sexta-feira, 26 de março de 2010

Um tiro no pé

Ora aí está o que eu chamo um tiro no pé. Mas em que estava a pensar Ricardo Rio e a oposição da CMB, quando em tempo de crise, propõe que os cidadãos sejam ainda mais onerados por impostos para compensar as conhecidas fragilidades da protecção civil do concelho?
Eu não sou parvo ao ponto de não saber que nós é que somos os estado. E que são os nossos impostos que mantêm esta gigantesca máquina em funcionamento.

Mas a minha pergunta é esta? Onde estava a auto-escada que agora tanta gente fala à 4 anos atrás? E à 8 anos atrás. E então? A coligação Juntos por Braga deu agora por falta dela? Ao ponto de sugerir a criação de mais uma taxa camarária para suportar a funcionalidade do protecção civil?


Já sabemos desde há muito tempo que o edil bracarense e as suas sucessivas governações têm as prioridades de investimentos não só trocadas, como duvidosas. Veja-se o novo estádio de futebol. E os relvados sintéticos aos clubes de bairro. Meritórias e excelentes ideias em tempos de vacas gordas.
Mas daí a propor agora a criação de taxas suplementares! Façam-me lá o favor. Fica aqui talvez outra sugestão. Acabe-se com os financiamentos e as despesas supérfluas inerentes ao futebol, como a manutenção do estádio AXA, os subsídios encapotados ao futebol, que com toda a certeza teremos uma, aliás duas, auto-escadas em Braga muito em breve.

Mas isso, não. Credo não. Ui. Tocar no todo sagrado futebol, nem pensar. Mais vale então criar uma nova taxa camarária aos munícipes, pois claro. Mesmo aqueles que se estão a borrifar para o futebol, pois estão ocupados a esticar o seu rendimento até ao fim do mês. E que nem dinheiro têm para comprar leite, que fará ir à bola.

Uma palavra de conselho, que vale o que vale. Se não estão dispostos a estar à altura dos vossos eleitores e fazer realmente a diferença, então não admira. Mais do mesmo, então fica-se cá com o MM.
Foram estas as palavras que mais ouvi durante a campanha eleitoral que acompanhei de perto. Será que vão provar estar certas, afinal?

Não, creio que não. Tenho mais fé do que isso. E acho que isto não passou de um mau dia na vida da coligação.
Mas componham-se. E ouçam-se e vejam-se ao espelho antes de propor medidas como essas.
Porque esta foi um tiro no pé.


Fonte: Correio do Minho

1 comentário:

Anónimo disse...

Então não é que o PPC conseguiu comprar o apoio de dois ex-ferozes inimigos - Miguel Macedo (que grande cambalhota Miguel!!!) a troco da liderança parlamentar e o Vice da CPS Enfermeiro Serafim a troco de um lugar de gestão na estrutura privada de um Hospital de Braga.
Quanto ao João Granja vai para deputado, em nome da velha amizade, para completar tempo de serviço onde já esteve.