Não seriam com toda a certeza estes ultimos dias que provocariam o agravamento da crise em Portugal. Nem seria este um motivo, veja-se agora a moção de censura ao governo colocado pelo PCP, que afastariam os políticos e o parlamento, mais ou menos, dos desígnios da nação.
Eu como português, como opositor ao casamento de pessoas do mesmo sexo e como eleitor do Senhor Presidente, esperava mais. Muito mais. Esperava que o Senhor Presidente viesse recusar novamente a promulgação,até ser obrigado a fazê-lo depois de o parlamento voltar a pronunciar-se e a aprovar o diploma.
Muito desiludido. O Senhor Presidente coloca muito alta a fasquia da estabilidade. Ao ponto de comprometer e de abdicar da defesa dos princípios que nos regem e em que acreditamos.
Fonte: Publico
4 comentários:
Concordo contigo Paulo!
eu acho que o sr: Presidente da Republica começa a "soar artificial", não me parece manter a firmeza de um homem sensato como sempre achei que fosse!Ou então, sinto isto , porque estou desapontada...enfim!
Falta-vos senso prático.
O Presidente fez a pergunta óbvia: "De que me adianta vetar?" E chegou à resposta óbvia: "Não me adianta nada, só vou fazer com que isto abra telejornais durante um mês, num momento em que o país está à beira da bancarrota (mesmo, não é um ataquezinho de especuladores), até eles voltarem a decidir tudo igual e eu ter mesmo que promulgar isto.
Vocês acham que o momento de Portugal aconselha a que o Presidente ande a brincar aos "Presidentes com princípios inquebráveis". Eua cho que os princípios dele ficaram muito claros na declaração que fez ao país e que, no meio do temporal que o país atravessa e do qual parece que vocês não têm noção, o Presidente ainda vai sendo uma (rara) fonte de bom-senso... Peço desculpa, mas se não vos dissesse isto até me engasgava.
abraço,
P.S. - "magistratura de influência" não é vetar, magistratura de influência é precisamente avisar o país, as forças políticas, os agentes da sociedade de que, por exemplo, uma determinada decisão é má, tentando, dessa forma, evitá-la.
Devemos defender e manter o acreditamos a qualquer preço.
E essa desculpa da desestabilização num país que tem 98752717 comissões de inquérito e mais 75725858 processos envolvendo pessoas destacadas do panorama politico nacional, em que o regulador económico (entenda-se BdP) acordou para a verdade dos factos agora que está de saída, em que as pessoas já mal ouvem as noticias porque mal chegam a casa (as que ainda podem) pegam no papel e lápis para fazer as contas do dia (já nem é à semana), enfim, num país já de pantanas, iria causar mais alguma instabilidade?
Não brinquemos com assuntos sérios.
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