sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um último apelo ao voto

A partir do próximo domingo já ninguém poderá dizer que foi enganado. Se Sócrates ganhar, podemos contar com mais pobreza, mais impostos, mais jobs for the boys, mais pressão sobre os jornalistas, mais ataques às corporações, mais incompetência, mais arrogância, mais publicidade enganosa, mais asfixia democrática. E só há uma forma de inverter esta situação. Tapem os olhos, tomem um Guronsan, façam lá como quiserem, mas a Manuela tem que ganhar. É um imperativo patriótico correr com o Primeiro-Minsitro mais "artistola" da história de Portugal..

6 comentários:

Marta Ferreira disse...

Espero que também haja Guronsan aí por essas bandas, e em grandes quantidades. :D
Para já aconselho-te um bom ansiolítico!

Paulo Novais disse...

Como estamos em dia de reflexão, não vou apelar ao voto.

Por isso:

APELO AO NÃO VOTO

NÃO VOTE - FRANCISCO LOUÇÃ
NÃO VOTE - JERÓNIMO DE SOUSA
NÃO VOTE - JOSÉ SÓCRATES
NÃO VOTE - PAULO PORTAS

E NEM PENSE SEQUER VOTAR EM:

FER
PCTP/MRPP
MPT/PH
PEV
POUS
PSR

Nuno disse...

Paulo: estás praticamente anarquista, mas isso passa-te.

Este PS não interessa a ninguém. Onde anda o Ferro Rodrigues? O Guterres? O Jaime Gama? O João Cravinho?

Lá para a extrema esquerda é melhor nem falar, o muro já caiu há uns 20 anos e aqueles camaradas ainda não abriram os olhos. Terão gaifanas?

Agora para o lado de cá, temos o PSD (cheio de defeitos é certo, quem os não tem?); temos o CDS-PP (...); temos o MEP, temos o PPV...

Nuno disse...

Gaifanas...

...É uma história do arco da velha!

Então foi assim:

Há muitos, muitos anos, não só eu vivia em Lisboa como era um miúdo aí duns 5 ou 6 anos, apareceu na minha rua uma coisa estranhíssima: uma mala metálica, velha e ferrugenta, cheia de massa consistente (óleo de rícino) daquela para pôr nos motores e nas rodas, sei lá. Uma papa grossa e oleosa amarelada-acastanhada...

Uns dias depois, o António acordou com os olhos cheios de remelas e não os conseguia abrir! Veio para a rua - devia confiar mais nos amigos do que na mãe (que se chamava Judite e, talvez prevendo o seu futuro de delinquente e traficante de droga não quisesse nada com as pessoas da Polícia Judiciária, a Judite) - a gritar: ó Tó Manel eu estou cego! Não consigo abrir os olhos.

O Tó Manel era mais esperto e filho duma ladra, uma peixeira, não sei se amiga do Louçã, que vendeu a casa várias vezes mas, conseguiu ficar com a casa e com o dinheiro!... O Tó Manel disse ao António:

"- Eh pá, isso não é nada, tu estás é com GAIFANAS!"

Responde-lhe o António, mais calmo:

"- E como é que se cura isso?"

Remata o Tó Manel:

"- É simples, isso cura-se com óleo de rícino!"

E o António lá foi pôr massa consistente nos olhos...

A partir daí, o António ficou conhecido lá na rua como o gaifanas.

Moral da história: vocês não acham que os tipos do BE e do PCP têm gaifanas?

Nuno disse...

Só mais história, uma uma vez que estamos em período de reflexão e temos que nos ir preparando para a tragédia do Sócrates parte II (só comparável a tragédia do Cavaco parte II).

Uma caixa metálica cheia de massa consistente, é uma coisa com um potencial para a asneira dificilmente abarcável pela nossa actual mentalidade pequeno burguesa. Mas para os miúdos da minha rua, não só curava gaifanas nos olhos como dava para dar lições a jardineiros com mau feitio (tipo Sócrates)...

Então, a coisa passou-se do seguinte modo:

na minha rua havia (e há) uma escola primária pública. Um luxo, com um jardim enorme e um jardineiro e guarda residente (!).

Escusado será dizer que o jardineiro não gostava de nós (que lhe podíamos estragar os jardins) e nós não gostávamos do jardineiro (que não nos deixava ir jogar à bola para os jardins da escola).

Havia ali um ódio mútuo, já não sei quem é que tinha razão mas, nós chamávamos ao jardineiro "Bera". Era o Bera para aqui, o Bera para ali, querendo a alcunha dizer que o tipo era mau, era bera.

O que é que nos lembrámos de fazer?

Teríamos entre os 6 e os 10 anos, no máximo!

Junto à escola havia uma casa, com muros à volta e, no interior do quintal, uma rampa para descer para a parte de trás do quintal que era mais baixa uns 2 metros. A rampa era larga e revestida a pedra mármore vulgar.

Besuntámos a rampa toda com a massa consistente, deixando só um carreirinho junto à casa limpo.

Depois fomos provocar o Bera, chamando-lhe todos os nomes possíveis (talvez até alguns à sua querida mãe...) e fugimos para aquele quintal descendo para as traseiras pelo carreirinho...

Depois veio o Bera, esbafurido, com vontade de nos esfolar vivos - e, até, talvez capaz de nos inscrever no PS Braga - e espalhou-se ao comprido pela rampa abaixo...

Nenhum de nós foi apanhado.

Tempos felizes estes, em que as crianças inocentes brincavam nas ruas...

Paulo Novais disse...

Meu caro Nuno.
Nunca me tinha imaginado por esse prisma, de quase anarquista. Mas olha que não sei se não me agrada. Principalmente quando temos o país que temos e a cidade que temos.

Olha lá. Essa coisa das gaifanas pega-se? É que me parece que não falta para aí gente que ou tem semelhante camada delas ou são daqueles cegos que são os piores e que são os que não querem ver.

Se puder trás lá a tal mala de cartão. Ups, espera, essa era outra...

Abs e vota (bem).