O líder do CDS-PP, Paulo Portas, adverte que se a economia se contrair 1,3% em 2011, como prevê o Banco de Portugal, serão necessárias correcções orçamentais na receita e na despesa.
"Se a estimativa de queda das receitas fiscais, segundo o Governo, é de menos 0,7%, mas o Banco de Portugal vem dizer que a economia vai cair menos 1,3% isso significará, quer do lado da receita quer do lado da despesa, a necessidade de correcções orçamentais", afirmou.
De acordo com o Boletim de Inverno do Banco de Portugal, hoje divulgado, a economia portuguesa vai contrair-se 1,3% em 2011 e crescer 0,6% em 2012.
O líder do CDS-PP sustentou que "com uma economia a cair tanto perdem-se receitas e com um desemprego muito alto é preciso financiar prestações sociais"
Em conferência de imprensa no Parlamento, Paulo Portas considerou que aquele cenário significará que Portugal será o único país da União Europeia a entrar em recessão "depois de ter saído de uma recessão".
O líder democrata-cristão lamentou ainda a perda de poder de compra dos pensionistas cujas reformas foram congeladas, frisando que se a inflação é de 2,7%, será esse o valor da perda de pensão.
Paulo Portas destaca outro dado do Banco de Portugal, de que o investimento vai sofrer uma quebra de 7%, o que "torna praticamente impossível a criação de emprego", sublinha.
RR, 11.1.11
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