quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Paulo Portas - inicio de ano em cheio


Paulo Portas tem surpreendido na sua performance, ao melhor do que já se lhe viu. Depois de ter exigido um rigor absoluto no controle da atribuição e, sobre os usos e abusos do Rendimento Mínimo de Inserção, continua a fazer sugestões passíveis da simpatia dos portugueses e, por incrível que pareça, pessoas de todos os quadrantes políticos.
Para além de ter imposto o ritmo nos acordos para aprovação do O.E. deixando para trás o próprio PSD, desta vez Portas volta à carga com uma sugestão para que os políticos pagos pelo estado acompanhem o rigor do aumento zero (0%) porcento dos funcionários públicos, prescindindo estes do salário relativo ao 13ª mês.
Não que se trate de uma medida cuja receita tenha qualquer impacto sobre o défice, mas por uma questão de solidariedade, honestidade e como exemplo para os restantes portugueses, era bom que de vez em quando os políticos dessem um ou outro exemplo.
Ainda em relação aos (não) aumentos da função publica Paulo Portas teve ainda tempo de ironizar no seu discurso, que depois de em ano de eleições o governo dar um aumento de 2,9% aos funcionários públicos propõe para 2010 zero de aumento - “Antes de eleições, fortuna. Depois das eleições, miséria” - ironizou Portas.
Em resposta, Sócrates acusou Paulo Portas de demagogia e de querer ganhar votos fáceis com medidas avulso. Para rematar, Sócrates disse a Portas para falar com o líder da bancada socialista ou com o ministro das finanças. O mesmo ministro que disse estar dispostos a prescindir de 10% do seu vencimento para dar o exemplo.
Eu falo por mim. Gostava sinceramente, na crise que o país atravessa, de ver aqueles que têm emprego às custas do voto dos portugueses, darem pelo menos uma vez o exemplo e mostrarem que não são só candidatos e depois eleitos, para arranjar um bom emprego com um salário e regalias à altura.
Mas isso sou eu, que não passo de um mortal eleitor/contribuinte em Portugal.
Chego afinal há conclusão de que existe em Portugal quem finte bem melhor do que o Cristiano Ronaldo. Pena é no entanto, que neste caso a bola de futebol seja o povo português.
Fonte: Publico

1 comentário:

Nuno disse...

A inteligência faz falta na política. Por isso, onde os outros são uns yes-man, cinzentos e sem iniciativa, Portas destaca-se com facilidade...