quinta-feira, 2 de junho de 2011

O discurso bacoco dos orçamentos de campanha!!!


Na parte final desta campanha para as legislativas 2011, há aqui um tema, de fundo...não de princípio...mas de fundo...não estruturante para o país, mas sintomático sobre o qual gostaria de deixar uma pequena nota.
Ouvi e li, por diversas vezes, inclusive neste mesmo espaço, comentários sobre os orçamentos dos partidos para esta campanha eleitoral, sobre as máquinas mais ou menos oleadas ou profissionais de que cada um dispõe...enfim...sobre aquilo que me parece ser o argumento bacoco da crítica pela crítica...da dispersão de energias e atenção em questões meramente secundárias. Escrevo hoje, tornando-me também um dos que dá atenção ao assunto, porque contei 17 notícias ou reportagens sobre o tema na imprensa de fim de semana.
Sinceramente, eu estou-me nas tintas para se o PS é mais profissional, se o PSD gasta menos e se o CDS é o mais poupado. Em primeiro lugar a subvenção do Estado é atribuída em função dos votos obtidos por cada um dos partidos...depois, a forma como gerem os recursos parece-me evidente que deve ficar ao critério de cada um. Por outro lado, e falando com a propriedade de quem já muito esteve embrenhado nestas andanças, o financiamento externo é conseguido conforme influências e conhecimentos que cada aparelho seja capaz de gerar à sua volta. Parece-me que é evidente esta realidade.
Com toda a sinceridade, não me choca minimamente a estrutura super-profissional do PS, a aparentemente menos profissional do PSD e a aparentemente totalmente amadora do CDS. O marketing político é assim em todo o mundo. Aliás, sinceramente, se desse fenómeno eleitoral de apetrechamento de máquinas eleitorais resultar uma facturação extra para as empresas portuguesas associadas a este tipo de prestação de serviços...óptimo....estimula-se assim a economia! Acho secundário, bacoco, fundamentalista e completamente despropositada esta onda que se criou em volta deste tema.
Sejamos intelectualmente honestos e falemos do que interessa...quem tem o melhor sistema para cumprir os compromissos assumidos? quem tem condições para afirmar a posição do país na União Europeia e garantir uma participação no modelo europeu de destaque e que salvaguarde os nossos interesses? Acima de tudo...quem tem a melhor visão daquilo que é preciso fazer para que Portugal entre, definitivamente, em velocidade cruzeiro e possa assumir um crescimento sustentado e próspero? Para os mais conformados...a mais basilar de todas as perguntas....quem fala mais verdade ao país?
Comece-se a olhar para o que importa e a deixar o acessório de lado...

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