domingo, 22 de março de 2009

Hora do Planeta 2009



De que se trata?

É algo tão simples como desligar o interruptor.

O que começou como um movimento quase espontâneo que pretendia incentivar os habitantes de Sidney a apagar as suas luzes e despertarem para os problemas ambientais, cresceu e tornou-se numa das maiores iniciativas mundiais de luta contra as alterações climáticas.
Em 2009, às 20H30 de 28 de Março, pessoas em todo o mundo são desafiadas a apagarem as suas luzes por uma hora – a Hora do Planeta.

Pretende-se este ano que mil milhões de pessoas, em mais de 1000 cidades, se unam em torno deste movimento e com este gesto simbólico mostrem que é possível tomar medidas contra o aquecimento global.

Saiba mais...

Já sabe a rotina. Dê o seu contributo. O planeta agradece.

terça-feira, 17 de março de 2009

Café a Brasileira


A Rua do Souto (bem, quase) está ainda mais rica.
Vai reabrir hoje, depois de grandes remodelações, o café A Brasileira. Embora nunca tenha sido um grande frequentador, apenas ocasional, é com prazer que vejo reabrir, ainda mais valorizado, espero, um café com semelhante história em Braga. Depois de terem fechado vários dos "ex libris" dessa área na cidade e, relembro por exemplo, O Nosso Café, A Benamor, o Café Sporting, o Café Avenida, entre tantos outros, é bom verificar que alguns ainda lutam para se manter em funcionamento. Com uma história centenária, que passa por ser entre 1933 e 1974 rival da frontal Nova Brasileira na simpatias (ou não) pelo antigo regime, sobrevive até ao século XXI. Parabéns e que veja decorrer outro século, pelo menos.
E então, até um destes dias, algures na Rua do Souto ou, quem sabe, na Brasileira.
Paulo Novais

Café «A Brasileira», com 102 anos, reabre, terça-feira após restauro

Café 'A Brasileira' reabre mais fresco e faz 102 anos

sexta-feira, 13 de março de 2009

Boa tarde! Posso entrar?


Convidaram-me para vir dar uma volta à Rua do Souto. As memórias são comprovadamente imensas. Aquela, a mesma, onde tanto namorei, onde tantas conversas tive com os amigos, onde passar uma vez ao dia era quase obrigatório. É caso para ir ao armário das memórias, escolher o suporte onde estão armazenadas as dessa época, dos meus 14 aos 20 anos. É só aguardar um pouco, esperar o seja feito o devido "upload" e pronto. Prometo, de vez em quando, vir aqui dar um passeio e quem sabe. Talvez seja até inspirador.
Talvez me ajude, quiçá, a esquecer aquele caso de um gestor de uma empresa de capitais maioritariamente autárquicos, da qual agora não me lembro o nome (bem o do gestor acho que rima com "cajado") que se transferiu de um lugar de nomeação politica para um lugar pertencente aos quadros da mesma empresa (acho que o nome rima com "aval").
Talvez fique até contente por tal ter acontecido. Talvez seja o prenúncio do fim. De tempos de compadrio, de amizades suspeitas, de favorecimentos obscuros.
Talvez, finalmente, este universo de satélites que giram em torno do poder instalado nesta cidade vai para uma eternidade, esteja a ter as ultimas órbitas. Talvez seja o pronuncio de que são agora mais do que meras estrelas "cadentes".
Bem, de qualquer forma, está na altura de colocar as memórias disto num suporte e, arrumar no meu armário, bem lá no fundo, onde não tropece nelas tão cedo.
Bem, então até um dia deste, algures na Rua do Souto.
Paulo Novais

sábado, 7 de março de 2009

Mais uma vez sobre o post do Ramiro ali em baixo...

Ler e aprender com Pacheco Pereira


[Instruções de leitura:

1. Onde se lê "Sócrates" leia-se "Mesquita".]

Entretanto, num País das Maravilhas perto de si...

Não é que o Magalhães chumbou a português?

Ainda antes de explicar a minha posição sobre o post do Ramiro ali em baixo...

