segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Escutas "face oculta"

O dirigente socialista Augusto Santos Silva considerou hoje que a divulgação de escutas telefónicas efectuadas no processo Face Oculta "põe em causa fundamentos básicos de um Estado de Direito" e rejeitou que o Governo procure comandar a comunicação social.

Santos Silva sublinhou que as autoridades judiciais máximas do país "não encontraram indício de qualquer ilícito criminal", uma decisão que "os amantes do Estado de Direito devem respeitar".

Ora vamos lá fazer uma pequena análise destas palavras.
Em primeiro lugar concordo com o ministro, no que à divulgação das escutas diz respeito.
Desta forma, claro. Porque se não houvesse intimidação e domínio sobre as instituições por parte do governo, estas escutas teriam sido divulgadas de forma perfeitamente legal. Pois os "ceguinhos e surdinhos" das autoridades máximas (hehehe, autoridade) judiciais nada encontraram de suspeito. Só mesmo eles. Porque o resto do país que teve conhecimento das escutas não acha isso. Mas também somos muitos para ser possível intimidar-nos. Pelo menos de forma eficaz. Aparece sempre um "caralhote" que manda estes gajos todos "à merda".
Mas já que foram divulgadas, reparem, que para o ministro o grave não é o conteúdo. Aliás nem dele fala, não se vá "pelar" num assunto tão quente.

Faz-me lembrar o problema do "copo". Para o dono da casa está meio-cheio e para a vista meio-vazio. Mas este governo nem desse problema sofre. Pois serve-se logo pela garrafa.

Fonte: Publico

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