estão a ser avançadas por agências de notícias internacionais, eram provenientes da região do Médio Oriente.

"O barco naufragou perto da ilha de Natal, um território australiano próximo da Indonésia. De acordo com as autoridades australianas, pelo menos 41 pessoas foram resgatadas com vida, mas 30 a 50 estão desaparecidas."

RR, 15.XII.2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Alegria ou tristeza?


Olá a todos,
Cá estou eu novamente e, desta vez para, tentar ser "mais residente". Na última semana, o Paulo relembrou-me da minha tarefa e prontamente se predispôs a palpitar sobre o meu futuro tema: "Vais comentar a derrota do Braga?". Sinceramente, até hoje, ainda nem reflecti sobre isso (perdeu?jogou mal?que importa!), tal é o meu estado, para o qual não consigo encontrar um sinónimo que o consiga qualificar...de facto estou triste, estou abismado, estou palpitante...eu sei lá! Aconteceu-me uma coisa terrível, que espero que nunca me volte a suceder. Faleceu um trabalhador (no verdadeiro sentido da palavra) no meu local de trabalho, assistindo eu da primeira fila, aos seus últimos instantes de vida: e como essa palavra é agora para mim tão mais bonita! Quando digo que não quero repetir esta passagem, não é querer voltar as costas a estas situações, mas sim voltar as costas a este sentimento de impotência desmedida, afinal, para quê tanta guerra? Para quê tanta quezília no nosso quotidiano? Para quê tanta discussão? Para quê a lamentação? Para quê tanta mentira, inveja, egoísmo, corrupção, roubo, e os restantes verdadeiros pecados capitais? Afinal, no meio disto tudo, a palavra crise é um fragmento de partícula de gota no oceano! Não vale a pena, o que vale a pena são os momentos de alegria (vejam o rejubilo que foi libertar os mineiros no Chile, com a felicidade do reencontro com o Seu Mundo, com os seus! ), o sentimento terno do vosso lar, o companheirismo do ombro do amigo, a lambidela do vosso gato, a simpatia da senhora da caixa do supermercado, os momentos de celebração...enfim, a Paz com um sorriso! Por isso, amigos, hoje, amanhã e sempre, quando chegarem ao vosso trabalho, ao infantário dos vossos filhos, à pastelaria, irradiem a felicidade que é dizer EU ESTOU VIVO E QUERO SER FELIZ! Esta lição de vida (prefiro chamar-lhe assim), é um momento que vou guardar não para ficar triste, mas sim para potenciar a felicidade no meu mundo e naquilo que me rodeia. Obrigado a ti (amigo), por leres este mensagem, o intuito não foi deprimir-te, mas sim conquistar um amigo dentro de nós próprios, um amigo próximo de ti!

Onde está o Rocha?