No DN de hoje

"Ministério Público diz que há indícios de enriquecimento ilícito

CARLOS RODRIGUES LIMA

Mesquita Machado.

A radiografia à investigação sobre o presidente da Câmara de Braga revela que, contados os meses de paragens, em quatro anos ninguém mexeu no processo. O arquivamento do caso era mais que provável, numa investigação que se limitou a recolher papéis

Caso teve "movimentação espasmódica"

Se o crime de enriquecimento injustificado estivesse previsto na lei portuguesa, Mesquita Machado seria, muito provavelmente, acusado. Esta é a conclusão do procurador responsável pela auditoria interna do Ministério Público à investigação ao autarca de Braga. "A factualidade investigada e apurada nos autos pode, sem dificuldade, reflectir uma situação de enriquecimento injustificado por parte de alguns titulares de cargos políticos e funcionários da Câmara Municipal de Braga, conduta que não tem tutela criminal".

O relatório apresentado ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) pelo procurador distrital do Porto, Pinto Nogueira, tira a radiografia a oitos anos de investigação. Da leitura do documento, a que o DN teve acesso, fica claro que quantidade (número de volumes e apensos) não significa qualidade.

A Polícia Judiciária do Porto limitou-se a recolher papéis em organismos públicos, como certidões, declarações de património e IRS. Por isso, o procurador do MP responsável pela inspecção ao caso afirma que este teve uma "movimentação espasmódica", porque existem longos períodos em que o caso esteve parado sem qualquer acto de investigação (ver caixa nesta página).

O processo começou em 2000 na sequência de uma entrevista de um responsável dos CDS/PP de Braga ao extinto jornal Região do Minho. Miguel Brito denunciou publicamente suspeitas sobre o património de Mesquita Machado. Aberto o inquérito, a investigação andou numa roda livre de burocracia e viagens dos volumes do processo entre o MP de Braga e a PJ do Porto.

Só ao fim de oito anos, é que Mesquita Machado foi ouvido no processo. Não como arguido, mas como testemunha. Isto porque, apesar dos indícios de enriquecimento ilícito, a investigação (por falta dela) não conseguiu reunir provas para o relacionar a decisões camarárias. Como o crime de corrupção exige uma relação causa-efeito, tudo caiu por terra.

Segundo o documento, quer a Inspecção-Geral das Autarquias Locais, quer a Inspecção Geral de Finanças (IGF), a quem foi pedida colaboração, recusaram-se a intervir. Ambas, em síntese, alegaram falta de competência e meios. A IGF chegou a informar o MP que uma das razões para não colaborar prendia-se com a "necessidade de assegurar o cumprimento do plano de actividades anual". Já a brigada que investiga os crimes económicos da PJ do Porto justificou os atrasos com a alocação de inspectores ao processo "Apito Dourado".

Na passada segunda-feira, o CSMP determinou a abertura de um inquérito formal ao caso que será conduzido por um inspector do Ministério Público. Já Mesquita Machado, em entrevista ao DN, reiterou que todas as suspeitas foram arquivadas e que tudo não passa de uma cabala do PSD."

[hiperligação da minha responsabilidade na parte da notícia de que menos se tem falado e que é, por sinal, a mais importante]

O que é que o Mourinho tem a ver com a minha opinião sobre o post do Ramiro ali em baixo?

"Negli ultimi due giorni non si è parlato della Roma che ha grandissimi giocatori, ma che finirà la stagione con zero titoli"

Pois...

Peço desculpa por não ter escrito grande coisa esta semana, mas vocês sabem que eu tenho andado muito ocupado...




Não tenho a vossa vida pá!!! :)


sexta-feira, 6 de março de 2009

Eles insultam-se...

  
estão eles no seu melhor nível...

Artigo de Pedro Abrunhosa (afinal, quem dá música a quem?!)

MAXMEN | Edição Fev 09

Sócrates e o meu Avô.

