sexta-feira, 31 de julho de 2009
Ainda os incentivos... e a falta deles!
Eu falei já aqui sobre o Incentivo dos 200 que o governo propõe como umas das suas brilhantes ideias no programa do governo para a próxima legislatura.
E falei a brincar, pois como disse, ou se ria ou chorava. Eu decidi rir... mas foi mesmo para não chorar.
E brinquei com a situação. Mas esta barbaridade não deve ser levada a brincar.
Dito isto vou ao assunto que me levou a falar momentaneamente nessa proposta do governo PS (só podia mesmo ser socialista).
Na eventualidade do Sr. José Sócrates, ainda o actual chefe de governo do meu país, vir aqui ler alguns dos nossos "post" (afinal o homem já dá entrevistas na blogosfera. Em deferido, é verdade. E depois sonhar...) gostava de lhe sugerir uma medida para colocar em prática antes da parvoíce do Incentivo dos 200 (ou melhor ainda, em vez de).
Gostaria então lhe dizer o seguinte:
«Sr. José Sócrates, sou um cidadão português e democrata cristão. E procuro que estes meus princípios democratas, mas neste caso, principalmente os cristãos, me guiem no dia-a-dia (ás vezes e difícil, confesso. Mas ninguém é perfeito). Por isso muito me indignou a proposta de programa que o seu partido divulgou recentemente. E porquê, deve perguntar o senhor? Bem, porque simplesmente devemos considerar cuidar primeiro das crianças que temos, antes de apressar as coisas e tentar talvez engrossar a lista. E de que falo eu? Bem senhor Sócrates, muito simplesmente da adopção. Temos neste momento mais de 2000 crianças em condições de ir para adopção. Pois. Esse pequeno problematizo que não existe em Portugal porque o seu governo se esquece dele com frequência (embora, admito, algumas melhorias foram ensaiadas e outras até implementadas, mas insuficientes) e que afecta alguns milhares de crianças em Portugal. Talvez incentivar famílias a adoptar, talvez simplificar (sim simplificar; afinal ao fim de três dias pode abortar-se livremente em Portugal; temos divórcio na hora; empresas na hora) o processo de adopção pois neste momento e apesar da nova lei o tempo de espera é de cerca de 5 anos (coisita pouca pois claro, se compararmos com a justiça por exemplo), talvez pensar seriamente neste assunto e resolvê-lo para, então depois considerar incentivar a natalidade (eu sei que a população está a envelhecer, que o sistema de segurança social pode falir, tudo isso) mas, em qualquer caso, prioritário mesmo é garantir o direito a uma vida normal, o direito à família, à educação, a uma infância como qualquer criança merece, à educação, ao melhor que o seio familiar pode proporcionar ás crianças.
E dar talvez incentivos, isso sim, para que sejam também consideradas para adopção em igualdade de circunstâncias. Sabe do que falo senhor Sócrates, falo de que apenas cerca de 6% dos candidatos à adopção consideram adoptar crianças com mais de 6 anos, crianças com problemas de saúde ou crianças de cor.
Como é óbvio, este tema daria aqui "pano para mangas". Por isso termino por aqui, até porque se me alongar muito, senhor José Sócrates, corro o risco de não o ler até o fim (como disse no inicio, sonhar não custa nada).»
Nota: espero, senhor José Sócrates, que se chegar a ler este "post", seja por ter muito tempo dado estar desempregado.
Fontes: IOL Diário; Diário de Noticias
Publicada por
Paulo Novais
às
16:32
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Etiquetas:
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