sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Vamos Limpar Portugal

Vamos Limpar Portugal

O grupo concelhio de Braga do projecto Vamos Limpar Portugal reúne-se Sábado, 27 de Fevereiro pelas 11:45 horas na sede da junta de freguesia de S. Vitor. 

O projecto Vamos Limpar Portugal entrou na sua fase decisiva e necessita de toda a colaboração possível. Compareça e saiba com ajudar esta causa.

Esteja presente. Ajude esta Causa. Ajude o Planeta.

E VOCÊ? VAI FICAR EM CASA?

«Há um encobrimento do poder político pelo judicial»

"O director do SOL, José António Saraiva, defendeu hoje na comissão parlamentar de Ética que «há um encobrimento do poder político pelo poder judicial»

"Para o responsável do jornal, os «factos» até agora conhecidos, na sequência do processo Face Oculta, mostram que «há uma conivência do poder judicial com o poder político».

"Falando sobre a relação do SOL com o antigo accionista BCP, José António Saraiva contrariou declarações prestadas à comissão pelo ex-administrador daquele banco, Armando Vara, afirmando que este era responsável pelo processo accionista: «Tenho a certeza absoluta que, pelo menos na parte final [das negociações para a venda da quota do BCP] foi coordenada directamente por Armando Vara». "

Por Susete Francisco,
"Sol", 26.II.2010

Bute lá?

Peregrinação a Lourdes de políticos franceses

Está sendo preparada a segunda edição da peregrinação a Lourdes para cristãos de vida pública francesa, coordenada pela associação Chrétien élu public.

Com iniciativa de vários parlamentares, a primeira peregrinação aconteceu em 2009. A edição de 2010 está para ser lançada.

Pe. Rougé, pároco da igreja de Santa Clotilde em Paris, é professor de Teologia na Faculdade Notre Dame (Colégio dos Bernardinos). É também director do serviço pastoral de estudos políticos. Nesse âmbito, assegura a presença da Igreja entre os deputados e senadores.

–Como nasceu a ideia dessa peregrinação?

–Pe. Matthieu Rougé: Alguns parlamentares disseram que, entre as numerosas peregrinações propostas a Lourdes, era uma pena que não havia uma proposta específica para os políticos. Em ocasião dos 150 anos da primeira aparição de Maria a Bernadette, em 11 de fevereiro de 2008, estavam em Lourdes trinta parlamentares: foi para eles a ocasião de apresentar seu projeto a monsenhor Perrier e receber seu alento. O modelo adotado foi o de “congressos-peregrinações” dos médicos, que une atualização, reflexão e partilha. Foi definido em seguida convidar os políticos de todos os cargos: âmbitos municipal, departamental, regional, nacional e europeu. O caráter universal de Lourdes levou com naturalidade a abrir-se para os eleitos de outros países.

-Quais são as reações e os frutos?

–Pe. Matthieu Rougé: A primeira edição da peregrinação “cristã política” foi um verdadeiro momento de graça, reunindo mais de uma centena de políticos ao redor de intervenções repletas de conteúdo - monsenhor Perrier, monsenhor Brouwet, padre Quénardel, o abade de Citeaux... -, em clima de grande fraternidade, para qualquer que for o nível de responsabilidade de cada um (vereador de um povoado de duzentos habitantes ou um antigo membro do Governo...). Todos expressaram o desejo de que a proposta se renovasse no ano seguinte. No impulso da primeira peregrinação a Lourdes e para preparar a seguinte, foram desenvolvidas reuniões locais de políticos, nas dioceses de Havre, Angers, Paris, por exemplo.

–O grupo de amizade França-Santa Sé do Senado acaba também de fazer uma viagem a Roma: quer dizer que a “laicidade positiva” está fazendo seu caminho?

–Pe. Matthiu Rougé: Há que se distinguir o plano institucional, em que se situam os grupos de amizade da Assembleia e do Senado, e o caráter principalmente espiritual da peregrinação a Lourdes.

No primeiro caso, parlamentares de opiniões mais variadas se encontram com os responsáveis do Vaticano praticamente como fariam com outros Estados; no segundo, os políticos enraizados na fé ou em busca de suas raízes mais profundas têm um tempo de oração e de reflexão, à Luz do Evangelho. Dito isto, todos manifestam seu interesse pela palavra da Igreja, especialmente com os crescentes desafios enfrentados, cada vez mais difíceis (bioética, migrações, educação...).

Apesar das divergências persistentes em uma parte da sociedade francesa, há de facto uma liberdade nova em relação às questões espirituais e às luzes que a fé pode trazer a problemas éticos.

–Qual resultado esperar? Também para a Europa: o presidente Hans-Gert Pöttering acaba de participar da apresentação no Vaticano da mensagem de Quaresma de Bento XVI, por convite do cardeal Paul Joseph Cordes, e evocou os laços entre parlamentares cristãos no Parlamento europeu...

–Pe. Matthieu Rougé: É verdadeiramente importante que os responsáveis da cidade tenham, apesar do ritmo acelerado imposto por suas actividades, ocasiões de actualização, de formação e de fraternidade: sem vida espiritual é difícil ser perseverante, valente, audaz na esperança e na caridade; sem formação é impossível realizar discernimentos éticos verdadeiramente bem sucedidos; sem ocasiões de fraternidade, sente-se rapidamente isolado. Em contrapartida, quem vive verdadeiros momentos de actualização, de formação e de fraternidade sente-se tocado.

–O que reserva a edição 2010 e como se inscrever?

–Pe. Matthieu Rougé: A peregrinação 2010 acontecerá de 8 a 11 de abril. Os principais conferencistas são: Dom Dagens, cardeal Barbarin e Marie-Hélène Mathieu. Dom Claude Dagens, bispo de Angouleme, membro da Academia Francesa, falará sobre “O futuro cultural e cultura das Igrejas e da Igreja na França”; Marie-Hélène Mathieu é a fundadora da Oficina de Deficientes, de Fé e Luz, e da primeira peregrinação de pessoas com deficiência a Lourdes em 1971; o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, irá propor uma reflexão sobre “Igreja, servidora de todas as pessoas”.

Um intercâmbio entre todos os participantes sobre a primeira encíclica social de Bento XVI, Caritas in veritate, será introduzida com um debate entre três parlamentares de diferentes correntes políticas.

A organização dessa peregrinação está coordenada pela associação Chrétien élu public, que convoca também encontros de cargos políticos locais. É presidida por Charles Revet, senador de Seine-Maritime.

Existe a possibilidade inscrições online no link: http://spep.typepad.fr/spep/.

Por Anita S. Bourdin
ROMA, 25 de Fevereiro de 2010 (ZENIT.org)

Porque não gosto de viajar em autoestrada

Fácil. Porque sinto a falta das tampas de saneamento, de água, da energia ou comunicações, ali, bem no sitio onde o meu carro tem quer meter a roda para passar. Não é a mesma coisa. 

Aquelas sacudidelas que o carro sofre, aqueles sons de cada vez que acontece, tudo isso mantém o condutor desperto.
E evitam-se os acidentes. Senão, porque razão, com tanto espaço e locais disponíveis para as colocar elas estariam ali, onde não as podemos evitar ou onde temos que fazer uma autêntica gincana para as evitar? Só pode ser para manter o condutor acordado e alerta.
E quando colocam novo piso e a tampa fica 2 metros abaixo do nível do mesmo? Ou levantam a tampa a seguir e fica 1 metro acima do piso? 
Só serve mesmo é para f**** (piiiiiiiii) o carro todo à gente. Mas quem são as bestas que planeia e autorizam isto? Familiares de mecânicos, accionistas de stands de  peças automóveis ou simplesmente parvos e incompetentes?
Mas quem põe ordem nesta merda, afinal? Abaixo as tampas nas estradas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

E agora?

Vou aqui chamar a atenção para esta noticia que faz manchete de um jornal que eu não digo o nome, não vá o diabo (entenda-se Sócrates) tecê-las.

Para já e dada a gravidade da noticia, prefiro abster-me de comentar. Mas vou adiantando que assim torna-se difícil credibilizar o que quer que seja. Muito menos um sistema de justiça.



Fonte: o tal jornal que eu não posso mencionar

Ja chega...

Lições do Alentejo

"Moura inaugura laboratório e ninho de empresas

"A Câmara de Moura inaugura esta quarta-feira, 24, a partir das 16h00, um laboratório de investigação na área da energia fotovoltaica – propriedade da empresa municipal Lógica – e o novo Centro de Acolhimento a Microempresas de Moura.

"O primeiro está totalmente equipado com tecnologia de ponta utilizada para o estudo, desenvolvimento tecnológico, ensaios e certificação de tecnologia para aproveitamento da energia solar, enquanto que o segundo, fruto de uma parceria entre a autarquia e a Associação “Rota do Guadiana”, situa-se no Parque Tecnológico de Moura e representa um investimento 530 mil euros.

"A Câmara de Moura aproveita esta ocaisão para lançar igualmente a primeira pedra do novo edifício da Lógica."

in CORREIO ALENTEJO, BEJA

Freitas do Amaral vs. Procurador Geral da República

"O PGR optou por uma interpretação muito restritiva do conceito de 'atentado ao Estado de Direito'", diz Freitas do Amaral.

O professor de Direito Administrativo, fundador do CDS e ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates considera que o caso Face Oculta "passou do mundo do Direito para o mundo da política, pura e simplesmente, por meio de uma decisão jurídico-política do PGR".

