terça-feira, 13 de outubro de 2009

E o MPT, existe ou não existe?

Acho que a reacção do pessoal do MPT aos resultados das últimas eleições é mais ou menos unânime: o resultado foi uma merda. Sem subterfúgios, sem colocar culpas a terceiros e sem que alguém amue com isso.

Por outro lado, todos parecem concordar que para o futuro se colocam duas questões essenciais:

Primeira: Uma candidatura que transforma 30 votos em 710 votos em quatro meses conseguirá transformar 710 votos em 7000 no espaço de quatro anos?

Segunda: com 710 votos (890 para a Assembleia Municipal), a candidatura do MPT existe ou não existe?

A resposta a estas duas questões já não é tão unânime: à primeira pergunta todos respondem que em tese é, obviamente, possível, embora alguns entendam que tudo dependerá da conjuntura em 2013; já no que toca à segunda questão, a resposta é: depende do ponto de vista.

Passo a explicar: com 710 votos conquistados nas urnas, poderá dizer-se, em 2009, que o MPT não existe. Mas, tendo em conta que o PPM só se candidatou sozinho à CMB em 1976 e teve, na altura, 501 votos, nunca se sabe se, na pior das hipóteses, daqui a 4 ou até, sei lá, 30 anos, a candidatura do MPT não tem 3 ou 4 deputados municipais caídos do céu. Afinal, se há lição a tirar destas eleições é a de que o que hoje não existe amanhã pode existir, e vice-versa...

11 comentários:

Anónimo disse...

O MPT pode vir a ser um caso interessante a seguir. Em Braga parece-me que pode ser um esteio de poder. Poder autêntico. Não o de brinca não brinca para ver no que dá.
Abraço fraterno, meu caro Rui. Fazes falta par ajudar a pensar nisto tudo
Acácio

Pedro disse...

No jogo democrático os contendedores devem saber ganhar e perder. Na derrota, como na vitória, os méritos e deméritos a assacar a cada um derivam dos comportamentos éticos e políticos. Há derrotas que capitalizam e há derrotas que destroem. Razão pela qual a única coisa com que concordo neste "post" é que não se devem retirar leituras apressadas dos resultados. O absoluto não existe. Haverá sempre mais oportunidades para premiar, ou castigar.

Aprendi que ninguém gosta dos maus perdedores. Veja-se o Manuel Monteiro e compare-se com outros exemplos de políticos que se afastaram do CDS-PP como Freitas do Amaral ou Lucas Pires. Ou veja-se o caso de perdedores que ficaram, como Ribeiro e Castro, e foram novamente à luta pelo partido.

"L'État c'est moi" ou o "PP sou eu" não é uma frase para os dias de hoje. A vaidade é um dos pecados mortais dos políticos. E tarde, ou cedo, acaba por revelar mais pecados.

A candidatura de Miguel Brito foi um flop, mas era uma "Crónica de uma morte anunciada". Ainda que a "morte" me pareça excessiva e um cristão acredita sempre na ressurreição. Ainda que no caso o mais certo seja a reencarnação, ficando a dúvida no quê.

1º O MPT confunde-se com o PH (http://www.ecologiahumanismo.net/) e justifica-se a dúvida sobre a sua existência, mas já em 2005, pelo PH, tivera em Braga 447 votos. Assim o Miguel Brito somou uns 257 votos ao MPT/PH.

2º O MPT existe? Claro que sim, tal como o MRPP que em 2005 que conseguiu para a CM 910 votos. Sabemos até que o MPT vale mais que o Miguel Brito, pois a sua votação, para a AM, foi superior que a de Miguel Brito para a CMB.

Anónimo disse...

Existiram votos no MPT, pelo Miguel Brito (por inerencia) marcados pelo voto util que queriam destronar o Mesquita; votaram na AM para mostrar isso mesmo; ou acham mesmo que o MPT teria mais que os 260 votos que teve na legislativas, senão fosse o Miguel Brito?
Aliás, há uma pergunta que não se pode responder porque não existe no mundo real, mas suponhamos que o MB era militante do PSD, alguem duvida que limparia a Câmara e o que mais houvesse!?

Rui Moreira disse...

Caro anónimo:

Eu não duvido nada.

Anónimo disse...

A lealdade é algo que nunca me deixará de comover.

Anónimo disse...

Sejam 260, 700 ou os virtuais votos úteis são votos a menos para o "PP sou eu".
Viu-se que não era!
Quanto ao resto, tenho que supor que ganhava a concelhia não é? Só que para isso teria que ter mais de 70 votos.