Meus caros, começo com uma constatação a que cheguei, ainda há pouco, em conversa com o meu amigo Rui Moreira...eu sei que se não se falar do personagem....ninguém se lembra quem é...muito menos de quem o acompanha. Nós aqui no Rua do Souto temos este cariz de índole social...damos voz a quem não a tem. Por isso, cara Comissão Política Concelhia do CDS de Braga...aqui vão ter as vossas linhas de Fama!!!!
O facto é que o tempo é, normalmente, amigo da razão e no caso da telenovela que estes senhores, com a ajuda do actual Presidente do Belenenses, então Secretário Geral do partido, criaram, ele não fugiu à regra. A verdade é que o objectivo central dos senhores, sempre foram os eventuais tachos nas autárquicas 2009. Na altura foi mais do que dito que não seria a questão das rendas em atraso, que estes senhores nunca vieram a pagar porque, convenientemente, passaram a ser pagas pela Secretaria Geral do Partido quando, motivo para expulsar aqueles que há anos vinham dando a cara, mesmo, pelo partido. Nessa altura o CDS tinha voz e opinião pública...era identificado, claro que tínhamos todos uma enorme vantagem, todos tínhamos emprego fora da política, todos tínhamos feito uma carreira para alem dos jobs for the boys...
Digo isto porque sou, constantemente, abordado por pessoas e militantes que o dizem e que perguntam quem é o CDS agora e por onde andam...eu costumo responder, "devem andar como o Santana Lopes: por aí". O facto é que o CDS de Braga desapareceu, evaporou e dispersou-se pelos corredores da Assembleia da República, por Lisboa, por uma representação muito pouco digna da Assembleia Municipal (cabe aqui a excepção do Arq. Nuno Dias) e pelas expectativas mal goradas de que em 2009 todos iam ter, no sapatinho, um tacho novo... Pois é, perdoem-me mas terei de o dizer; nós avisamos. Não peço aos actuais dirigentes que tenham vergonha na cara pela inoperância, porque já demonstraram tê-la perdido há muito tempo...peço aos outros militantes, aqueles que foram no alarido e na conversa e compactuaram com mais uma intervenção golpista do Sr. Eurodeputado, que ponham agora a mão na consciência e vejam, como se apresentará o CDS numa mesa de negociação de uma coligação em 2013? Como o partido residual, sem força, rendido aquilo que o parceiro maior entender... Lanço aqui este aviso: se tudo continuar como está, não demorará muito a ser o PSD a definir e dimensionar o CDS em Braga...
AH! É verdade...para quem não se lembra, o Presidente da CPC de Braga do CDS chama-se Manuel Rocha.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cinema português - espionagem, conspiração, crime

A Rua do Souto sugere:



Veja aqui a critica a esta produção Millennium BCP/Wikileaks

Fonte: Ionline

"Uma nova AD mas só depois das legislativas"

Passos Coelho tem tido sondagens que o dão à beira da maioria absoluta. Mesmo assim, tem dito que se chegar ao Governo leva o CDS de Paulo Portas para tornar o projecto mais abrangente.

A porta está aberta. O eleitorado está de sobreaviso para o projecto. PSD e CDS estão dispostos a partir para uma nova Aliança Democrática (AD), ainda de contornos indefinidos. "Juntos" estão já no apoio ao candidato presidencial Cavaco Silva. E, apesar da especificidade das presidenciais, os dois partidos conseguirão ler nos resultados eleitorais de Cavaco, distrito a distrito, algum do peso de estarem de braço dado nesta corrida a Belém. Para já todos sociais-democratas e centristas tendem a dizer que um entendimento para as legislativas, sejam elas ordinárias ou antecipadas, será só pós-eleitoral.

O secretário-geral do PSD, em entrevista ao Sol, foi muito claro: "O que dissemos é que depois de ganhar as eleições é necessário um entendimento mais vasto." Miguel Relvas admitiu, no entanto, que o CDS "é um aliado natural".

(...)

António Capucho, o marcante secretário-geral do PSD nos primeiros anos, foi esta semana uma das vozes mais entusiastas da reedição da AD. "É obrigação moral, ética e política do PSD e CDS envolverem-se num projecto comum de salvação nacional e seguir o exemplo de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa", disse o presidente da Câmara de Cascais.

O líder do PSD vai dizendo que "um futuro Governo de mudança precisa mais do que a legitimidade eleitoral de um só partido". Pedro Passos Coelho é cauteloso a não se comprometer com qualquer fórmula pré ou pós-eleitoral de entendimento com o CDS. "Cada coisa a seu tempo, não estamos em vésperas de eleições."

Marcelo Rebelo de Sousa fez a leitura para as declarações de intenção sobre a AD, vindas de Passos e de Portas, que já declarou que "há capacidade de diálogo entre os dois partidos". Diz o antigo líder do PSD, no Sol, que, para Passos Coelho, "a presença do CDS aumenta a força do governo e impede duas frentes de oposição - à esquerda e à direita". Mas, diz, "tem o preço de dar mais força negocial ao CDS". O professor dá como adquirido que qualquer entendimento entre as duas forças será sempre pré-eleitoral. "E, apesar do caminho que tentei ensaiar em 1999 ter sido outro - coligação pré-eleitoral -, espero que este tenha condições de pleno sucesso."

(...)

por PAULA SÁ, DN (13.XII.2010)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mudam-se os tempos...