Freitas do Amaral é ainda taxativo ao afirmar que "a Assembleia da República tem competência para discutir e apreciar, politicamente, essa decisão do PGR."

in VISÃO, 25.2.2010

"Sócrates e a sua sombra"

"A entrevista dada a Miguel Sousa Tavares pelo primeiro-ministro é do mais triste que me foi dado ver. E note-se que tal não se ficou a dever ao entrevistador mas ao entrevistado, que aproveitou ir à boleia para consolidar uma nova posição defensiva, politicamente contraproducente e tacticamente indigente. Acreditando no provérbio popular que enquanto o pau vai e vem folgam as costas, Sócrates barricou-se, agora, numa inversão do ónus da prova. O que até estaria correcto se todas estas histórias tivessem um outro protagonista, se todo este folhetim se circunscrevesse ao âmbito judicial. Mas sabemos todos que não é assim.

"A questão é, hoje, eminentemente política ou não fosse o seu principal personagem o primeiro-ministro (que temos). Os juízos que inevitavelmente se fazem são também, políticos. É que nas sociedades livres os políticos são julgados na base das percepções, e nem podia ser de outra forma, percepções aliás não da exclusiva responsabilidade da opinião publicada ou da mediação da comunicação social, mas de um longo encadeado de factos infelizes, mal explicados, eivados de contradições e que foram tendo as suas consequências que se tornaram, elas também, factos políticos igualmente graves.

"Por tudo isto, a pergunta que sobra é inevitável: Sócrates tem, ainda, condições políticas para se manter no cargo que ocupa? O adensar de um clima inóspito de suspeição ou mero cepticismo, a postura pouco recomendável dos responsáveis máximos do sistema judicial, as contradições sucessivas dos intervenientes, a sucessão penosa de episódios, são factores políticos neutralizáveis por uma postura de negação passiva?

"Em quantos países, desses a que chamamos de civilizados, se vêem coisas tão extraordinárias como a entrevista do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, ou as declarações do procurador-geral da República, ou as estudadas afirmações de inocência do chefe do Governo? E como não concluir que algo está muito podre neste reino - ou parece estar, o que em política vai dar ao mesmo - e que o normal funcionamento das instituições foi substituído por uma guerrilha institucional de desgaste rapidíssimo?

"Quando o Parlamento decide ouvir, no âmbito de uma comissão parlamentar, uma série de presumíveis vítimas da conduta de Sócrates e durante horas os portugueses acedem em directo a um verdadeiro lavar de roupa suja, alguém pensa que tal não terá consequências políticas? Quando apaniguados do primeiro-ministro escolhem a forma de manifesto para demonstrar o repúdio público "pelo que se tem passado", pela "confusão entre o que é do domínio da justiça e do domínio político" e consideram que a democracia corre mais riscos do que Sócrates, acaso não fica clara a nova táctica política para mais um fôlego governamental?

"Tudo isto, que já seria demasiado em tempos normais, torna-se insustentável em tempos de uma crise que fez emergir o lixo que durante muito tempo fomos varrendo para debaixo do tapete: uma cultura de irresponsabilidade, atrasos estruturais, questões mal resolvidas, uma baixa eficiência das políticas sociais, fracas competências, um tecido institucional esgarçado. A opção, claramente visível no discurso do primeiro-ministro, de um optimismo bacoco incapaz de convocar os portugueses a uma coesão nacional e social indispensável para ultrapassar a crise, é o sinal negativo de que o discurso do embuste vai prosseguir mesmo sabendo-se que, mais à frente, os factos o desmentirão.

"A grande maioria dos portugueses já intuiu que não é possível lutar pela sobrevivência do País e deste Governo ao mesmo tempo e o partido socialista vai a caminho de intuir o mesmo. Portugal não precisa de novas eleições mas precisa de uma trégua para ultrapassar a situação em que se encontra, de instituições que funcionem, de uma liderança credível. Tudo o que Sócrates já não pode promover porque, no ponto onde está, a sua sombra é maior do que ele próprio."

Mª José Nogueira Pinto
in DN, 25.2.2010

Cenas da vida conjugal

"A geração do matrimónio

"Para os jovens, a felicidade conjugal é prioridade

"Dentre as muitas coisas que nos fazem lembrar João Paulo II, certamente está sua capacidade de falar aos jovens. A instituição da Jornada Mundial da Juventude, uma tradição mantida por Bento XVI, revelou-se uma ocasião de ensinamento, uma forma de comunicar-se com as futuras gerações de pais católicos, sacerdotes e religiosos.

"Uma recente pesquisa conduzida pelos Cavaleiros de Colombo e pelo Marist Institute for Public Opinion evidencia a importância de comunicar às novas gerações de católicos. O resultado do estudo, aplicado a jovens americanos nascidos entre 1978 e 2000, chamados de millennials, revelou elementos de esperança, mas também de preocupação pela Igreja Católica, que devem ser levados em consideração pelos evangelizadores católicos ao lidarem com os jovens.

"Um fato encorajador revelado pela pesquisa é o de que entre os millennials que se identificaram como católicos – não apenas os católicos praticantes – 85% disseram crer em Deus. Suas proridades são o matrimónio e a proximidade com Deus. Cerca de 82% destes jovens acredita que a importância do matrimonio tem sido subestimada, enquanto mais de 60% consideram práticas como o aborto e a eutanásia moralmente erradas.

"Estas são boas notícias. Mas o que verdadeiramente preocupa é que 61% dos jovens entrevistados acreditam ser justo para os católicos praticar mais de uma religião. Quase dois terços deles se consideram mais espirituais que religiosos, enquanto que 82% consideram as questões morais “relativas”.

"Estes não são problemas teóricos, são fatos concretos. E são fatos sobre os quais Bento XVI já antecipava há 5 anos.

"Durante a cerimónia fúnebre de João Paulo II, num dos dias que antecederam sua eleição papal, o então cardeal Joseph Ratzinger alertou contra a “ditadura do relativismo”.

"Disse: “Ter um fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente rotulado de fundamentalismo. Enquanto que o relativismo – isto é, deixar-se levar por qualquer vento de doutrina – aparece como a única atitude adequada aos tempos modernos. Assim se constrói uma ditadura do relativismo, que nada reconhece como definitivo e que estabelece como última medida apenas o eu e suas vontades”.

"Uma outra medida

"Como alternativa a uma tal visão distorcida de mundo, ele propõe “uma outra medida: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo. ‘Adulta’ não é a fé que segue as ondas da moda ou as últimas novidades; adulta e madura é a fé profundamente enraizada na amizade com Cristo. É esta amizade que nos abre a tudo o que é bom, e nos confere critério para decidir entre o verdadeiro e o falso, entre o engano e a verdade”.

"Esta geração busca o amor. Quer o matrimónio – isto é, o amor verdadeiro – mais do que qualquer outra coisa. Vê que o amor no matrimónio tem sido desvalorizado.

"Em uma entrevista concedida a uma publicação alemã, Bento XVI ilustrou mais precisamente como colocar em prática a solução proposta. O que é necessário – disse ele – é apresentar o que de positivo e de feliz a vida cristã pode oferecer.

"Em particular, disse ele: “O cristianismo, o catolicismo, não é uma acumulação de proibições, mas sim uma opção positiva. E é muito importante que esta concepção seja restaurada, uma vez que, nos dias de hoje, está quase completamente desaparecida. Falou-se tanto sobre o que não seria permitido, que agora precisamos dizer: temos uma proposta positiva: o homem e a mulher são feitos um para o outro, existe uma escala – por assim dizer: sexualidade, Eros, Ágape, que são as dimensões do amor. E assim se constitui inicialmente no matrimónio o encontro pleno de felicidade entre um homem e uma mulher, em seguida a família, que garante a continuidade através das gerações, e na qual se realiza a reconciliação entre as gerações. Por isso, primeiramente, é necessário deixar claro aquilo que defendemos.”

"Recentemente, o Papa retomou esta mensagem aos bispos da Escócia, acrescentando: “Estejam certos de apresentarem este ensinamento de modo que seja reconhecido como a mensagem de esperança que é”.

"Aos olhos de um grupo que considera o matrimónio como a mais alta das prioridades e que entende que seu valor é subestimado pela sociedade, uma Igreja que proclama a beleza do sentido cristão do matrimónio é uma Igreja que apresenta uma mensagem capaz de reverberar pela futura geração de pais católicos.

"Este é precisamente o caminho indicado por Bento XVI.

"Alguns descrentes dirão que os jovens não querem ouvir. Mas o fato é este: quase dois terços dos jovens entrevistados disseram estar muito interessados em aprender mais sobre sua fé.

"Este é o motivo pelo qual a elaboração do documento que trata da questão da família, a cargo do Conselho Pontifício para a Família, é tão importante.

"Cabe a nós apresentar a fé de um modo que faça sentido para as vidas dos jovens católicos, e não há melhor maneira de fazê-lo do que recorrendo à riqueza teológica e pastoral dos ensinamentos de João Paulo II e Bento XVI – mostrar aos jovens como construir matrimónios felizes, sadios e, definitivamente, santos."

Por Carl Anderson
NEW HEAVEN, EUA, 24 de Fevereiro de 2010,
(ZENIT.org)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Porra mesmo

Rua dos Chãos - 24 de Fevereiro

Braga por estes dias...

 Maximinos/Real - meados de Fevereiro
 

  

Avenida Central - 24 de Fevereiro
 

"Morreu preso político cubano após 85 dias de greve de fome"

"O prisioneiro cubano Orlando Zapata Tamayo morreu ontem em La Havana, após 85 dias de greve de fome, confirmaram fontes da dissidência, que acusam o governo de Cuba de permitir a sua morte premeditadamente. “É uma tragédia terrível, a morte de Oralando tinha sido perfeitamente evitável. Pode considerar-se que foi assassinado com consentimento judicial”, declarou Elizardo Sanchéz, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

"A mesma fonte explicou que a saúde de Zapata estava em estado crítico há já alguns dias e denunciou que as autoridades esperaram mais de uma semana para transladá-lo para o hospital da prisão de Camaguey. “Foi assistido mesmo nas últimas…”, concluiu Sanchéz.

