«"Nem que tivesse de ser expulso do País ou ficar sozinho, não deixava a minha voz ficar... Isto é uma aberração." Foi com estas palavras que o general Garcia Leandro, um dos 25 militares de Abril que ontem se juntaram à Plataforma Cidadania e Casamento, exprimiu a sua oposição à lei do casamento gay. Ontem, o também vice-presidente da assembleia-geral da Confederação Nacional das Associações de Família criticou a "pressa" com que o processo foi conduzido e defendeu que "o poder político não pode criar problemas à sociedade". Por isso, mais de 25 militares escreveram uma carta aberta para entregar aos órgãos de soberania. Aurélio Trindade, Hugo dos Santos e Rocha Vieira são alguns dos generais subscritores da carta.»
DN, 18.2.2010
8 comentários:
Não podia deixar de dizer que estes senhores estão no bom caminho!
Ps Vi agora o link para a Vida é Bela...Obrigada!!
Parece-me que para o caso tanto faz que sejam militares de Abril ou de Agosto... :) Se tudo correr bem serão mais 25 objectores de consciência, que poderão sempre escolher mulheres para casar.
Olá Raquel.
Não tens que agradecer.
Ora, ora Marta.
Então esse espírito democrático? Eu sei que ande assim um bocado turvo para os lados do Rato, mas nem tanto.
Se viessem a publico apoiar o casamento (aberração) entre homossexuais não farias com toda a certeza um comentário tão sectarista.
Marta, Marta. Estás a descarrilar...
Onde está a falta de espírito democrático? Não censurei opiniões... nem estou fechada ao debate de ideias. Só queria dizer que para o caso a opinião deles vale tanto quanto a dos outros cidadãos. :)
Essa coisa que apelidas de "aberração" estabelece uma regra de igualdade que nada impõe a ninguém, que respeita todas as crenças e convicções, que salvaguarda a liberdade da pessoa, nos seus projectos e opções de vida... A igualdade e a liberdade são os pilares da democracia... ou não?
Sim Marta. É uma aberração. Não é por ser moda que vai deixar de o ser.
Dizes tu que os homossexuais respeitam crenças e convicções, salvaguardam a liberdade da pessoa e não sei que mais.
E eu pergunto. E porque razão não haviam de o fazer? Por despeito?
E eu respeito totalmente as liberdades sexuais de cada um. É-me tão indiferente como um dia de chuva. Mais, um dia de chuva é bem mais aborrecido e incomodativo.
Mas daí a aceitar o casamento de homossexuais vai um longo e sinuoso caminho. E isso, no meu direito de exercício de liberdade, é uma aberração total.
Porque, por não apoiar o casamento de homossexuais não vou passar a ser eu o descriminado. Porque é isso que os apoiantes fazem. Pensamos diferente, um direito que nos assiste, logo somos uns isto e aquilo.
Por isso não me podem dar lições de democracia. Porque para eles, neste caso especifico do casamento, a liberdade é muito boa desde que sirva os seus interesses. Caso contrário são uns oprimidos e mais não sei o quê. E nós, os outros, somos sabe lá Deus o quê naquelas cabecinhas...
Paulo:
subscrevo tudo, mas com um acrescento,eu já estou farta da chuva!
;)
Continuo a achar que os militares de Abril não são mais ou menos cidadãos do que os outros...
E ao que parece a carta aberta dos militares de Abril nem sequer é reconhecida pela Associação 25 de Abril, à qual supostamente esses militares pertencem...
"Só nos espantamos é com o facto de alguns envolvidos nesta iniciativa virem agora assumir-se como militares de Abril quando ao longo destes anos têm repudiado de várias maneiras o 25 de Abril, mas agora acharam que era interessante assumirem-se como militares de Abril», lamentou Vasco Lourenço (Presidente)."...
Acho que isto diz bem da consistência da iniciativa...
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