Justiça?

Quis que o meu primeiro post sério desta nova era da Rua do Souto fosse sobre um assunto que cada vez preocupa mais os portugueses.  A justiça e a sua credibilização social. Ora que exemplo melhor, do que um ainda meio tabu como a violência doméstica. Um que afinal não chegou a ser, pelo que se pode ver.

Esta semana, a relação do tribunal de Coimbra emitiu um acórdão sobre uma queixa de violência doméstica apresentada contra um homem que bofeteou com dois estalos a ex-mulher, agressão esta testemunhada por uma pessoa.

Alega a relação no acórdão, que o acto de praticada pelo ex-marido não consubstancia, e cito, "uma ofensa à dignidade da pessoa humana" e, nem colocou "a ofendida numa situação degradante".

Bom. Estou mais descansado.
Afinal sou eu, e acho que mais uns quantos, que somos estúpidos  e tendemos a dramatizar estas situações. Afinal o código penal não é claro para o comum mortal analfabeto. Quando este código penal diz, e cito mais uma vez, sobre a violência doméstica "... de, modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos [...] ao cônjuge ou ex-cônjuge", afinal quer dizer, que neste caso, a senhora bofeteada não foi ofendida na sua dignidade e nem colocada, não se esqueçam que o acto foi presenciado, em situação humilhante e degradante.

Para tal, teria que estar em directo na TVI no programa da Júlia Pinheiro. Talvez assim, o mesmo acto, já fosse considerado pela relação e o conseguisse enquadrar no código penal, talvez como violência doméstica.

O que entendo deste acórdão, é que dar dois estalos à ex-mulher, é tão grave como fazer o mesmo com uns copos a mais a um adepto da equipa rival durante um jogo de futebol que está a correr mal à nossa equipa. Afinal não conheço o individuo, estou com uns copos a mais no calor de um desafio de futebol em que a adrenalina de qualquer gajo está nos picos. Ufff... que alivio.

Não sou jurista, e até acredito que o acórdão seja aquilo que o tribunal considerou correcto fazer sobre este caso. Ora, isso é que me preocupa. Que o sentido de justiça dos tribunais esteja a afastar-se cada vez mais do que os cidadãos acham que deve ser.

Fonte: IOnline

Coisas que os portugueses também fazem


A portuguesa Jéssica Augusto sagrou-se neste domingo campeã europeia de corta-mato na pista das Açoteias, em Albufeira, tendo Portugal conquistado igualmente o título colectivo pela terceira vez consecutiva.


Os nossos parabéns à Jéssica e à selecção portuguesa de atletismo. Mais um grande título.


Fonte: Publico

Este post vai ser entendido por poucos, mas bem, ás vezes acontece.

Tenho uma amiga em desintoxicação de uma droga pesada conhecida na rua por FB. Felizmente, antes de bater no fundo, pensando na família e amigos e encorajada e apoiada pelos mesmos, deu um passo em frente, assumiu e aceitou largar, em nome de um tempo que não perdoa e não volta para trás. Por isso bem haja. Mas foram precisos meses de um vicio aguçado, onde o seu tempo, escasso era gasto em banalidades, considerando as suas alternativas da família, trabalho e amigos.

Vai no entanto, manter-se a consumir, aquilo que neste caso poderá ser considerado a Metadona do seu vicio, o Blogger. Por isso, como seu amigo, e tendo em conta que isso será para o seu bem e para a sua recuperação, contribuirei com a minha pequena e inocente ajuda, dando-lhe de vez em quando, uma dose de ligeira para seu consumo. E espero que a recuperação seja rápida e eficaz, pois custa ver uma amiga a definhar no vicio do Facebook.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Rua do Souto inspira Rio de Janeiro

Os responsáveis pelos órgãos executivos Brasileiros, nomeadamente aquele alojado na cidade do Rio de Janeiro, numa das suas visitas à Rua do Souto, ao confrontarem-se com este novo apuro estético, coçaram o caco e pensaram: " Ei galera! Vamos também mudar a cara da nossa cidade?!"