"Até à data o governo cubano ainda não fez nenhum comentário oficial.
Zapata, de 42 anos, foi detido em 2003 numa operação que levou 75 opositores do regime à prisão, sob a acusação de conspirarem a favor dos EUA. A sentença foi, na altura, considerada muito violenta, mas na altura provou-se que, na realidade, Zapata não pertencia ao alegado “grupo dos 75”. Por isso foi condenado a três anos de pena de prisão por desacato, desordem pública e desobediência. Fontes do movimento de direitos humanos garantem que a sua postura desafiante face aos guardas prisionais resultou numa agravação da pena. Somadas todas as acusações de pequenos delitos, Zapata acabou condenado a cerca de 30 anos de pena de prisão."

por Nelma Viana,
Publicado no "i" a 24 de Fevereiro de 2010

"Por amor aos animais"

Cresce a tendência a sua humanização

"ROMA, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).– No período que precede o dia de São Valentino, foi divulgada uma pesquisa surpreendente, segundo a qual um quinto dos adultos entrevistados afirmava preferir comemorar a data ao lado de seu animal de estimação ao invés de comemorá-la com seu parceiro.

"Participaram da pesquisa 24.000 pessoas de 23 países, conforme referiu a Reuters em 8 de fevereiro. O estudo evidenciou diferenças mais pronunciadas entre as diferentes faixas etárias do que entre diferentes nacionalidades ou gêneros. Cerca de 25% dos entrevistados com menos de 35 anos afirmaram preferir seu animalzinho a seu par. Entre os adultos na faixa de 35 a 54 anos, apenas 18% sustentaram esta posição; 14% dos entrevistados com mais de 55 anos responderam da mesma forma.
Aqueles que disseram preferir um animal de estimação a uma pessoa pertenciam, de maneira geral, à categoria de menor renda.


"Os resultados da pesquisa confirmam a crescente tendência à humanização dos animais. Em 23 de janeiro, um artigo do jornal britânico Telegraph tratava da retomada de uma antiga prática pagã - de sepultar pessoas junto aos seu animais de estimação. De acordo com o jornal, foi aprovado, em Lincolnshire, o último de uma série de cemitérios unificados para animais e seres humanos.

"O artigo cita Penny Lally, administrador do “Woodland Burial Place” em Penwith. Lally declamo ao Telegraph ter sepultado mais de 30 pessoas juntamente aos seus animais de estimação, e que outros 120 sepultamentos já estariam agendados.

“Para muitas pessoas, o luto por seu animal de estimação não difere daquele vivenciado com a perda de um familiar, especialmente se considerarmos que os animais proporcionam uma vida mais estruturada para muitas pessoas que vivem sós”, observou Elaine Pendlebury, veterinária que atua na instituição de caridade PDSA.

"A ideia de cemitérios conjuntos deriva do uso já difundido de cemitérios destinados a animais. Em 26 de outubro do ano passado, o Chicago Tribune pubicou um artigo no qual comentava que um dos cemitérios para animais mais antigo dos EUA, o Hindsdale Animal Cemetery, de Willowbrook, no Illinois, já contava com mais de 15.000 animais sepultados.

Como familiares

Segundo Micheal Schaffer, autor do livro “One Nation Under Dog”, as inscrições nas lápides têm mudado ao longo do tempo, refletindo a elevação, concedida aos animais, à condição de “plenos membros da família”.

“Ao se visitar os antigos cemitérios para animais, as inscrições que se encontram dirão coisas como ‘Aqui jaz Fido, servo fiel’, ou ainda ‘Aqui jaz Fido, o melhor amigo do homem’”, diz Schaffer. “Hoje, ao contrário, se lê: ‘Minha pequena menina’, ou “Sentimos sua falta, Mamãe e Papai’. As pessoas desenvolveram uma concepção a respeito dos próprios animais como se estes fossem seus filhos – um desenvolvimento um tanto dramático”.

"Não se trata apenas de sentimentos. As pessoas estão dispostas a gastar somas cada vez maiores de dinheiro com os próprios animais. O artigo do Chicago Tribune conta o caso de um homem que gastou mais de 2.000 dólares no funeral de seu cachorro, após ter gasto mais de 7.000 dólares em tratamentos médicos na esperança de salvar sua vida.

"De fato, as despesas com animais têm aumentado notavelmente nos últimos anos. Em 8 de fevereiro deste ano, o American Pet Products Manufacturers Association (APPA) divulgou seu último relatório anual, citando que as despesas com animais domésticos nos EUA aumentaram 5,4% no último ano, passando de 43,2 bilhões de dólares ao ano para mais de 45,5 bilhões de dólares em 2009. A indústria prevê que estas despesas ultrapassem os 47 bilhões de dólares em 2010.

"A maior parte desta tendência deve-se ao aumento com despesas médico-veterinárias, que registraram um incremento de 8,5% ao longo do último ano. O relatório observa que os serviços médicos aplicados a animais domésticos incluem hoje tomografias computadorizadas, tratamentos de canal, remoção de tumores e antidepressivos.

"O presidente da APPA, Bob Vetere, observou que com esta tendência de humanização dos animais, os padrões de qualidade de vida de homens e animais estão cada vez mais próximos, não apenas no campo da saúde, mas também da alimentação e do vestuário.

(...)

“A humanização dos animais é o principal factor responsável pelo crescimento do mercado de acessórios para animais de ‘pets’, afirma o comunicado do Global Industry Analysts. “Os donos veem seus animais como seus mais fiéis companheiros, e demonstram a intenção de lhes dar tanto afeto quanto aos seus cônjuges e filhos”, acrescenta.

Pessoas?

Margaret Somerville, diretora do Center for Medicine, Ethics and Law da McGill University, no Canadá, abordou a questão da humanização dos animais domésticos em um artigo publicado na internet em 27 de janeiro.

"Ela observa que alguns especialistas em ética defendem conferir aos animais o status de pessoa. Isto, entretanto, não seria desejável, uma vez que significaria abolir a ideia de que os seres humanos teriam algum valor especial, representando uma ameaça a seus direitos fundamentais.

“Em outras palava, se os animais se tornassem pessoas, as pessoas se tornariam animais”, observou Somerville - devemos, ao contrário, sustentar que a condição de pessoa é exclusiva dos seres humanos.

Esquecer Deus

"A aparente contradição, evidenciada por Somerville, entre a perda do respeito pela vida humana e elevação dos animais a uma condição quase humana, apresenta um aspecto teológico de fundo.

"Bento XVI fez uma breve referência ao tema numa audiência geral em 11 de janeiro de 2006. O contexto era o de um comentário ao Salmo 144.

"No texto, lê-se: “Senhor, o que é o homem para que se manifeste a ele?... Grande felicidade para o homem, conhecer o próprio Criador. Nisto nos diferenciamos das feras e outros animais, porque sabemos que temos um Criador, enquanto eles não sabem”.

"O Papa em seguida retomou um comentário sobre o Salmo feito por um dos Padres da Igreja, Orígenes: “Vale a pena medita sobre estas palavras de Orígenes, que vê a diferença fundamental entre o homem e os animais no fato de que o homem é capaz de conhecer a Deus, seu Criador, de que o homem é capaz da verdade, capaz de um conhecimento que se converte em amizade”, disse o Papa.

“É importante, em nosso tempo, que não nos esqueçamos de Deus, juntamente com todos os demais saberes que conquistamos, e que são tantos!”, observou. “Estes podem se tornar até perigosos, se nos falta o conhecimeto fundamental que confere significado e orientação a tudo: o conhecimento do Deus Criador”, concluiu.

"Efectivamente, uma das tendências de nossa sociedade moderna é a de, tendo perdido Deus de vista, desenvolver uma mentalidade que também perde de vista a dignidade da pessoa humana. Assim, há uma conexão entre a falta de respeito pela vida humana, cada vez mais considerada sob uma perspectiva utilitarista, e a humanização dos animais. Um passo a mais em direção ao retorno à cultura pagã."

Por padre John Flynn, LC

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Help me, please

Eu sou curioso por natureza. E embora normalmente não perca tempo com assuntos fúteis, de vez em quando surge um do qual não me consigo livrar. Isto porque a minha componente curiosa consegue, pura e simplesmente, abafar tudo o resto.

É o caso que vos vou contar e pedir sugestões. Pois quero ver se consigo encontrar uma explicação e esquecer o assunto.

Muito simples. Por ter que levar todos os dias de manhã cedo (cedo mesmo porra) a minha filha ás suas obrigações estudantis, frequentemente me deparo com um vizinho, que sei morar num prédio em frente, a dormir ao frio no carro. Não sei se ele passa lá a noite, se chega de madrugada, se trabalha de noite ou de dia. Sei apenas que com a cama quentinha ali perto, o carro seria o ultimo sitio que eu escolheria para descansar.

Já é a segunda vez no espaço de meia dúzia de dias. E sei que é costume acontecer.
Porra esta treta consome-me. Não há explicação lógica que pense que possa explicar esta situação.

Por favor. Ajudem-me. Dêem a vossas sugestões. Pode ser que não esteja a perceber o óbvio.

"Doutor, preciso de ajuda" :D

«Rui Rio apoia candidatura de Aguiar-Branco considerando que este será "o exemplo que o país necessita"»

"O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, manifestou hoje o apoio à candidatura de Aguiar-Branco para a liderança social democrata, considerando que este "será irrepreensível e capaz de ser o exemplo que o país necessita".

