terça-feira, 11 de agosto de 2009

Queixinhas...


Uma senhora, que por acaso é ministra da saúde, acusou ontem publicamente, portugueses, mães, crianças e outros de deliberadamente contribuírem para a propagação de uma doença contagiosa e potencialmente perigosa no país, neste caso a Gripe A.

Fiquei baralhado. Muito baralhado. O que espera a senhora que façamos? Que inteirados de alguma situação semelhante, diligenciemos nós próprios formas de justiça popular? E a apliquemos?

Mas afinal o estado, o qual a senhora representa ao mais alto nível, não é responsável por fazer cumprir a lei e ordem neste país. E, a ultima vez que vi, é crime o que estas pessoas, alegados cidadãos (de merda, diga-se) estão a fazer.

Então de que está o estado à espera? Sugiro que a próxima noticia que a senhora ministra dê sobre sobre este assunto tenha o titulo:

«Ministério publico indicia pessoas por propagação de doença contagiosa e potencialmente mortal em Portugal.»

Haja "cojones"... (neste caso, com uma senhora, não é aplicável no sentido lato da palavra).
De uma vez por todas, deixem esta postura tipo "Calimero" e façam aquilo para que foram eleitos.
Mostrem ao povo português, que para além de umas conferências de imprensa diárias, muito mais está a ser feito para zelar pela sua integridade. E pela dos nossos jovens. E pelos nossos idosos. E pelos nossos doentes. E por todos nós, afinal.

E não chega apenas ouvirmos o PGR dizer que será considerada a hipótese de investigar. Os culpados deviam já ter ouvido de um juiz as medidas de coação necessárias para evitar uma situação destas. Ou irão, depois da(s) pessoa(s) em causa estar(em) curada(s) e, depois de efectuarem uns quantos contágios deliberados e sabe Deus com que consequências para os infectados, querer mostrar que a justiça funciona? Tarde, como de costume em Portugal!
Sabem, de vez em quando um exemplo para mostrar aos outros prevaricadores não era mal feito. Digo eu!

Vejam lá, sim! Não vá aparecer-nos uma mãezinha revoltada pela frente... e pimba!

Nota: esqueci-me de dizer à senhora (a ministra) que não se trata de um "comportamento anti-social". É mesmo um crime, senhora ministra. Punivel com pena de 1 a 8 anos de prisão. "Tá a ver, rica? Há uma pequena e quase impercéptivel diferença...". Para que fique registado que eu a avisei.

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