As mais emblemáticas favelas do Rio de Janeiro vão mudar de cara. Em simultâneo com a reconquista dos territórios aos traficantes, pelas forças policiais, e a promessa do fim da violência, está avançar o projecto de reconversão arquitectónica. O milagre acontece a reboque do Mundial de futebol 2014 e das Olimpíadas de 2016, eventos que terão lugar na Cidade Maravilhosa.

A transformação das favelas (foram seleccionadas 215) vai ser feita ao abrigo do projecto "Morar Carioca", que será levado a cabo por 40 arquitectos, escolhidos entre os 86 que apresentaram propostas num concurso realizado pelo Instituto dos Arquitectos do Brasil (IAB). As obras de urbanização já começaram, devendo o projecto estará concluído até 2020.

O projecto "Morar Carioca", como é também conhecido o Plano Municipal de Integração de Assentamentos Precários Informais da Prefeitura do Rio de Janeiro, vai mudar definitivamente a imagem das favelas cariocas.

Além da urbanização, o projecto prevê quatro linhas de actuação: conservação do espaço público, controlo do crescimento das favelas, legislação urbanística - com a criação de Postos de Orientação Urbanística e Social (POUSO) - e o realojamento de moradores que se encontram em áreas de risco.

Para apoiar o projecto, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) emprestará US$ 150 milhões ao Rio de Janeiro. O dinheiro será aplicado na melhoria dos serviços de água e esgotos, sistemas de drenagem, pavimentação, iluminação pública, criação de áreas verdes e campos de desporto e recreação, além da construção de espaços para os serviços sociais.

Entre as metas do programa "Morar Carioca" estão, ainda, a regularização de 18 mil casas e a emissão de 3 mil títulos de propriedade, a criação de 28 novos centros de desenvolvimento infantil com capacidade para mais de 3 mil crianças com até seis anos, e centros sociais para cerca de 2.500 jovens em risco.

<http://aeiou.expresso.pt/favelas-do-brasil-mudam-de-cara-para-o-mundial-2014=f620435>

Nota: a transcrição do texto não está consonante com o novo acordo ortográfico

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cultura em Braga - Dezembro

Consulte aqui agenda cultural de Braga para o mês de Dezembro.



CDS e PSD estabelecem pacto

O PSD e o CDS selaram um pacto que prevê a não-hostilização das iniciativas alheias e a colaboração no Parlamento. É a antecâmara da AD.

PSD e CDS garantem que vão sozinhos a eleições. E apenas admitem uma coligação a seguir às legislativas. Mas o certo é que sociais-democratas e centristas já têm um pacto de não agressão.

Ainda que informalmente, e sem nada escrito, as direcções dos dois partidos estão articuladas e, como confirmou ao SOL fonte próxima do líder do CDS, «já está a ser feito no Parlamento e fora dele um trabalho para evitar um excesso de desencontros de posições».

Com os dois partidos a apoiarem a recandidatura de Cavaco Silva a Belém, PSD e CDS já acertaram que até às eleições presidenciais não haverá mesmo ataques de parte a parte, nem sequer do lado dos centristas pelo facto de os sociais-democratas terem viabilizado o Orçamento do Estado para 2011.

Esta semana, às suas comissões de direcção (respectivamente, Permanente e Política), Passos Coelho fez questão de clarificar a posição do partido sobre coligações. O líder do PSD reafirmou que a estratégia passa por se apresentarem com listas próprias nas próximas eleições legislativas, tal como recordou que dissera no Congresso de Abril. Porém, reconheceu que a situação do país é tão grave que «devem ser criadas condições para um entendimento mais vasto que vá até para além do CDS».

Disponibilidade para conversar

O esclarecimento do líder social-democrata foi feito depois de, no passado fim-de-semana, à margem da cerimónia conjunta promovida pelo PSD e pelo CDS para assinalar os 30 anos da morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa, tanto Passos Coelho como Paulo Portas terem manifestado abertura para um entendimento.