"Se José Pedro Aguiar Branco ganhar estas eleições, o PSD terá - para lá da sua experiência profissional e das suas notórias capacidades pessoais e políticas - um presidente que vai contrastar fortemente com o comum da política dos nossos dias, por força de uma conduta ética que o meu profundo conhecimento da pessoa em causa me garante que será irrepreensível e capaz de ser o exemplo que o país, mais do que nunca, necessita", afirmou Rui Rio numa declaração a que a Lusa teve acesso.

"Segundo o vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, na decisão que tomou "pesou um percurso comum" que fez com Aguiar-Branco durante muitos anos, salientando que apesar de não ter sido "isento de divergências" foi "sempre feito com respeito e apreço mútuo".

"É manifesto que somos diferentes. Mas é também manifesto que, ao longo dos anos, mantivemos sempre um total e completo respeito pelos valores e pelas regras de conduta em que ambos acreditamos", realçou Rio.

Para o autarca do Porto, o facto de "haver três candidaturas fortes à liderança do PSD" é um "sinal de vitalidade e de vontade, e nunca como um fenómeno de menor unidade".

"Não é segredo para ninguém que me encontro mais próximo de Paulo Rangel e de Aguiar-Branco, sem que isso signifique menor consideração para com Pedro Passos Coelho, que tenho o gosto de conhecer há muitos anos", salientou.

"Rio explicou ainda que não "é fácil optar por um dos dois, pois ambos têm enormes qualidades", referindo que teve "o privilégio de usufruir, enquanto candidato e Presidente da Câmara do Porto" dessas mesmas qualidades, "através da leal colaboração" que sempre lhe prestaram.

"Só que não coincide com a minha maneira de ser resguardar-me nesta apreciação positiva que faço dos candidatos e evitar, assim, comprometer-me publicamente com o meu sentido de voto", sustentou, considerando que seria "um comodismo e uma ausência de frontalidade".

"Aguiar-Branco formalizou sexta feira, no Porto, a sua candidatura à liderança do PSD, estando na corrida à presidência do Partido Social Democrata com Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel."

Público, por Lusa

"Barreto aponta estratégia governamental de condicionamento da opinião pública"

"Quando está marcado o lançamento da Pordata, a maior base de dados estatísticos relativos aos últimos 50 anos de Portugal, que a Fundação Francisco Manuel dos Santos disponibiliza de forma gratuita e universal, o presidente da instituição concedeu uma entrevista à Agência Lusa na qual aborda algumas das questões que dominam o actual momento da vida política portuguesa.

"O investigador social, cronista e presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos diz que "vivemos num país onde há fortíssimas tentativas de condicionamento da opinião pública, e onde os grandes grupos económicos, e o Estado, têm vindo desde os últimos 15 anos, pelo menos, a tentar aumentar os meios de controlo de controlo da opinião - e têm aumentado sempre".

Agenda política gira à volta do Governo

"António Barreto, que chegou a ser ministro da Agricultura e Pescas do I Governo Constitucional de Mário Soares, aponta uma estratégia em torno do Governo que será assegurada por milhares de pessoas a quem está atribuída a função de organizar a informação e fazer a agenda política.

"Nas palavras do investigador social, "hoje em dia haverá 2500 a três mil pessoas cuja função, no aparelho de Estado, é organizar a informação e fazer a agenda política. Na televisão, nos jornais, na rádio, há uma verdadeira agenda política feita à volta do Governo, pelas agências e gabinetes de comunicação".

"Para António Barreto, "isto chama-se condicionar a opinião pública".

"António Barreto sublinha por outro lado que, apesar destas estratégias de controlo da informação, a liberdade de expressão não está em causa em Portugal. O investigador não tem dúvidas em afirmar que "vivemos num país em que reina a liberdade de expressão".

"Se eu quiser falar, escrever e dizer publicamente o que quero, consigo. Eu sou capaz de dizer publicamente que o Governo está a tentar condicionar a opinião pública, e portanto tenho liberdade de expressão", exemplifica.

"Concentração e dimensão do mercado explicam maior controlo

"O antigo ministro socialista admitiu que as tentativas de exercer controlo da opinião pública acabam por ser maiores em Portugal, quando o país é comparado com os parceiros europeus. António Barreto sublinha que a justificação pode estar na dimensão do país, onde o escasso número de grupos de comunicação a operar no mercado acaba por resultar numa menor pluralidade.

"Tudo se concentrou, e hoje existem dois ou três grupos importantes na comunicação social, que estão relacionados com grupos económicos ou com o Estado, ou que devem ao Estado, ou que estão ligados aos bancos que estão ligados ao Estado", explica António Barreto."

RTP/Lusa

George, o maior cão do mundo

George


Algumas curiosidades:

  • tem 4 anos de idade
  • mede 1,10 metros de altura
  • pesa 112 kg 
  • Dog alemão ou grand danois
  • Consume 50 kg de ração por mês
  • Senta-se num sofá como os humanos 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Madeira

Fomos todos supreendidos com a tragédia deste fim de semana. Ao nosso povo na Madeira devemos deixar, antes de mais, uma palavra de consolo e de força.

Mas também devemos e podemos ajudar, que talvez seja, nesta altura, o mais importante. Assim, quem quiser contribuir pode descobrir aqui variadas formas de fazer chegar essa ajuda aos nossos concidadãos.

Caucasiano vem do Cáucaso


Apenas quero prestar um pequeno e insignificante esclarecimento sobre a etimologia de caucasiano que deve ter escapado a muita boa gente:

«O termo surgiu de antigos estudos feitos por estudiosos da craniologia, que consideraram que os crânios de pessoas que viviam no Cáucaso eram iguais (metricamente) aos de europeus, povos norte-africanos nativos (como os cabilas), alguns povos do subcontinente indiano e da Ásia Ocidental. O termo "raça caucasiana" foi criado pelo filósofo Christoph Meiners no século XVIII, mas só se popularizou no século XIX, com o nome de "Varietas Caucasia" pelo cientista e naturalista alemão Johann Friedrich Blumenbach, que pegou emprestado o termo de Meiners. Blumenbach definiu esta classificação racial baseando-se nas feições do crânio de povos caucasianos, similares as encontradas nos povos europeus. Da similaridade do crânio, Blumenbach formou a teoria de que as feições comuns a todos os europeus teriam surgido no Cáucaso.»

Espaço "Universidade Aberta", aqui na Rua do Souto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aprender com as crianças - o casamento dos homossexuais

Fiz questão de não me pronunciar muito sobre a discussão do casamento dos homossexuais porque, sinceramente, não me pareceu que ela fosse muito relevante. Assim sendo, limitei-me a agir (não agindo) em conformidade.

Eu acho que a união entre duas pessoas do mesmo sexo não é um casamento, porque um casamento, desde tempos imemoriais (muito antes das religiões como as conhecemos hoje ou de o Estado se apropriar das instituições), foi sempre um instituto jurídico que tinha por objectivos, fundamentos e razão de existir a protecção de bens jurídicos que não eram susceptíveis de serem protegidos abrindo o instituto a pessoas do mesmo sexo: falo da continuação da prole, da conservação das pessoas e património, da protecção dos laços familiares inter-geracionais, da organização básica da vida em sociedade, da formatação do mais antigo sistema de segurança social do mundo, de um protótipo de sitema de defesa e de produção... e sim, da procriação, obviamente.

Por isso, sempre defendi que a união civil entre pessoas do mesmo sexo não deveria chamar-se casamento.

Mas, e daí? Ia perder tempo a discutir por causa do nome da coisa? Se houvesse liberdade de testar, se um homossexual em estado terminal não pudesse ficar privado de receber a visita do seu companheiro e amante de toda a vida porque os familiares não aceitam a sua escolha, se o arrendamento se transmitisse à pessoa que partilhou a vida com qualquer ser humano (ou se não se transmitisse em caso algum, a não ser que tal estivesse previsto no contrato), eu era capaz de investir 20 minutos a discutir a importância do rigor na escolha do nome da coisa. Assim, não. Há coisas mais importantes na vida do que uma lei tecnicamente má.

Hoje passeava pela blogosfera e percebi que A Vida é Bela, também, pela facilidade com que as crianças inteligentes e bem formadas conseguem simplificar algumas coisas que nós, "os adultos", tendemos a complicar. Por isso, mando daqui um abraço ao puto da Raquel, que disse à mãe o que eu não conseguiria explicar melhor.

Simples, conciso, claro, lógico, focado no essencial. E, quanto a mim, certo. Ganda puto!

Há bandidos de todas as cores

Sei que o assunto tem sido discutido até à exaustão aqui no Rua do Souto (nomeadamente aqui, aqui, aqui e aqui), mas não podia deixar em claro (perceberam a piada?) isto, até porque não vale a pena branquear as situações (oops, outra vez). Um criminoso é um criminoso.

Ora vejam:

O nacionalista Mário Machado foi condenado hoje a oito meses de prisão efectiva numa sentença lida na 4.ª Vara Criminal de Lisboa, num processo em que era acusado, com outro arguido, de ameaça, coacção e difamação à procuradora Cândida Vilar.

Gooooooolllllooooooooooooo...

 
Fonte: Sol 

Desenvolvimento

“Guardai terras antigas, a vossa pompa histórica!” grita ela
Com lábios silenciosos. “Dai-me os vossos fatigados, os vossos pobres,
As vossas massas encurraladas, ansiosas por respirar liberdade,
A miserável ralé das vossas costas apinhadas.
Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,
Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado.”

Emma Lazarus, Nova Iorque, 1887
(inscrito na Estátua da Liberdade).


