quinta-feira, 5 de maio de 2011

Corte nos subsídios não esteve em discussão, mas medidas seriam mais leves se ajuda tivesse sido pedida mais cedo

O representante da Comissão Europeia disse que se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, a cura de austeridade poderia ter sido mais leve. Ainda assim, cortes dos subsídios de férias e natal nunca estiveram em causa, afirmou.

O representante da Comissão Europeia na troika esclareceu hoje que nunca chegou a ser discutida a possibilidade de cortar nos subsídios de férias e Natal, nem substitui-los por certificados do Tesouro.
Falando na apresentação das condições que acompanharão o empréstimo de 78 mil milhões de euros, Jürgen Kröger frisou que o programa de austeridade e de reformas que terá de ser seguido pelo país é “duro”. “Isto não é fácil. É um programa duro, mas necessário”, alertou. 
Kröger precisou, no entanto, que o PEC IV, chumbado pela oposição, foi um "bom ponto de partida, mas não era suficientemente abrangente". "Tinha elementos muito positivos em termos orçamentais, mas não era suficientemente profundo em termos de reformas estruturais”, acrescentou.

Taxa de juro começa em 3,25% 

O representante do FMI esclareceu, por seu turno, que a instituição fornecerá cerca de 26 mil milhões de euros – um terço do empréstimo, que poderá totalizar 78 mil milhões – a uma taxa de juro que rondará 3,25% nos primeiros três anos e 4,25% a partir do quarto.
Já a taxa que será cobrada pela União Europeia (que assegurará dois terços do empréstimo) é mais difícil de antecipar, já que depende da taxa de juro que os fundos europeus pagarão aos mercados para angariar verbas para Portugal.
Ainda assim, Jürgen Kröger, da Comissão Europeia, deu como referência o caso da Irlanda – que pagará uma taxa acima de 5,5%.


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