Nos últimos dias tenho perguntado a mim próprio o seguinte:
Ò Rui, mas afinal o que é que têm em comum a pintura de Courbet (não é esta, é uma que tem um pipi, mas eu gosto mais desta, ganda tarado que eu sou) que motivou a censura da PSP - por ser, supostamente, pornográfica - e o despacho de arquivamento de que tanto se fala?
A resposta é simples. Na pintura aparece um pipi, escancarado, felpudo, convidativo. Mas apenas um pipi.
Há ali, sem dúvida, "fumos" de pornografia. Mas, seja por falta de meios ou porque simplesmente não está lá mais nada, falta o resto. Falta o fogo.
Ao ver na pintura mais do que aquilo que lá estava e, em consequência, ao ter apreendido preventivamente os livros, a PSP cometeu um acto censório e ilegal, dando guarida a interesses que não merecem tutela do direito. Ou seja, tudo aquilo que uma força de autoridade não pode fazer.
Assim sendo, pode gostar-se ou não do pipi. Discuta-se pipi. Mas prender o pipi à força é que não!
1 comentário:
Eles andam aí, amigo!
Mais um típico caso no nosso país de preocupação com o acessório.
O Névoa, entretanto, lá se safa com uma multa que mais parece uma gorjeta! E admiram-se que ele se ria à saída do tribunal!
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