terça-feira, 29 de março de 2011

PRITZKER

Eduardo Souto de Moura foi distinguido com o prémio Pritzker 2011, o maior galardão mundial na área da arquitectura, considerado o Prémio Nobel da área. Esta é a segunda vez que um arquitecto português vence este galardão.

“Era mais do que justo e é uma grande alegria. A sua obra é de um grande rigor, de uma grande exigência. Não conheço nenhuma obra descuidada. Há sempre grande atenção à inserção de cada obra que faz. Não são peças isoladas e fazem parte de um tecido. É uma arquitectura que tem passado e anúncios de futuro.”
Siza Vieira, arquitecto, Prémio Pritzker 1992

"É um momento magnífico e absolutamente justo. A obra de Eduardo Souto Moura é muito especial e única no contexto actual. É uma obra que revela um imenso talento e uma inteligência inata. Mas também um saber e uma cultura de irrepetível sensibilidade. Obra de um homem de uma ética e estética superior".
Nuno Brandão Costa, arquitecto, Prémio Secil de Arquitectura 2008

“É, para mim, uma grande alegria ver o Prémio Pritzker ser atribuído a Eduardo Souto Moura. É uma afirmação, para todos nós, da força do discurso da nossa querida língua portuguesa, da nossa arquitectura como discurso sobre a nossa existência nos espaços do mundo e sobre a construção da nossa cidade. É um prazer extremamente particular poder abraçar o meu querido amigo Eduardo Souto Moura.” Paulo Mendes da Rocha, arquitecto brasileiro, Prémio Pritzker 2006

“É uma honra para nós, portugueses, e para nós, arquitectos. É muito interessante que um país pequeno como Portugal consiga já contar com dois Prémios Pritzker. É sinal de um vigor da arquitectura portuguesa – e, claro, em primeiros lugar dos premiados. Estes prémios são também reflexo de uma certa maneira de pensar a arquitectura de que Souto Moura e Álvaro Siza são representantes.”
Manuel Graça Dias, arquitecto

4 comentários:

Nuno disse...

«Entre sus cualidades destacan precisamente la de integrar la obra en el entorno. Sin embargo, alejándose del mantra de moda hoy entre la mayoría de los arquitectos planetarios, rechaza de plano la definición de arquitectura ecológica o sostenible. "La arquitectura, para ser buena, lleva implícito el ser sostenible. Nunca puede haber una buena arquitectura estúpida. Un edificio en cuyo interior la gente muere de calor, por más elegante que sea, será un fracaso. No se puede aplaudir un edificio porque sea sostenible. Sería como aplaudirlo porque se aguanta", declaró en una entrevista a este diario en 2007.»

http://www.elpais.com/articulo/cultura/premio/Pritzker/regresa/Portugal/elpepucul/20110328elpepucul_15/Tes

Nuno disse...

"Durante as últimas três décadas, Eduardo Souto de Moura produziu um corpo de trabalho que é do nosso tempo, mas que transporta ecos das tradições arquitectónicas", lê-se no comunicado do júri presidido por Lorde Palumbo. "A arquitectura de Souto de Moura não é óbvia, frívola ou pitoresca. Está carregada de inteligência e seriedade. (...) Os seus edifícios têm a capacidade única de reunir características opostas - poder e modéstia, um autoritarismo público arrojado e um sentido de intimidade - tudo ao mesmo tempo. Por uma arquitectura que parece sem esforço, natural, serena e simples e pela preocupação e poesia que estão em cada projecto, recebe o Prémio Pritzker de Arquitectura de 2011."

http://www.ionline.pt/conteudo/113747-nobel-da-arquitectura-eduardo-souto-moura

Nuno disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nuno disse...

Se [eu, Souto Moura] tivesse de destacar só uma das suas obras, escolheria o estádio de Braga, porque foi feita “no momento certo, no sítio certo”.

Quanto às características que definem o seu estilo, Souto de Moura diz que este “transporta as tradições da arquitetura”.

“Eu não acredito em saltos epistemológicos nem em invenções. Aliás, a imaginação é uma coisa perigosa na arquitetura. Acho que é preciso trabalho e há uma evolução e a arquitetura tem de ter um sentido de continuidade, tem de pegar na tradição e usar os meios atuais para ser melhor”, defendeu.

http://www.destak.pt/artigo/91364-nunca-esperei-ganhar-o-pritzker-souto-de-moura