segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como se vai parir agora uma nova paridade?

Pois. A questão agora é óbvia. Depois de hoje nada volta a ser igual. Porque esta nova lei trás consigo um saco de novos problemas e de futuras inconstitucionalidades. E de novas reivindicações para igualdades entre coisas que são tão diferentes.
Mais a mais, quando consta que o BE se prepara para mais uma iniciativa fundamental à governação e sustentabilidade económica do país: a possibilidade de se efectuar uma mudança de sexo no cartão de cidadão.

Mas então como vamos fazer? Será que para cumprir a lei da paridade, quer no estado e empresas publicas, candidatos a deputados nacionais, europeus, ou regionais e titulares de cargos públicos, vamos usar de descriminação sexual? Ou vamos passar por cima da lei?
Ou simplesmente cada um vai alegar a sua sexualidade em função das necessidades de compor listas ou arranjar um "tachozinho" (isso se calhar já se faz por cá)?
E se um individuo alegar ser homossexual para integrar um cargo publico ou entrar numa qualquer lista candidata numa eleição na quota feminina? Ou serão necessárias criar novas quotas? E que percentagem se lhes vai atribuir? E se não houver hipótese de preencher essas novas quotas?

A montanha pariu um rato ou será que o rato pariu uma montanha?


Será com certeza, pelo menos caso para dizer que será necessário parir uma nova paridade...

Fonte: Publico, Assembleia da Republica.pt

18 comentários:

Anónimo disse...

PAULO; Agora também lhe digo, se os homossexuais forem descriminados no parlamentos, quem faz uma Manif sou eu!
Acho muito bem que "as" deputadas lesbicas saiam do parlamento e que entrem os deputados gays para as (os) substituirem!

faça-se justiça!

Paulo Novais disse...

Pois.mas isso não é tudo Raquel.
Porque como sempre, a esquerda fracturante (leia-se os incompetentes do BE) apoiados pelos "lobby's" gay do PS precipitam as coisas.
Senão leia aqui este texto de Carlos Loureiro no Blasfémias:

http://blasfemias.net/2010/05/31/questoes-fracturantes/

Como eu disse... o rato pariu uma montanha!

Anónimo disse...

Paulo: eu agora ando muito selectiva: este é um blogue de esquerda ou de direita? (lol)

Vou ver...

Rui Moreira disse...

Imagino um anúncio na tv tipo os velhinhos anúncios da força aérea.

"Tens a 4a classe? Não consegues arranjar emprego? Estás farto de fazer telefonemas para angariar votos na tua distrital, a fim de que outro gajo qualquer garanta o seu lugar no poleiro? Então muda o teu sexo no BI e vem ser Deputado da Nação!

Parlamento Português. Podia ser um sítio respeitável? Podia, mas não era a mesma coisa..."

Anónimo disse...

Rui, essa da 4ª classe foi forte!
Isso é preconceito!!:)

Paulo Novais disse...

Raquel.
Mantenha os seus amigos perto mas os inimigos mais perto ainda.
Olhe que eu gosto bem de ler o que diz a oposição. Só tento ser selectivo na qualidade.

Paulo Novais disse...

Repare que eu sou muito pragmático em relação aos homossexuais. E até tenho alguma simpatia por lésbicas. Afinal elas gostam de gajas e eu também.

E acho mais do que justo que todas, repito, todas as uniões possam ser alvo dos mesmos direitos. Quer sejam de pessoas do mesmo sexo ou heterossexuais.
Mas uma coisa é o "casamento" outra coisa são uniões com direitos iguais. Chamem-lhe contratos de união, arranjinhos, esquemas, engates, o que bem entenderem. Não posso concordar que lhe chamem casamento.
Mas isso já não tem remédio por isso remediado está.

Mas podiam preparar a lei, dar tempo e acautelar que a partir de segunda-feira não vão ter uma quantidade de imbróglios para resolver. E depois, à boa maneira portuguesa, logo ser verá. Tudo ao molhe e fé na sorte.

Rui Moreira disse...

Raquel, tem razão:

Mas eu estava a lembrar-me mesmo dé um anúncio velhinho, salvo erro era da força aérea, que era do género: "Nasceste em 1975? Tens o 9.º ano? Então junta-te à força aérea!" Era algo deste género e é uma das memórias da minha infância... Ninguém se lembra?

Mas ok, concedo, a 4.ª classe foi forte... A não ser que seja das antigas :)

Rui Moreira disse...

Raquel, tem razão:

Mas eu estava a lembrar-me mesmo dé um anúncio velhinho, salvo erro era da força aérea, que era do género: "Nasceste em 1975? Tens o 9.º ano? Então junta-te à força aérea!" Era algo deste género e é uma das memórias da minha infância... Ninguém se lembra?

Mas ok, concedo, a 4.ª classe foi forte... A não ser que seja das antigas :)

Paulo Novais disse...

Rui.

5 estrelas. Gostei especialmente do "poder podia, mas não era a mesma coisa!!!"

Acho no entanto que insultaste muita gente com uma 4ª classe feita como deve ser. E com diploma (não foi por fax, nem ao domingo).

:D

Anónimo disse...

Paulo:Nem lhe digo mais nada quanto a blogues de esquerda ou direita!
Vou fazer pausa de blogues "ruins"hehehe


Rui , estava a brincar....achei piada ao que disse:)
Até porque as novas oportunidades ainda não comtemplam a 4ª classe!

;)

Rui Moreira disse...

Mãe, preocupada com o futuro do filho : zezinho, o que queres ser quando fores grande?

Zezinho, mostrando que aprendeu com o exemplo que vem de cima: Mamã, quando for grande quero ser... deputada :)

Rui Moreira disse...

Tinha agora uma boca espectacular que envolvia deputados transexuais e a (saudosa) Odete Santos... Mas vou-me remeter ao silêncio :)

Anónimo disse...

Agora contaaaaaaaaaaaaa....

Paulo Novais disse...

Isso não vale.

Agora contaaaaaaaaa....

Marta Ferreira disse...

Boa tarde!

Está tudo muito bem dito... mas errado de base.

"E se um individuo alegar ser homossexual para integrar um cargo publico ou entrar numa qualquer lista candidata numa eleição na quota feminina?" -- A lei da paridade assegura a representação mínima de 33% de elementos de cada SEXO nas listas, o que é diferente de ORIENTAÇÃO SEXUAL. Logo, alegar ser homossexual não aquece nem arrefece nas questões da paridade... O facto de um homem ser homossexual não faz dele mulher.

Propor a paridade em termos de orientação sexual é tão bacoco quanto propor paridade em termos de orientação clubística... :)

Paulo Novais disse...

Olha a Marta.
Quem é vivo sempre aparece. Seja muito bem aparecida.

E quando uma qualquer organização de orientação sexual fizer em relação à paridade o que vão fazer em relação à adopção por casais homossexuais: colocar o estado em tribunal e exigir direitos iguais. Porque a lei também só previa o casamento entre pessoas de sexos diferentes. E agora? Ou seja. A lei muda-se.

Mas do que falávamos aqui, principalmente, era da mudança de sexo no BI, que não tarda em acontecer. Porque mudar de sexo não é uma orientação sexual.
E então depois?

Rui Moreira disse...

Marta, aqui fala-se de uma proposta do BE segundo a qual um senhor pode ser senhora no BI ainda que não tenha pipi, mas antes piupiu :)

É daí que vem a alusão à lei da paridade. Mas, de resto, falaste bem :)