Braga tem 52.000 desempregados

Qualquer política local tem que ter o drama do desemprego como prioridade. Tem que se procurar o “desenvolvimento fundado na centralidade do ser humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessidade de mudar os estilos de vida e na prudência, virtude que indica as acções que se devem realizar hoje na previsão do que poderá suceder amanhã." (1)

“Uma cidade democrática não é apenas uma cidade onde há liberdade de expressão.
“Temo-la (à liberdade de expressão) malgré tout, há 35 anos, mas a nossa cidade é elitista e injusta. Os lugares onde se passam as várias coisas que importam numa cidade, os lugares onde há diversões, cultura, emprego, escola, comércio, mercados, só possibilitam acesso a quem tenha dinheiro (…).
“À grande maioria estão vedadas as centralidades. (…) O automóvel privado trouxe a ilusão de que todos poderiam viver onde quisessem, já que rapidamente se fariam transportar para os pontos da enorme “rede” que mais lhes interessassem. (…)
“Mas os automóveis privados para poderem coexistir no espaço-cidade precisam que uma parte substantiva da população se mantenha dependente de transportes públicos, ou não caberiam mais tantas latas juntas.
E ei-los, esses 50 por cento desmotorizados, dóceis, conformados nas paragens das mais desconfortáveis camionetas a sonhar (…).

“Uma cidade democrática, uma cidade onde os pobres e os ricos – as pessoas, todas as pessoas –, sejam tratados com igual respeito, terá que dar, fornecer, possibilitar: cuidados de saúde, escolaridade, emprego, transportes colectivos e acesso à cultura, bem como habitação decente, a todos os seus habitantes.
“Se concordamos ser inconcebível que alguém ainda não tenha água canalizada, esgotos e electricidade, mais cabo de televisão ou internet, porque continuamos a pensar ser aceitável que alguns não tenham acesso a transportes decentes e confortáveis ou escolas por perto, ou centros de saúde? (…)
Porque é que as casas de renda económica são situações de atropelo e falta de espaço para além de construídas sempre na periferia de tudo?

A solidariedade

Migração: assunto pastoral prioritário para a Igreja

Publicadas as conclusões do Congresso Mundial da Pastoral dos Migrantes e Itinerantes
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- “Para a Igreja, a migração é um assunto pastoral prioritário”, indica o documento final do VI Congresso Mundial da Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, divulgado no dia 12 de Fevereiro.

O Congresso, que teve como tema “Uma resposta pastoral ao fenômeno migratório na era da globalização. Cinco anos depois da instrução Erga migrantes caritas Christi”, foi realizado no Vaticano, de 9 a 12 de novembro de 2009.

O documento destaca que “a Igreja pode ajudar os migrantes a manterem sua fé e sua cultura e, ao mesmo tempo, a fazerem que o país de acolhimento se abra à cultura do país de origem dos migrantes, reunindo as comunidades migrantes e locais”.

“A solidariedade é o primeiro passo rumo à partilha dos valores religiosos entre as comunidades locais e migrantes”, indica.

(...)O Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes reuniu 320 delegados, procedentes de 81 países de todos os continentes. Entre eles, encontravam-se cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, além de delegados fraternos do Conselho Ecumênico das Igrejas, do Patriarcado Ecumênico, da Comunhão Anglicana e da Federação Luterana Mundial, assim como especialistas, acadêmicos e enviados de organizações internacionais, movimentos eclesiais e associações.

Todos eles qualificaram a migração como um sinal dos tempos que afeta profundamente as sociedades actuais.

Por isso, os participantes advertiram que, no futuro, “serão necessários novos instrumentos e estratégias para enfrentar as necessidades e situações ligadas ao fenómeno migratório”.

O espírito da encíclica de Bento XVI, Caritas in veritate, esteve muito presente no congresso.

Assim, por exemplo, o documento afirma que, “em um mundo tão marcado por novos sinais de medo e falta de hospitalidade, a centralidade da pessoa humana e da sua dignidade, com seus correspondentes direitos e deveres, adquire uma importância cada vez maior”.

Em algumas intervenções do Congresso, manifestou-se “a importância de que a Igreja colabore com os Estados, assim como com as organizações internacionais e nacionais, no esforço para proteger os direitos dos migrantes, refugiados e itinerantes”.

Os participantes também foram recebidos em audiência pelo Papa, quem, em seu discurso, afirmou que a migração é uma oportunidade para destacar a unidade da família humana.

Por isso, explicou Bento XVI, a Igreja convida os fiéis a abrirem seus corações aos migrantes e às suas famílias, sabendo que não são somente um “problema”, mas constituem um “recurso”.

O documento final do congresso, datado de 18 de janeiro de 2010, indica a “profunda necessidade de uma visão universal das relações internacionais”.


Cinco anos depois da publicação da instrução Erga migrantes caritas Christi, os congressistas consideraram que este documento “deu um novo impulso e direção à elaboração de respostas adequadas a este fenómeno mundial”.

Também valorizou-se sua contribuição para motivar o diálogo e a corresponsabilidade entre as igrejas de origem, de trânsito e de destino.

Os participantes do congresso destacaram que o documento foi bem recebido, ainda que também mereça “ter uma difusão mais generalizada, a fim de poder ser útil, inclusive no campo político, influenciando as políticas migratórias”.

No âmbito internacional, o congresso recolheu a recomendação de que a Igreja continue promovendo o conceito de uma “autoridade política mundial” que se ocupe das questões de migração e que, portanto, contribua eficazmente para os processos que estão sendo realizados neste sentido.

O documento final recolhe 21 recomendações para promover a pastoral dos migrantes e itinerantes na ação da Igreja no campo da migração e em relação com os jovens migrantes, com a vida comunitária e com diversas formas de colaboração, com outras igrejas e comunidades e com as autoridades e a sociedade civil.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Aprendendo democracia



Apesar dos pesares, um Senhor é um Senhor e uma democracia forte é uma democracia forte.

Clinton Vs Sócrates

Bill Clinton:

"I did not have sexual relationships with that woman"

José Sócrates:

“Nunca, nem eu próprio, nem o Governo, [nem ninguém em nosso nome?] demos qualquer orientação à PT, ou a qualquer dos seus administradores, para adquirir a TVI ou qualquer outra empresa de comunicação social. Isso, pura e simplesmente, não passa de uma falsidade. Como é uma falsidade que alguma vez eu ou o Governo, à data da minha primeira declaração sobre o assunto na Assembleia da República, tenhamos sido informados pela PT [ou por qualquer dos seus administradores?] sobre as suas intenções de adquirir a TVI”, garantiu Sócrates.

Os bolds são perguntas nossas, o resto é conversa para boi dormir.

Obama a dar lições à China

"Obama recebe Dalai Lama e põe à prova relações com a China


"WASHINGTON — O presidente americano, Barack Obama, recebe nesta quinta-feira o líder espiritual tibetano no exílio, Dalai Lama, em uma reunião a portas fechadas e que terá repercussão do outro lado do mundo, na China, colocando à prova a relação Washington-Pequim.

"A China acusa o líder tibetano de separatismo e advertiu que o encontro colocará em risco as já tensas relações com os Estados Unidos, complicadas nos planos econômico e político.

"O Dalai Lama chegou à capital americana na quarta-feira, iniciando uma visita de uma semana no país, onde goza de forte popularidade.

"O monge de 74 anos desembarcou no Aeroporto Internacional Dulles, nos arredores de Washington, e foi levado sob forte esquema de segurança para um hotel do centro, onde recebeu um grupo de tibetanos que comemoram o ano novo, Losar.

"O Dalai Lama, que vive no exílio na Índia desde 1959, também se reunirá com a secretária de Estado Hillary Clinton.

"Além da reunião com Obama, prevista para esta quinta-feira pela manhã na Sala de Mapas da Casa Banca, e não no Salão Oval - onde a foto de um aperto de mãos seria motivo de ofensa adicional para Pequim -, o Dalai Lama receberá uma medalha da Fundação Nacional para a Democracia, financiada pelo Congresso."

(AFP)

"Militares de Abril contra lei do casamento"

«"Nem que tivesse de ser expulso do País ou ficar sozinho, não deixava a minha voz ficar... Isto é uma aberração." Foi com estas palavras que o general Garcia Leandro, um dos 25 militares de Abril que ontem se juntaram à Plataforma Cidadania e Casamento, exprimiu a sua oposição à lei do casamento gay. Ontem, o também vice-presidente da assembleia-geral da Confederação Nacional das Associações de Família criticou a "pressa" com que o processo foi conduzido e defendeu que "o poder político não pode criar problemas à sociedade". Por isso, mais de 25 militares escreveram uma carta aberta para entregar aos órgãos de soberania. Aurélio Trindade, Hugo dos Santos e Rocha Vieira são alguns dos generais subscritores da carta.»

DN, 18.2.2010

A pornografia é uma distorção visual da sexualidade e implica uma grande ameaça ao casamento

Distorcer as relações sexuais

"A pornografia é uma distorção visual da sexualidade que supõe uma grande ameaça ao matrimônio, afirma um estudo publicado em dezembro pela Family Research Council.

"Patrick F. Fagan, membro e director do Centro de Investigação sobre o Matrimónio e a Religião, descrevia os efeitos sociais e piscológicos da pornografia em seu estudo The Effects of Pornography on Individuals, Marriage, Family and Community.

"Contrário ao argumento de que a pornografia é um prazer inofensivo, Fagan fazia referência às evidências clínicas que mostram que a pornografia distorce de modo significativo as atitudes e percepções sobre a natureza da sexualidade.

