quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A economia volta a crescer em 2013

Previsões da Comissão Europeia apontam para uma contracção mais forte que o estimado pelo Governo no próximo ano. Em 2013 Portugal estará a crescer acima de 1%, mas em 2012 terá a recessão mais forte da Zona Euro, com a economia a encolher 3%.

A Comissão Europeia estima que o PIB português vai registar uma contracção de 3% no próximo ano. Uma estimativa mais pessimista que a inscrita pelo Governo no Orçamento do Estado de 2012, que antevê uma queda do PIB de 2,8%.

De acordo com as previsões de Outono, Portugal e Grécia serão os únicos países da zona euro e da União Europeia com uma contracção tanto em 2011 como em 2012, estimando Bruxelas que a economia grega recue 5,5% este ano e 2,8% em 2012.

A confirmarem-se as previsões de Bruxelas, Portugal será assim a economia da Zona Euro com a recessão mais forte no próximo ano. Uma expectativa que reflecte o impacto das medidas de austeridade a implementar no próximo ano, para que o país consiga cumprir a meta de redução do défice.

As previsões anteriores de Bruxelas para Portugal apontavam para uma contracção de 1,8% no PIB português em 2012. Quanto para este ano, Bruxelas manteve a previsão de uma queda de 1,9% no PIB.

No que diz respeito às estimativas para a Zona Euro, foram revistas em baixa para 0,5% em 2012, sendo que a Comissão Europeia não descarta um cenário de recessão na região, que continua a ser castigada pela crise da dívida.

Desemprego em alta e economia volta a crescer em 2013

Para 2013 a Comissão Europeia, nas previsões de Outono hoje divulgadas, estima que o PIB português irá crescer 1,1%.

Quanto aos restantes indicadores macro-económicos, a Comissão Europeia projecta que o desemprego se situe este ano nos 12,6%, aumentando um ponto percentual em 2012, de acordo com as previsões de outono hoje reveladas pelo executivo comunitário.

A Comissão Europeia estima que Portugal irá cumprir as metas de défice público para 2011 e 2012, prevendo mesmo um valor ligeiramente mais optimista que o Governo português para este ano, ao antecipar um valor de 5,8% do PIB. A meta definida no memorando de entendimento entre o Estado português e a 'troika' é de 5,9 %, e prevê um défice de 4,5 por cento para 2012, o objectivo traçado no quadro do programa de assistência.

Quanto à dívida pública, a Comissão Europeia prevê que chegue a 101,6% do PIB este ano e registe um aumento para 111,6% em 2012.

Já a inflação em Portugal será de 3,5% este ano, e registará um abrandamento de meio ponto percentual, para 3%, em 2012.

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