quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Uma experiência Socialista

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca repetiu um só aluno antes mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo.’ O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes.”

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas.’ Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A… Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam Bs. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D. Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um F. As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os
alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram… Para sua total surpresa. O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação apartir da qual o experimento tinha começado.

“Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”

Blog do Prof. Felipe Aquino

5 comentários:

Marta Ferreira disse...

Penso que o socialismo a que te referes é o socialismo totalitário e não ao socialismo democrático...

Nuno disse...

Socialismo democrático: tem suas raízes na idéia de Karl Marx de que seria possível, em certos países, estabelecer o comunismo ou socialismo por uma revolução pacífica e democrática. Essa idéia também foi avançada por Friedrich Engels e, principalmente, por Karl Kautsky.

Marta Ferreira disse...

Nuno, não podemos meter os socialismos todos no mesmo saco... só porque têm raíz nos princípios de Marx e Engels, e no conceito de "sociedades mais justas e igualitárias". :)

Na verdade, há um pormenor (que faz toda a diferença) e que distingue o socialismo marxista (totalitário, modelo soviético,...) do socialismo democrático, que é o elemento liberdade. Não se pode falar em sociedades mais justas, igualitárias e coesas sem o príncipio da liberdade.
Desta forma, o Socialismo democrático denúncia qualquer tipo de totalitarismo, pois considera este que deturpa os conceitos de liberdade, justiça, igualdade e fraternidade.

Em relação ao post, dizer-te que o socialismo democrático valoriza o mérito. O mérito não é um exclusivo dos modelos capitalistas. O socialismo democrático defende o combate às desigualdades sociais que não resultem da iniciativa e do mérito das pessoas (aliás, é o +/- assim que reza o 6º princípio do PS Português). Logo, a história do professor que numa demonstração de socialismo nivela as notas por baixo, não pode estar a demonstrar o socialismo democrático.

Nuno disse...

Evidentemente que não se pode comparar o socialismo totalitário com o democrático. Olof Palme está muito, muito longe do Breznev ou do Erich Honecker.

Agora, o socialismo tem lá um pequeno virus que o estraga. E, aqui em Portugal, por mais viagens que façam à Finlândia, o PS tem muito do mau do socialismo e, infelizmente, pouco do bom. Além disso, eu já vi o PS (português)bem melhor do que está hoje (e estava no Governo!).

Nuno disse...

Aliás, este caso aqui contado passou-se no Texas, Estados Unidos (e não na União Soviética ou em Cuba).