"Se os consumidores regulares de pornografia são homens, tendem a ter uma tolerância maior com o comportamento sexual anormal, observava o estudo. Também é um hábito muito viciante, devido à produção de hormônios que estimulam as partes responsáveis pelo prazer no cérebro.

"Fagan reconhecia que a energia sexual é uma poderosa força e, devido a isso, a sociedade necessita canalizar essa energia de uma forma que promova o bem comum. O casamento legitima a intimidade sexual, que protege as crianças que são resultado do acto sexual, e promove a estabilidade social.

"Colocar limites à actividade sexual ajuda os adolescentes enquanto amadurecem para orientar de forma correta sua sexualidade. Infelizmente, comentava o estudo, o desenvolvimento dos modernos meios de comunicação está derrubando estas barreiras e aumenta as formas dos criadores de pornografia entrarem na vida familiar.

Consequências para a família

"Ao tratar sobre as consequências para o matrimónio, Fagan faz referência a estudos que demonstram como as mulheres são afectadas pelo consumo de pornografia dos maridos.

"Em muitos casos, as esposas desses consumidores de pornografia sofrem danos psicológicos profundos, observava. Entre eles, sensações de traição, perda e desconfiança.

"Podem também se sentir pouco atrativas ou não aptas sexualmente, o que por sua vez pode levá-las à depressão.

"Fagan acrescentou que os consumidores masculinos de pornografia tendem a diminuir sua implicação emocional em suas relações sexuais, o que acaba fazendo com que suas esposas sofram através da diminuição da intimidade de seus maridos. Em um estudo, os maridos afirmavam desejar menos suas esposas por causa do longo tempo dedicado à pornografia.

"A pornografia também tem impacto no lado físico nos relacionamentos. A exposição prolongada promove a insatisfação com o outro e com seu comportamento sexual.
Fagan fazia referência a outros estudos que mostravam que os consumidores de pornografia veem cada vez mais o casamento como um confinamento sexual e isso os leva a duvidar do valor do matrimónio como instituição social.

Verdadeira infidelidade

"O distanciamento emocional das esposas e o próprio casamento sofrem as consequências. Fagan dizia que o consumo da pornografia e de outras formas de contato sexual online é considerado por muitas esposas tão prejudicial para a relação como uma infidelidade na vida real.

"De facto, os homens e as mulheres reagem à pornografia de modo diferente. Um estudo realizado por estudantes teve como resultado que os homens se transtornavam mais pela infidelidade sexual enquanto que as mulheres pela infidelidade emocional.

"Outro estudo examinava os diversos tipos de degradação da pornografia. Tanto homens quanto mulheres qualificavam três temas principais como os mais destrutivos, mas com intensidades diferentes: as mulheres os consideravam mais degradantes que os homens.
O impacto nas mulheres aumenta quando seus maridos se tornam viciados em pornografia.

"Fagan citava um estudo que revelou que 40% desses viciados em sexo perdem suas esposas. Não foi investigada a fundo a relação entre pornografia e divórcio, mas um estudo sobre relatos de advogados de divórcio indicava em 68% os casos de divórcios ocasionados por uma das partes que se envolveu em interesses amorosos na internet, e 56% os casos em que uma das partes tinha um interesse obsessivo nas páginas pornográficas da web.

"As mulheres não são as únicas que sofrem quando a pornografia se converte em vício. O estudo de Fagan observava ainda que o consumo frequente de pornografia trás como consequências uma menor auto-estima e uma menor capacidade entre homens de levar uma vida social significativa. Um estudo sobre viciados em pornografia revelou que eles se sentiam angustiados e percebiam que importantes aspectos de suas vidas estavam se deteriorando através de seus vícios.

Ilusão

"A pornografia apresenta a actividade sexual como uma espécie de evento esportivo ou diversão inocente, comentava Fagan, sem nenhum impacto importante nas emoções e na saúde. Argumentava que isso simplesmente não corresponde à realidade.

"De facto, a pornografia gera percepções distorcidas de realidade social: uma percepção exagerada do nível de atividade sexual da população geral e uma estimativa que aumenta a probabilidade da atividade sexual pré-matrimonial e extra-matrimonial. Também gera uma imaginação do predomínio de perversões como o sexo em grupo, a bestialidade e a atividade sadomasoquista.

“Desta forma, as crenças que se formam na mente do espectador de pornografia estão bastante distantes da realidade”, diz Fagan. “Um exemplo é que o uso repetido de pornografia induz a doença mental em matéria sexual”, conclui.

"Entre as distorções criadas pela pornografia estão três crenças: 1. as relações sexuais na natureza são algo recreativo. 2. os homens são em geral sexualmente dominantes. 3. as mulheres são objetos ou bens sexuais.

"Em consequência, Fagan descrevia como a pornografia promove a ideia de que a degradação das mulheres é algo aceitável. Além disso, posto que os homens utilizam a pornografia com muito mais frequência que as mulheres, seu predomínio conduz à ideia de que as mulheres são objetos para o sexo ou bens sexuais.

"Fagan contava que uma grande quantidade de pornografia é de conteúdo violento. Um estudo dos diferentes meios pornográficos encontrou violência em quase 1/4 das cenas de revistas, e mais de 1/4 nas cenas de vídeos, além de mais de 40% na pornografia online.

"Os estudos sugerem que há uma conexão entre a exposição da pornografia e as agressões sexuais, acrescentou. Inclusive o consumo de pornografia não-violenta aumenta a vontade nos homens de forçar suas parceiras sexuais quando estas não consentem.

"O consumo de pornografia se associa também a delitos sexuais, afirmava Fagan. Ele cita um estudo de delinquentes sexuais na internet, condenados, que informava que haviam passado mais de 11 horas por semana vendo imagens pornográficas de crianças na internet.

"Outros estudos revelaram que uma grande porcentagem de estupradores e violentadores de forma geral viu pornografia durante sua adolescência.

Adolescentes

"A pornografia portanto não só danifica matrimônios, mas também tem um forte impacto nos adolescentes. Um estudo sobre adolescentes mostrava que o consumo habitual de pornografia fazia com que não fossem leais com suas namoradas. De igual forma, o uso de pornografia aumentava depois sua infidelidade matrimonial em mais de 300%.

"Fagan descrevia como os adolescentes que veem pornografia se desorientam durante a fase de desenvolvimento na qual estão aprendendo a lidar com sua sexualidade e também é quando são mais vulneráveis a incertezas sobre suas crenças sexuais e seus valores morais.

"Um estudo sobre adolescentes revelou que o conteúdo explicitamente sexual na internet aumentava de modo significativo suas incertezas sobre sexualidade. Outro estudo falava que os adolescentes expostos a altos níveis de pornografia tinham um nível mais baixo de auto-estima sexual.

"Existe também uma relação significativa entre ver com frequência pornografia, sentimentos e sensações de solidão, incluindo graves depressões. O alto consumo de pornografia na adolescência pode ser também um fator de importância nas gravidezes adolescentes.

"Muito antes da chegada da internet, o Concílio Vaticano II comentava em seu decreto sobre a mídia que, se utilizada de modo apropriado, seria de grande utilidade para a humanidade.

A Igreja “sabe que estes meios, rectamente utilizados, prestam ajuda valiosa ao género humano, enquanto contribuem eficazmente para recrear e cultivar os espíritos e para propagar e firmar o reino de Deus; sabe também que os homens podem utilizar tais meios contra o desígnio do Criador e convertê-los em meios da sua própria ruína; mais ainda, sente uma maternal angústia pelos danos que, com o seu mau uso, se têm infligido, com demasiada frequência, à sociedade humana" (n. 2), observava o decreto. Um mau uso que hoje envenena famílias e casamentos."

Por Pe. John Flynn, L. C.
ROMA, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).

Introdução à democracia-cristã - por Pedro Arroja

O Pedro Arroja escreve no Portugal Contemporâneo e tem, por norma, opiniões "arrojadas"... Podemos concordar ou discordar das opiniões dele, mas é raro encontrar uma que nos seja indiferente. Neste caso, parece-me que acertou na mouche:

Estado Subsidiário

Num post anterior defendi que todos os ismos modernos - liberalismo, conservadorismo, socialismo, etc. - representam heresias do catolicismo, cada um deles exagerando algum valor defendido pelo catolicismo - liberdade, tradição, igualdade, etc. - até ao ponto da heresia. Na realidade, fui mais longe escrevendo que o catolicismo compreende todos os valores que os outros ismos visam atingir como fins, porque visa maximizar um valor - a vida humana - que é superior a todos os outros e é condição sine qua non de todos eles.

Eu gostaria agora de transpôr esta tese para o domínio da economia e da sociedade, contrapondo o catolicismo, por um lado, ao socialismo e ao liberalismo, por outro, e analisando as diferenças em relação a uma instituição-chave da sociedade - o Estado.

A doutrina social da Igreja gira em torno de três temas teológicos essenciais - solidariedade, personalismo e subsidiaridade (*). O socialismo partilha um destes temas - a solidariedade -, mas não os outros dois. O liberalismo partilha dois deles, mas perverte-os - o personalismo católico é transformado no individualismo liberal, e a subsidiaridade católica é, por vezes, convertida na minimalidade liberal, certamente a respeito do Estado.

O liberalismo defende um Estado mínimo, às vezes chamado Estado polícia, atribuindo-lhe as funções mínimas da defesa externa, da justiça e da segurança interna. Pelo contrário, o socialismo defende um Estado grande (na versão comunista defende mesmo um Estado máximo), o qual, às funções anteriores junta toda uma série de funções igualizadoras (segurança social, saúde, educação, etc.).

