terça-feira, 7 de junho de 2011

Siza, o Mestre

A Câmara de Lisboa analisa na quarta-feira a última fase da obra de requalificação dos Terraços do Carmo, da autoria de Siza Vieira, incluída no plano daquele arquiteto para reconstrução do Chiado após o incêndio de há 22 anos.

“É um dos projectos estratégicos para a Baixa, com acesso direto pela Rua do Carmo e, por outro lado, um acesso do Largo do Carmo. É quase que a conclusão do plano do arquitecto Siza Vieira para a reabilitação do Chiado, na sequência do incêndio”, disse à Lusa o vereador responsável pelo Urbanismo, Manuel Salgado.

Segundo o autarca, o que está previsto é, além dos terraços, onde ficará uma espécie de ‘jardim suspenso’ e esplanadas, a instalação de uma cafetaria num dos armazéns da antiga tipografia da GNR, um espaço integrado no Convento do Carmo.

“O local tem um panorama fantástico para a colina do castelo e este projeto dará uma grande valorização àquele conjunto patrimonial [igreja e convento]”, acrescentou Salgado.


A proposta em discussão inclui o projeto de arquitetura para a segunda fase da ligação pedonal do Pátio B (nas traseiras do quarteirão delimitado pelas ruas do Carmo e Garrett e pela Calçada do Sacramento) ao Largo do Carmo e Terraços do Carmo.

A primeira fase do projeto de requalificação dos Terraços do Carmo – ligação da Rua Garret ao Carmo através do Pátio B - está concluída, aprovada e foi recentemente autorizado pela Câmara o lançamento da empreitada de construção.

Está igualmente previsto um acesso ao pátio correspondente ao recreio da antiga escola veiga Beirão. Vai também poder subir-se até ao patamar da porta sul da igreja através do elevador do edifício Leonel, desde a Rua do Carmo, e do passadiço que vem do elevador de Santa Justa.

Na primeira fase das obras estavam incluídas as demolições, feitas em 2009, das construções existentes nos terraços do quartel da GNR e que incluíam uma tipografia – onde ficará a cafetaria – e camaratas.

Durante estas demolições verificaram-se infiltrações em diversas lojas da Rua do Carmo, nos pisos térreos dos edifícios onde assenta parte dos terraços.

Este imprevisto obrigou a uma reformulação do projeto de forma a integrar um sistema de drenagem de águas pluviais. O custo inicial do projeto era de 2,5 milhões, a suportar com o imposto especial de jogo do Casino.

Na proposta que vai na quarta-feira à reunião de câmara, o vereador Manuel Salgado realça a complexidade da intervenção e sublinha que a solução apresentada teve parecer favorável do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) em abril.

O projecto integra a área de intervenção do Plano de Pormenor da Baixa Pombalina, que envolve um investimento superior a 700 milhões de euros para reabilitação e novos equipamentos.

Destak/Lusa | destak@destak.pt
6 de Junho de 2011

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