1. José Sócrates cumpre bem o papel que os portugueses gostam de projectar nos seus líderes: pragmático, duro e honesto. Ou, em linguagem real: teimoso, surdo e forreta. Ao longo do último século foram inúmeros os líderes que levaram o país a acreditar nas suas oratórias messiânicas e austeras. De Salazar a Cavaco, desaguando agora em Sócrates, o mais importante é mesmo manter um ar sério e compenetrado, ainda que se esteja a pronunciar a pior das mentiras. Desde que a imagem do suposto rigor passe, pouco importam críticas de oposição, jornalistas incómodos ou que a realidade se encarregue de desmentir a teoria. Ainda que, obviamente, a comparação com os dois primeiros seja bastante dura para com o actual primeiro-ministro, a verdade é que, ao longo deste último ano, se agravaram os sintomas de autismo e afastamento em relação à real situação social, económica e financeira do país, como o foi na vigência dos governos dos ditos. Em relação aos professores, esta teimosia, disfarçada de firmeza, tem pura e simplesmente servido os interesses duma potencial futura privatização de todo o sistema de ensino em Portugal. A instabilidade nas escolas, onde o corpo docente e conselhos directivos batalham incessantemente há anos por uma dignificação do aluno, leva a que a opinião pública passe a considerar como porto seguro as escolas privadas, fugindo em massa para este sector e deixando ao abandono aquela que deveria ser a principal área de actuação de qualquer governo desde a implantação da república. Um sistema de ensino público forte, coeso e estável, assim como um sistema de saúde e de justiça, é o pilar de uma sociedade justa e livre, onde a igualdade de oportunidades não seja uma expressão vã. A contínua hostilização aos professores feita por este, e outros governos, vai acabar por levar cada vez mais pais a recorrer ao privado, mais caro e nem sempre tão bem equipado, mas com uma estabilidade garantida ao nível da conflitualidade laboral. O problema é que esta tendência neo-liberal escamoteada da privatização do bem público, leva a uma abdicação por parte do estado do seu papel moderador entre, precisamente, essa conflitualidade laboral latente, transversal à actividade humana, a desmotivação de uma classe fundamental na construção de princípios e valores, e a formação pura e dura, desafectada de interesses particulares, de gerações articuladas no equilíbrio entre o saber e o ter. O trabalho dos professores, desde há muito, vem sendo desacreditado pelas sucessivas tutelas, numa incompreensível espiral de má gestão que levará um dia a que os docentes sejam apenas administradores de horários e reprodutores de programas impostos cegamente. Não sou um saudosista, como bem se pode notar pelo que escrevo aqui regularmente, mas nem toda a mudança é sinónimo de evolução. Pelo contrário, o nosso direito poucas alterações sofreu em relação ao direito romano, e este do grego, sem que com isso se tenha perdido a noção de bem e mal, ainda que relativa de acordo com preceitos culturais e históricos. E, muito menos, a credibilização dos agentes de justiça, mormente magistrados, sofreu alterações significativas ao logo dos tempos, embora aqui também comecem a surgir sintomas de imenso desconforto, para já invisível ao grande público.

2. O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante. Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino. Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade. Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve. O pior disto tudo é que não se vislumbra alternativa no horizonte. Manuela Ferreira Leite é uma múmia sem ideias, Portas uma anedota, PCP e Bloco, monolitos chatos e nem um rasgo de génio, de sonho, que faça sorrir os portugueses e os faça entender que eles são a verdadeira ‘política’, essa causa nobre que mistura lagartos com défice externo. Porque não há maneira melhor de explicar que a vida de cada um pode melhor quanto melhor ser humano, menos autista, surdo e teimoso for aquele que insiste em nos governar. O meu avô era assim, mas morreu faz muito tempo. E gostava de mais da liberdade para querer mandar. Disso tenho a certeza.

Pedro Abrunhosa

Se ele o diz, quem sou eu para contestar... :)

Ahh, grande 'cantautor-pensador'!!

quinta-feira, 5 de março de 2009

ESTÁ TUDO MALUCO!!!!