A posição católica é a mais flexível de todas e compreende as anteriores. A doutrina social da Igreja defende o Estado Subsidiário. O Estado Subsidiário é aquele que só é chamado a exercer as funções que as pessoas na comunidade, através dos seus arranjos espontâneos, não consigam preencher. Esta solução é compatível com a ausência de Estado (anarquismo), com o Estado mínimo (liberalismo), com o Estado grande (versão social-democrata do socialismo), com o Estado máximo (versão comunista do socialismo), ou com qualquer situação intermédia, dependendo dos hábitos, dos costumes e das tradições de cada comunidade.

Sendo o catolicismo uma doutrina que visa aplicar-se a todas as tradições e a todas as sociedades do mundo, a solução católica é a única ajustada. A que propósito, como pretende o socialismo, ir impôr um Estado grande a uma comunidade que, através dos seus arranjos espontâneos, possui uma grande tradição de desempenhar a contento uma série de funções que outra, sem essa tradição, só consegue desempenhar através do Estado? E que inteligência existe em impôr-se a uma comunidade, como pretende o liberalismo, um Estado mínimo, se essa comunidade já deu provas de espontâneamente não ser capaz de desempenhar certas funções sociais essenciais? Só por teimosia ou por soberba, as quais não são virtudes católicas.

A solução católica do Estado Subsidiário é a única sensível. Perante a questão "Quão grande deve ser o Estado numa sociedade?", a resposta é: "Depende....". As outras soluções, como as do liberalismo e do socialismo, são receitas ideológicas do tipo one fits it all que não têm em conta a realidade cultural do seu campo de aplicação. Por isso falham tão frequentemente.
(*) The Modern Catholic Encyclopedia (Revised and Expanded Edition), Collegeville, Minn.: Liturgical Press, 2004, p. 786.


por Pedro Arroja



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Serviço Público de Televisão - Rua do Souto



Herman Enciclopédia
Herman Geographic Society "The Portuguese - That Animal"

Os mestiços mais brancos do mundo?

Continuando a (para mim, pelo menos) divertida série de provocações aos anónimos portugueses puros, socorro-me, uma vez mais, da wikipédia:

Os dados sobre a composição genética dos Portugueses apontam para a sua fraca diferenciação interna e base essencialmente continental europeia paleolítica[1] É certo que houve processos démicos no Mesolítico (provável ligação ao Norte de África) e Neolítico (criando alguma ligação com o Médio Oriente, mas bastante menos do que noutras zonas da Europa), tal como as migrações das Idades do Cobre, Bronze e Ferro contribuíram para a indo-europeização da Península Ibérica (essenciamente uma «celtização»), sem apagar o forte carácter mediterrânico, particularmente a sul e leste. A romanização, as invasões germânicas, o domínio islâmico mouro, a presença judaica e a escravatura subsariana terão tido igualmente o seu impacto e a sua contribuição démica. Podem mesmo listar-se todos os povos historicamente mais importantes que por Portugal passaram e/ou ficaram: as culturas pré-indo-europeias da Ibéria (como Tartessos e outras anteriores) e seus descendentes (como os cónios, posteriormente «celtizados»); os protoceltas e celtas (tais como os lusitanos, gallaici, celtici); alguns poucos fenícios e cartagineses; Romanos; Suevos, búrios e visigodos, bem como alguns poucos vândalos e alanos; alguns poucos bizantinos; Berberes com alguns árabes e saqaliba (escravos eslavos); Judeus sefarditas; Africanos subsarianos; fluxos menos maciços de migrantes europeus (particularmente da Europa Ocidental). Todos estes processos populacionais terão deixado a sua marca, ora mais forte, ora só vestigial. Mas a base genética da população relativamente homogénea[2] do território português, como do resto da Península Ibérica, mantém-se a mesma nos últimos quarenta milénios: os primeiros seres humanos modernos a entrar na Europa Ocidental, os caçadores-recolectores do Paleolítico.

(...)

Nos últimos tempos a imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP, europeus de Leste e sul americanos, principalmente brasileiros, estabelecendo-se principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a migração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País.


O "português típico" resulta de uma imensa mistura de povos, e eu tenho orgulho de ser português. Também por isso.

Então,

Viva o português, provavelmente, o mestiço mais branco do mundo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Questões menores??????

O presidente do PS lamentou que o país, «em vez de discutir os seus problemas, está envolvido em questões menores, sem significado nenhum, que se traduzirão depois em nada»

Ora bem, meu caro senhor, se o país está a perder tempo e se são questões menores, que tal o PM justificar-se sobre estas questões sem significado nenhum e seguir-mos então em frente.

Não senhor. Vocês querem as coisas feitas, mas à vossa maneira. Ou seja, mais precisamente, à vossa conveniência.

Pois, pois...

Fonte: Sol


Nota: já é seguro citar o SOL? Ups...

Dedicada aos "puristas" da "raça portuguesa" - o que chamam à Rainha Santa Isabel?

Na sequência da discussão gerada em torno deste post, que eu escrevi para comemeorar esta grande notícia, deixo no ar a pergunta com dedicatória, não sem antes colocar alguma lenha (factual) na fogueira:

Isabel de Aragão OFS (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Helisabeth; Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de Julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.

Isabel era a filha mais velha do rei Pedro III de Aragão com Constança da Sicília. Por via materna, era descendente de Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen, rei da Sicília, filho de Frederico II.

Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, uma sua tia materna foi Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.

Vamos Limpar Portugal

Vamos Limpar Portugal

O grupo concelhio de Braga do projecto Vamos Limpar Portugal reúne-se sexta-feira dia 19 de Fevereiro de 2010 pelas 21:15 horas no Salão Nobre do Theatro Circo de Braga, Avenida da Liberdade, Braga.

Esteja presente. Ajude esta Causa. Ajude o Planeta.

E VOCÊ? VAI FICAR EM CASA?

"Fernando Nobre candidata-se a Belém"

"Fernando Nobre, o líder da organização não governamental AMI, Assistência Médica Internacional, vai avançar com uma candidatura a Belém, apurou o Expresso.

"O lançamento da candidatura vai ser feito na próxima sexta-feira, pelas 20.00, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

"O presidente da Assistência Médica Internacional integrou a Comissão de Honra e a Comissão Política da candidatura de Mário Soares à Presidência da República, em 2006, para depois apoiar e ser mandatário nacional do Bloco de Esquerda nas últimas eleições europeias.

"Entretanto, nas autárquicas, cometeu o feito de ser das comissões de honra de dois destacados presidentes de Câmara, um do PSD e outro do PS: respectivamente António Capucho, de Cascais, e António Costa, de Lisboa.

(...)

"Na década de 80, foi convidado para vir para Portugal pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que o desafiou a criar uma organização à semelhança dos Médicos Sem Fronteiras. Fernando Nobre criou, então, a AMI a que hoje ainda preside.

"O facto de este médico ecléctico e com uma carreira ligada aos assuntos humanitários ter uma excelente rede de contactos no Bloco, no PCP e no PS parece ter feito acender uma luz entre os soaristas que viram nele a hipótese de uma união à esquerda."

Exclusivo Expresso

Porque hoje também houve boas notícias...

Aquisição de nacionalidade portuguesa quadriplica.

"(...) Há quase cem mil novos portugueses desde que a Lei da Nacionalidade entrou em vigor, no final de 2006. Portugal está a bater todos os seus recordes. No ano passado, registou 45.293 pedidos - concedeu 40.245, quatro vezes mais do que em 2006(...)."

"Desemprego superou os 10% no último trimestre de 2009"

«A taxa de desemprego, em Portugal, chegou aos 10,1 por cento no último trimestre do ano passado, um valor superior ao período homólogo de 2008, em 2,3 pontos percentuais. Em Dezembro, o número de desempregados era superior a 563,3 mil indivíduos. A taxa média de desemprego, no ano de 2009, foi de 9,5 por cento, mais 1,9 pontos percentuais do que em 2008. Os dados foram hoje revelados pelo Instituto Nacional da Estatística (INE).»

"Segundo o relatório das Estatísticas do Emprego no quarto trimestre de 2009, divulgado pelo INE, "a população activa em Portugal diminuiu 0,5 por cento (27,1 mil indivíduos) face ao trimestre homólogo de 2008, e aumentou 0,4 por cento (21,5 mil) face ao trimestre anterior. Em media, no ano de 2009, a população activa diminuiu 0,8 por cento face ao ano anterior (42,2 mil)".

"Quanto à população desempregada, "estimada em 563,3 mil indivíduos no quarto trimestre de 2009, registou um acréscimo homólogo de 28,7 por cento (abrangendo 125,7 mil indivíduos) e trimestral de 2,8 por cento (15,6 mil)".

"Segundo o INE, "em média, no ano de 2009, a população desempregada aumentou 23,8 por cento face a 2008, abrangendo 101,5 mil indivíduos. A população desempregada em 2009 foi estimada em 528,6 mil indivíduos".

"Dos 563.3 mil desempregados, 283,4 (10,7 por cento) são do sexo feminino e os restantes 279,9 (9,5 por cento) do sexo masculino. A faixa etária entre os 45 anos ou mais é a mais atingida pelo desemprego, com 169,2 mil, seguida dos indivíduos com uma idade situada entre os 25 e os 34 anos, com 156,9 mil. Os jovens entre os 15 e os 24 anos representam 22,2 por cento da população portuguesa desempregada.

"Da população desempregada, 279,4 mil estão nesta situação há mais de um ano e os restantes 281,3 há mais de 11 meses.

Entre os 5.563,3 mil portugueses que representam a população activa, 2.942,8 são do sexo masculino e os restantes 2.644,1 são mulheres. A faixa etária com mais população activa é entre os 45 e os 64 anos, com 1.9125,2 mil.

