quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SC Braga com lucros superiores a cinco milhões de euros


É o segundo ano consecutivo com lucros a ultrapassarem os cinco milhões de euros. Relatório e Contas da SAD foi, ontem, conhecido.

Pelo segundo ano consecutivo, a SAD do Sp. Braga, liderada por António Salvador, apresenta lucros superiores a cinco milhões de euros. O Relatório e Contas de 2011/2012 - ontem divulgado no site oficial do clube - dá conta de resultados positivos pelo terceiro ano consecutivo, o segundo com a fasquia a ultrapassar os cinco milhões: neste caso um resultado de 5,09 milhões (depois de 5,19 milhões da época transacta), valores que traduzem uma consolidação financeira aliada ao sucesso desportivo dos últimos anos.

Os parabéns ao Sporting Clube de Braga estão em ordem, claro.

Dito isto, cada vez menos se compreende este contrato entre o SC Braga e a CM Braga.

Os números a que o Diário do Minho teve acesso dão conta que a Câmara Municipal está a gastar mais de 400 mil euros  por ano com as despesas de manutenção do novo estádio municipal de Braga. A despesa média anual mais do que duplica a receita que os cofres municipais vão encaixar com a concessão da exploração do estádio ao Sporting Clube de Braga.
Pelos 30 anos em que vai vigorar o contrato de cedência do  equipamento desportivo, iniciado em 2005, o clube arsenalista vai pagar 180 mil euros. É um contrato “à medida” das parcerias público-privadas. O negócio do arrendamento, por 30 anos, do estádio Axa vai render 180 mil euros à Câmara de Braga. Mas impõe aos cofres públicos custos de 12 milhões de euros.

Era chegada a altura do contrato ser revisto e tirar do erário publico esta despesa, pelo menos em face de semelhante sucesso das contas do SC Braga.
Afinal em tempos de semelhantes apertos orçamentais e se tal sobrecarga das famílias, algum deste valor, os 12 milhões de euros que custa aos bracarenses o estádio Axa, podia ser convertido em descontos na taxa de IMI ou no apoio de renda de casa, para famílias com os 2 membros do casal desempregados e para uma ajuda extra na educação e saúde dos filhos de casais nestas condições.
Mas isto sou eu a falar. Que até nem sou braguista.

Diário do Minho
Correio do Minho


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