De facto estes comunistas são de um fundamentalismo sem explicação. Isto basicamente é assim...os empresários são uns cretinos, ladrões e exploradores que criam empresas, que por sua vez criam EMPREGO, que por sua vez faz com que as famílias possam ter mais poder de compra e...pasme-se...querem ter lucros com isso!!! Mas como é que é possível alguém, com o mínimo de capacidade de discernimento acreditar que é possível um país crescer sem a iniciativa privada? Como é possível acreditarem num ideal que NUNCA resultou...que é incrivelmente inviável? Custa-me mesmo a perceber, mesmo com os pergaminhos da tolerância democrática em que acredito...há coisas que realmente me tiram do sério. Bem sei que a GALP não baixou os preços ao ritmo desejado, tal como as outras gasolineiras fizeram, mas sinceramente...criticar um gestor por colocar uma empresa a dar lucro é do fundamentalismo mais barato e rasca que já vi. ACORDEM PARA A VIDA!!

Eurodeputados passam a ganhar o dobro!!!!


A Europa tem destas coisas... A questão dos eurodeputados serem pagos ou não em função do vencimento de um deputado nacional do seu país de origem parece-me de evidente resolução. A situação é que em tempo de crise, em que se pedem esforços ás populações, não me parece lógica esta adequação dos ordenados, apesar de a entender como inevitável. Se temos um parlamento de representação dos estados europeus, parece-me lógico que os vencimentos sejam equiparados entre os seus membros. O timing é que não é o melhor...


segunda-feira, 2 de março de 2009

Que Sorte Incrível!

NO COMENT!!!

Ainda...a riqueza de Mesquita!!!


Cá está, mais uma vez afinfam-se para que uma instituição judicial venha dizer que não encontrou nada. Meus caros amigos e povinho da oposição a este poder trintão na CMB, vamos lá ver se nos entendemos. A questão jurídica aqui não é o mais relevante até porque, e sem qualquer fundamentalismo demagogo como aqueles que tenho assistido, o Eng. provavelmente não usou e abusou de forma leviana...acredito que as saiba fazer! De qualquer forma, o que releva aqui é a questão política, ou seja, é não é verdade que o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Braga mora numa casa milionária? É ou não é verdade que anda em carros de alto nível? É ou não é verdade que, no mínimo, os seus filhos e familiares têm acesso a negócios fantásticos que as pessoas comuns não têm? É ou não é verdade que este senhor, que se saiba, só foi Presidente da autarquia de profissão nos últimos 32 anos? Disto tudo podemos dizer que, politicamente, e independente da questão jurídica, existem negócios, prendas e bens que, podem ou não estar registados em nome de A, B ou C mas que são usufruídos pelo Eng. Mesquita Machado e seus familiares. O que se pergunta aos bracarenses é: Isto augura algo de bom para a forma como o poder autárquico se relacionou com empresários e actividades económicas nos últimos 32 anos? A resposta categórica é NÃO. Hello! Esconderem-se atrás dos argumentos de que o procurador isto e aquilo é o mesmo que sempre fizeram...nunca pegam "o touro pelos cornos". Parece que têm medo e por isso ele vos derrota há 32 anos... E já agora, não resisto, onde anda o CDS/PP? Sr. Rocha, Presidente do CDS/PP de Braga, sei que faz a sua vida em Lisboa, mas já dizia qualquer coisinha sobre um assunto tão relevante como este!! De facto... que coisa!! Ao ponto que o Portinhas das feiras chegou!!

Arranjem um tio com uma empresa de informática!!


Nós somos um país que quer vestir "prada" por fora, mas cuja roupa interior não deixa de ser da feira. Está mesmo na altura de começarmos a perceber a nossa realidade e a vivermos ao nosso nível. A certificação nem vou comentar porque a tuguisse do costume, com os espertos de sempre, fez com que um processo que pretendia distinguir empresas com elevados padrões de qualidade tornou-se completamente banal e até irrelevante. Tuga que é tuga aldraba sempre o processo.
Quanto a este assunto, arranjem-lhe um tio com uma empresa de informática e o negócio fica cá em Portugal.