«Um futuro Governo de mudança precisa de mais do que da legitimidade eleitoral de um só partido», defendeu o líder do PSD nessa sessão; enquanto o líder do CDS, numa declaração mais contida, sublinhou que «o CDS e o PSD são partidos diferentes, têm valores diferentes, têm políticas diferentes, têm atitudes diferentes, mas há capacidade de diálogo entre estes dois partidos».

(por Sofia Rainho, Sol)

A Rua do Souto no Facebook

A revolução não para. A Rua do Souto criou também uma página no Facebook para os seus seguidores.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dia Internacional contra a Corrupção



Fonte: Visão

Isto está bonito...

Mesmo!

P.S. - Há festarola de reinauguração ou podemos começar já a "bombar"?

Camarate ou disparate?


Ora, antes de mais, aqui ficam os meu parabéns ao Paulo Novais e ao Sérgio Oliveira pela reformulação gráfica da nossa estimada Rua do Souto.
Quando folheava os jornais do dia, deparei-me com uma notícia que, provavelmente, não despertou o interesse da maioria dos leitores por ser, precisamente, vulgar. Os sucessivos inquéritos ao que aconteceu aquando da morte de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa parecem-me ser um motivo de embaraço para o nosso país.
Após inúmeras comissões de inquérito, de processos, de tinta corrida em páginas e páginas de jornais, de polémicas diversas, de todos os portugueses já terem percebido e lido em vários locais que este caso implicará várias individualidades do país... das duas umas, ou damos o caso por encerrado ou de uma vez por todas diz-se a verdade. Agora estes sound bytes que são lançados de quando a quando em nada enobrecem o nosso país, a nossa democracia e, claro, os nossos políticos, é que não fazem sentido.
Está mais do que investigado, está mais do que sabido...todos sabem o que aconteceu e, por isso, ou têm a coragem de trazer a verdade à praça pública, ou calem-se de vez, resignem-se perante a vossa falta de coragem, todos, de uma ponta a outra do espectro político português!
Chega de teatro...

É com factura ou sem factura


Todos sabemos que a economia paralela existe, sempre existiu e tem tendência a aumentar. E  também, que é um dos motores da economia em qualquer país, desde que em proporções aceitáveis.
Mas em Portugal atingiu em 2009, 25% do PIB, ou seja, cerca de 40 mil milhões de Euros.
Também é previsível que a crise que ultrapassamos, bem como o aumento de impostos que se avizinha, venha ainda agravar mais este problema. As medidas impostas no OE de 2011 e das quais já se fala em excepções, não ajudam a que as pessoas sintam que a desigualdade é mais um factor justificativo para estes comportamentos.
Não se esqueçam que destes 40 mil milhões de euros da economia paralela, 8,4 mil milhões (só de 21% de IVA) faltaram nos cofres do estado. Não acredito também, que o combate à evasão fiscal venha a ter muito mais sucesso do que teve até à data.
Resta, aos outros 75%, continuar a carregar aos ombros todos aqueles que não cumprem as suas obrigações, todos os que se estão a borrifar para o próximo. E não querem saber que os impostos que as suas evasões deixam de fazer entra nos cofres do estado, são de alguma forma pagos por todos os outros.

Fonte: Jornal de Noticias

«Uma "golpada" legislativa»

Pro-choice" sim; "pro-choice não"

O Governo de Sócrates não dá nem autonomia nem vida previsível até mesmo às escolas públicas, como devia

1. Inesperadamente, sem negociação, sem ouvir os parceiros sociais, sem ouvir o Conselho Nacional de Educação, sem ligar importância à Assembleia da República, sem anunciar publicamente - ele, que tudo anuncia -, José Sócrates aprova e envia para promulgação do Presidente da República um projecto de decreto-lei do Governo que derroga disposições operativas fundamentais do actual regime legal das liberdades de ensino, constituído por diplomas que foram laboriosamente discutidos e votados anteriormente, e estão em vigor pacificamente desde há 30 anos a esta parte, com consenso de todos os partidos do arco democrático, PS, PSD e CDS, algum deles da iniciativa do PS de Mário Soares - só o PCP se opôs a esses diplomas.