Rui Moreira disse...

No que toca ao PP, eu não vi nada. Alguém viu alguma coisa?

Paulo Novais disse...

Caro anónimo (nem por isso) das 10:14

Quanto às eleições da concelhia do CDS/PP em Dezembro de 2008 DEVIAM ERA ESTAR CALADINHOS.

Vocês cozinharam os cadernos eleitorais da forma que mais vos convinha para assaltar o poder.
Só assim se pode admitir que militantes pudessem votar nas eleições dos órgãos nacionais e distritais e estivessem impedidos de o fazer na concelhia.
Foi pena não conseguirem usar o mesmo truque nas autárquicas. Talvez assim tivessem dado algum contributo para a coligação...
Uma vergonha, e o que vocês saíram.
Acredito que desses 70 que votaram em vocês, os que têm consciência partidária e não faziam parte da lista, estejam agora bem arrependidos.

Mas lanço então um desafio, depois do vossos brilhantes resultados na concelhia do CDS/PP no ultimo ano.
Convoquem novas eleições.

Hehehe... até queria ver alguém de "cojones" desse lado a ter uma atitude de algo vertebrado para variar.

Mas antes de fecharem os cadernos eleitorais, como da ultima vez, façam uma refiliação como deve ser.
Gastem mais uns SMSzinhos e refiliem os militantes como deve ser.

Vamos lá! Tomates...

Anónimo disse...

Calma que eu das eleições internas do PP apenas sei o que li nos jornais. :)

Mas acho muito muito estranho essa dos cadernos, então a Concelhia era do Miguel Brito e os outros é que fizeram os Cadernos? Parece-me é que houve alguma distração. ;)

De fora o que pareceu na altura é que a "cigarra" tinha perdido para a "formiguinha". Ainda que com a ajuda das "cigarras" maiores (distritais e nacionais). E mais convencido fiquei quando vi a reacção de "prima donna", típica do menino "dono da bola" - ai não jogo, então vou-me embora e levo a bola! Só que já não queriam saber ad bola dele, que está estava furada e vazia.

Não fiquem é preocupados com a bola do Miguel. Acho que um amigo já lhe prometeu uma nova.

Paulo Novais disse...

Anónimo das 15:53

Não posso deixar de concordar consigo na questão da formiga e da cigarra.

Mas por incrível que pareça, a direcção nacional do PP só deu os cadernos actualizados ao Miguel Brito porque ele foi a LX busca-los. :-(

Quanto à birra da bola, respeito a sua opinião. Cada um tem a sua.
Apenas tenho a certeza que se engana redondamente no que à bola estar vazia diz respeito.
Porque, pode ter a certeza, que a coligação com o Miguel Brito tinha tido outro resultado e outra prestação durante a campanha. E quem sabe?
Mas o que não tem remédio, remediado está...

Agora, este CDS/PP desta actual concelhia de Braga (do Manuel Rocha), embora com 3 ou 4 valores, não tem qualquer futuro. Basta ver o que tem feito, o contributo visível durante as eleições, a imagem que mostrou aos eleitores. Se não fosse o próprio Ricardo Rio a dizer que o CDS/PP estava com ele, ninguém daria por ela... muito mau.

E antes que acabe, era bom que os militantes se questionassem. Se é este CDS/PP que querem? Se é este CDS/PP que vai conseguir enfrentar os desafios que se vão colocar até 2013? E sair vencedor em 2013? Se acham que uma pessoa, que Ricardo Rio afirmou que nem seria a escolha para a vice-presidência da câmara, é capaz de coordenar e dirigir os destinos de um CDS/PP na oposição estes 4 anos? Por forma a que esteja em forma e na ribalta em 2013?

Quanto ao resto... como diz o anónimo... não nos preocupemos.
Se a bola está vazia enche-se, se está furada remenda-se, se está destruída... pede-se uma nova a um amigo.

LOL

Anónimo disse...

Ainda bem que possui sentido de humor. As guerras no PP, são as guerras no PP.

Não percebo é a sua certeza que o Miguel Brito seria o nº 2 de Ricardo Rio. Eu tenho quase a certeza do contrário. O que o Ricardo Rio disse foi isso mesmo.

Na verdade eu também não me recordo do Miguel Brito na última campanha. Nem dele, nem de um fantástico candidato à AM que indicou.