segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Com todo o respeito


por Miguel Brito

A tartaruga que viajou em classe executiva

Há notícias que me comovem.  No jornal da uma, conta-nos que uma tartaruga em vias de extinção e rara, proveniente do México, ia ser devolvida ao seu “habitat” natural.
Primeiro louvo o trabalho de quem trabalha com animais: logo com tartarugas!
Além dessa nobreza de os cuidar, alimentar e proteger, a tartaruga engordou vinte e tal quilos, o que me chamou atenção foi a viagem da tartaruga ter sido na TAP, uma companhia em vias de extinção e que ao contrário da tartaruga não foi encontrada abandonada, mas que se preparam para a abandonar!
A tartaruga foi em classe executiva para chegar bem ao seu destino, foi preciso desocupar o avião, tirar duas filas, para que a tartaruga fosse confortavelmente!
Ora, a missão da tartaruga está cumprida é para o seu habitat que ela tem que ir!
E a TAP? Para onde segue, para a Alemanha? Para Madrid?
E não aparece ninguém, como aquele tratador que cuidou a tartaruga como um filho e o levou para o seu destino?
Não aparece ninguém que arrume a TAP? Que tire e ponha lugares para que ela possa chegar a bom porto?
Ano 2060, foi hoje anunciado pela estação alemã que  A TAP (transportes aéreos portugueses) foi devolvida ao céu de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Macau e Brasil por um excêntrico coleccionador de relíquias de origem chinesa.


Sem comentários: