terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A favor da vida

De acordo com as informações recebidas de Washington, diversos grupos internacionais voltaram a lançar a campanha, impulsionada há um ano, para recolher um milhão de assinaturas em apoio às crianças não-nascidas e à família.

O Instituto de Política Familiar, uma das entidades implicadas na iniciativa, informou que se pretende que os Estados da ONU comecem a interpretar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos protege o ser humano contra o aborto e reconhece o matrimónio e o direito dos pais de educar os filhos.

Os promotores tomaram o exemplo da Comunidade de Santo Egídio, que conseguiu recolher um milhão de assinaturas, com as quais pediu uma moratória da aplicação da pena de morte, o que deu como fruto uma resolução da ONU em que se pede a abolição da pena capital.

A campanha de apoio a favor das crianças não-nascidas começou como uma reacção contra a tentativa dos movimentos pró-aborto que, no ano passado, quiseram aproveitar o 60° aniversário da Declaração para promover o direito ao aborto.

As pessoas interessadas em apoiar a iniciativa podem aceder à declaração através da Internet, em: www.c-fam.org/campaigns/lid.3/default.asp.

Entre os organizadores da campanha encontram-se C-FAM, Concered Women for America, United Families International, a Federação Polaca de Movimentos Pró-Vida e o Instituto de Política Familiar, assim como alguns políticos.

Os organizadores lamentaram as pressões que a ONU tem recebido para que se considerem direitos o aborto e o casamento entre pessoas homossexuais, assim como para a promoção da propaganda homossexual nas escolas de alguns países do ocidente, contra a vontade dos pais.

“Isso opõe-se directamente ao que os redactores da Declaração Universal quiseram nela inscrever e nos seus convénios vinculantes promulgados em 1966”, assinalam.

O módulo a firmar, em 19 idiomas, recorda que a Declaração Universal é a conquista de um estandarte comum para todas as pessoas e todas as nações.

Indica que se deve dar apropriada consideração ao direito à vida de cada ser humano, desde sua concepção até sua morte natural, tendo, cada menino ou menina, o direito a ser concebido, nascer e ser educado dentro de sua família, baseada no matrimónio de um homem e uma mulher. Também considera a família o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade.

A eslovaca Anna Zaborska e o italiano Carlo Casini, parlamentares da União Europeia, lideraram na Europa uma campanha similar a esta petição pró-vida. As suas iniciativas já deram entrada no Parlamento Europeu.

A Igreja também tem tomado posição sobre este assunto. O arcebispo de Braga afirmou que: “O aborto é banalizado com orientações legais que desrespeitam o valor indiscutível da vida e assim o decréscimo da natalidade atinge níveis preocupantes.”

O papel da Igreja, segundo o presidente da CEP, será sempre de “proposta e defesa da dignidade humana, independentemente da ideologia ou crença religiosa dos indivíduos, aliando o respeito com a coragem”.

O CDS apoia a defesa da vida

A sociedade civil deve assumir as suas responsabilidades, sublinhando posições que defendam a vida, em especial a dos mais vulneráveis. Nesse sentido, o CDS congratula-se com estas iniciativas e apoia, como sempre tem feito, a defesa da vida – incluindo a das crianças não nascidas – a bem de todos nós e do nosso país.


Nuno Oliveira Dias

Fonte: Zenit.org

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