2. Designadamente artigos praticamente decisivos do chamado Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo e da Lei da Gratuitidade do Ensino Obrigatório. O primeiro, um diploma de 1980 aprovado pelo Governo Sá Carneiro para desenvolver leis da Assembleia da República, a Lei de Bases do Ensino Particular e Cooperativo e a Lei da Liberdade de Ensino (9/79 e 65/79), aprovadas pelos três partidos, PS, PSD e CDS; e o segundo, um diploma aprovado pelo Governo Cavaco Silva e sendo ministro da Educação Roberto Carneiro. Estes dois diplomas ficam derrogados nas suas disposições operativas - tudo fica a depender das decisões arbitrárias e casuístas de portarias ministeriais. Razão teve o Presidente da República quando comentou que não se deve introduzir imprevisibilidade na relação do Governo com os cidadãos; mas imprevisibilidade é palavra diplomática e gentil; o que neste caso se introduz é a pura arbitrariedade. Aliás, o Governo de Sócrates não dá nem autonomia nem vida previsível até mesmo às escolas públicas, como devia.

3. Vital Moreira já tinha anunciado que a crise era uma boa oportunidade para uma "golpada" legislativa contra o ensino privado. E José Sócrates já tinha revelado o que pensa da escolha da escola privada, quando, nos debates durante a campanha eleitoral para as eleições parlamentares, respondeu a Paulo Portas, no debate na TVI, dizendo textualmente: "A liberdade de escolha [da escola] é pura demagogia." Pois é: pro-choice é para o aborto; o género; a eutanásia; o testamento vital; e as outras escolhas da sua predilecção, mesmo quando custam dinheiro aos contribuintes. Mas pro-choice não é para a escola - apesar de esta escolha ser uma liberdade expressamente inscrita na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Uma mulher pode escolher abortar e o Estado português paga-lhe os custos desta escolha; mas se deixar nascer o filho, não tem direito de escolher a escola para o educar, o Estado não lhe paga os custos da sua escolha.

4. Porém, a questão não é de cortes financeiros. Aliás, o custo do ensino nas escolas do Estado é superior, por aluno, ao das escolas privadas - embora não seja esta razão económica a razão essencial que justifica a liberdade de os alunos escolherem as escolas privadas. A questão é que, aproveitando o pretexto dos cortes financeiros, se pretende retirar ao ensino privado as modestas liberdades que estão legalmente em vigor. O que se pretende é revogar direitos de liberdade e aumentar a discriminação e o monopólio da escola estatal. Se fosse apenas uma questão de redução de subsídios, as negociações em curso com os representantes das escolas privadas chegariam a um acordo.

5. Depois de ter afundado o país em défice público e em dívida, depois das públicas tentativas de intromissão na comunicação social, depois de um calvário de incidentes escandalosos como nunca dantes na nossa democracia, José Sócrates desdobra-se em provocações políticas, como se quisesse que o retirassem de cena de modo que ele pudesse vitimizar-se. Para evitar o sucesso destas "montagens", prolongar o período da dominação de Sócrates sobre o PS e sobre o país vai-nos custar muito, de bem-estar económico-social e de liberdades. Resta-nos esperar por Jaime Gama, Luís Amado, José Seguro ou outro futuro líder do PS, para restaurar a anterior linha de muitos anos do socialismo de Mário Soares, Guterres, Sampaio e outros, que, sem deixar de ser enérgico socialismo sul-europeu, anti-social-democracia, contudo, mesmo assim, foi quase sempre moderado e tolerante para com a liberdade de iniciativa privada, cumpridor do Estado de direito democrático nos domínios da comunicação social e do ensino, como nos demais, e capaz de conflituar civilizadamente com os outros partidos, não em crise e em guerrilha provocatória permanente. Já nos chega de stress político. A democracia é vida política de oposições partidárias duras mas civilizadas e normais, no Parlamento, e de Governo com sentido de Estado; não é um assédio governativo permanente aos partidos das oposições e à sociedade civil. O país não vai ter saudades de Sócrates, que já não vai conseguir ficar bem na história.

Mário Pinto
Professor universitário
Público, 4.XII.2010