"Dos 5.023,5 portugueses que estão empregados, 3.827,1 são trabalhadores por conta de outrem (2.957,5 com contrato de trabalho sem termo e 714,5 com contrato de trabalho com termo). 1.178,5 são trabalhadores por conta própria.

"Quanto à população inactiva com 15 ou mais anos, no quarto trimestre de 2009, aumentou 1,6 por cento face ao trimestre homólogo de 2008, e diminuiu 0,4 por cento face ao trimestre anterior (abrangendo 53,0 mil e 13,4 mil indivíduos respectivamente). Em 2009, a população inactiva com 15 anos ou mais aumentou 2,0 por cento (67,4 mil) face ao ano anterior.

"Em 2009, a zona do continente que registou uma maior taxa de desemprego foi a região Norte com 11 por cento, seguida do Alentejo com 10,5 por cento. Na zona centro a taxa é de 6,9 por cento. Nas regiões autónomas, a Madeira regista uma taxa de 7,6 por cento e os Açores de 6,7 por cento."

RTP/INE

"Não, o que nos está a acontecer não é normal nem tolerável"

"A 25 de Junho de 2009, José Sócrates jantou com Henrique Granadeiro na casa de Manuel Pinho. O chairman da PT informou então o primeiro-ministro que a compra da TVI pela empresa de telecomunicações não se concretizaria. No dia seguinte, no Parlamento, Sócrates anuncia aos jornalistas que se vai opor a um negócio que, nessa altura, já não existia. Estranho? Não, como o mesmo Sócrates explicou quarta-feira: "Do ponto de vista formal, o Governo não foi informado."

"Pronto, e assim está tudo resolvido. Do "ponto de vista formal" nunca nada aconteceu. A começar pelo conteúdo das escutas reveladas pelo Sol, pois o senhor presidente do Supremo Tribunal e o senhor procurador-geral entenderam não haver indícios de crime contra o Estado de direito nesses documentos. Logo esses documentos não existem. E tudo o resto quer-se fazer passar por "normal".

"Ou seja, é normal que um ex-jotinha de 32 anos, Rui Pedro Soares, seja nomeado para a administração da PT e premiado com um salário anual de mais de um milhão de euros. É normal que esse "gestor" em ascensão trate com Armando Vara, um outro "gestor" de fresca data e socrático apadrinhamento, da compra da TVI pela PT e discuta com ele e com Paulo Penedos a melhor forma de afastar José Eduardo Moniz e acabar com o Jornal de Sexta. É normal que um jornal propriedade de um "grupo amigo" publique manchetes falsas para dar uma justificação política e económica à compra da TVI pela PT. É normal que seja depois esse "grupo amigo" a comprar a TVI beneficiando de apoios financeiros do BCP de Armando Vara e da PT. É normal que, na sequência dessa aquisição, Moniz deixe a direcção da estação e acabe o Jornal de Sexta.

"Se tudo isto é normal, também é normal que o BCP, que tinha uma participação no jornal Sol, tenha criado dificuldades de última hora à viabilização financeira daquele título, quando nele saíram as primeiras notícias sobre a investigação inglesa ao caso Freeport. Tal como é coincidência Vara já ser nessa altura administrador do BCP. Também será normal que o Turismo de Portugal tenha discriminado a TVI em algumas das suas campanhas - o mesmo, de resto, que fez com o PÚBLICO - e que o presidente desse organismo seja Luís Patrão, o velho amigo de Sócrates desde os tempos de liceu na Covilhã. Como normal será Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, ter reuniões no ministério com Rui Pedro Soares quando o seu interlocutor natural é o presidente da PT. Como Lino disse à Sábado, é assim quando se conhece muita gente nas empresas. Como homem bem relacionado não se estranha que tenha recebido, de acordo com o Correio da Manhã, uma "cunha" de Armando Vara no âmbito do processo Face Oculta. No fundo é tudo boa gente.

"Mas como todos estas factos padecem de várias "informalidades", passemos a eventos mais formais, que sabemos mesmo que aconteceram, que foram testemunhados e até deram origem a processos na ERC. Como o das pressões exercidas pelos assessores de José Sócrates para desencorajarem qualquer referência pelas rádios e televisões à investigação do PÚBLICO sobre as condições em que o primeiro-ministro completou a sua licenciatura. Como o de o Expresso, que rompeu o bloqueio e prosseguiu com a investigação, ter sofrido depois um "boicote claro" e "uma hostilidade total do primeiro-ministro", como escreveu esta semana o seu director, Henrique Monteiro. Ou como o das palavras ameaçadoras dirigidas por Sócrates a um jornalista do PÚBLICO por alturas do congresso em que foi eleito líder, em 2004: "Você tem de definir o que quer para a sua vida e para o seu futuro."

"Excessos de quem ferve em pouca água? Infelizmente não. A actuação metódica e planeada sempre foram uma marca deste primeiro-ministro e dos que lhe são mais próximos no PS. Por isso, quando Vara teve a tutela da comunicação social, criou um monstro chamado Portugal Global que integrava a RTP, a RDP e a Lusa e nomeou para a sua presidência um deputado do PS, João Carlos Silva. Pouco tempo depois, caído Vara em desgraça, seria José Sócrates a conseguir colocar na RTP o seu amigo Emídio Rangel. Um favor logo retribuído: na noite eleitoral que se seguiu (e que determinaria a demissão de Guterres), os únicos comentadores em estúdio foram o próprio Sócrates e o seu advogado, Daniel Proença de Carvalho; e na curta travessia do deserto até ao PS regressar ao poder, Sócrates pôde ter, a convite de Rangel, um programa semanal de debate com Santana Lopes. Já primeiro-ministro apressou-se a propor um conjunto de leis - estatuto do jornalista, lei da televisão, lei sobre a concentração dos órgãos de informação - que se destinavam, segundo Francisco Pinto Balsemão, a "debilitar e enfraquecer os grupos privados" de informação - ou seja, os que não dependem do Governo.

"E não, não é verdade estarmos apenas perante mal-entendidos, excessos pontuais ou uma mera má relação com as críticas: estamos face a uma forma de actuar autoritária e que não olha a meios para atingir os fins. Até porque o que se relatou é apenas a pequena parte do que temos vivido (vide caso Crespo).

"Da mesma forma não existe nenhuma má vontade congénita dos jornalistas para fazer de Sócrates, como lamentou Mário Soares, o primeiro-ministro mais mal tratado pelos órgãos de informação. O que houve de novo foi Portugal ter como primeiro-ministro alguém que esteve várias vezes sob investigação judicial (por causa de um aterro sanitário na Cova da Beira, por causa do Freeport), cujo processo de licenciatura levantou dúvidas e que se distinguiu como projectista de maisons no concelho da Guarda. Isto para além de ter mostrado uma tal incontinência ao telemóvel que somou e soma dissabores em escutas realizadas noutros processos, como os da Câmara da Nazaré, da Casa Pia e, agora, no Face Oculta.

"Ainda é possível achar que tudo é normal? Ou porventura desculpável? Só se estivéssemos definitivamente anestesiados."

José Manuel Fernandes, Jornalista
in "Público", 12.2.2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Shiiiuuuu... estou a ouvir.

Porque me apeteceu

Será um sinal dos tempos?


GEORGE THOROGOOD -  "Bad To The Bone"

 

Roma 55 a.C.

"O Orçamento Nacional deve ser equilibrado.
As Dívidas Públicas devem ser reduzidas,
a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada.
Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública."

Marcus Tullius, Roma 55 a.C.

Cromos...

Excelente. Só para descongestionar um bocado...



Fonte: obrigado pelo email BA

Realidade distrital - Braga

Durante o ano de 2009 houve uma média de 12 empresas por dia que, em tribunal, apresentavam um plano de insolvência ou viam a sua falência decretada. E uma delas fazia-o em Braga, o distrito que, segundo a Coface, a empresa que monitoriza as acções e decisões de insolvência das empresas, de acordo com os anúncios que são publicados em Diário da República, foi aquele onde houve maior taxa de incidência de falências em todo o país.

Onde andam as câmaras municipais? Principalmente as dos distrito de Braga?

Será que não se apercebem da crise que rodeia o distrito? Da realidade das falências, do desemprego a aumentar em flecha?
Gostava de ver medidas objectivas e principalmente eficazes, para recuperar a economia do distrito. E criar condições para aumentar a competitividade destas empresas no mercado.

Mas atenção. Chega de subsídios. Apoiar sim, mas quem trabalha, quem produz, quem gera riqueza e emprego. Porque de subsídios a fundos perdidos, para fazer perder a cabeça de uns quantos empresários "de carregar pela boca", que passados meses abrem falência outra vez e desaparecem, já chega! Mas chega mesmo.

Fonte: Publico

Cabala?!

Talvez agora se calem com a teoria da "cabala" contra Sócrates e o governo PS.
Digo eu...

Fonte: Correio da Manhã

Afinal a justiça funciona mesmo!!!!!!!!!!!!!!

Um colectivo de três juízes começou esta segunda-feira a julgar, em Matosinhos, dois jovens por, alegadamente, roubarem um saco de amêndoas e uma garrafa de whisky num supermercado.
'Ganita' e 'Pistolas' estão acusados de um crime de roubo, punível com  pena de prisão até oito anos, refere a agência Lusa. 

Reparem no pormenor, de serem necessários 3 juizes.
O alegado crime ocorreu há menos de um ano. Aposto que terá sentença rápida.

Pergunta: se é assim por um saco de amêndoas e uma garrafa de whisky, então e os outros?

Já dizia alguém "mais vale ser filho da mãe do que filho da... outra".

A Tourada (ainda e sempre)



"Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
esperas.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.

E diz o inteligente
que acabaram as canções."