quinta-feira, 14 de maio de 2009

Só não se sente...

Tinha prometido a mim mesmo que não responderia a determinado tipo de artigos que, parafraseando um distinto advogado de Braga, não têm ponta por onde se lhe peguem... pretendo cumprir essa promessa no plano do espaço onde esse suposto "jurista" logrou ofender a pessoa da qual discordou e não teve capacidade intelectual para desmentir. Aliás este é um aspecto que percebo perfeitamente porque reza o ditado que "contra factos não há argumentos". 
O que alta à vista são dois aspectos de relevância em duas perspectivas distintas a saber, a primeira no plano pessoal desse indivíduo "jurista", outro no plano político que é elucidativo das linhas que escrevi e que resultaram na avalanche raivosa e desmedida do tal indivíduo "jurista". A primeira questão de índole pessoal é de facto a fraca capacidade retórica de quem não sabe contrariar uma única linha e se limita apenas a agredir, bem como o eventual desconhecimento JURÍDICO do JURISTA que não sabe que em democracia há limites para a ofensa e agressão verbal. Para JURISTA sabe muito pouco de leis e das consequências da aplicação das mesmas. No plano político é revelador da veracidade da minha tese a circunstância de este JURISTA de varanda não conseguir, nem numa virgula, contrariar politicamente aquilo que foi dito no referido artigo... limita-se a agredir e ponto final. Uma coisa abona a seu favor, diz o povo que "só não se sente quem não é filho de boa gente". Este ilustre JURISTA desconhecedor das leis é de facto filho de boa gente porque, de facto, sentiu-se. 

13 comentários:

Salvador disse...

Que vergonha andarem a arrumar a casa nos jornais. Este tipo de comportamento só benificia uma pessoa: o Sr. Eng. MM. Mas se calhar até é essa a intenção... Continuo na minha.. a direita em Portugal é mesmo "trauliteira"

Ramiro Brito disse...

Meu caro Salvador, se calhar aquilo que faz falta tanto á direita quanto á esquerda são comentários e opiniões verdadeiramente livres e descomplexadas. O que escrevi ao longo dos anos nos jornais, tal como no tão polémico artigo, é fruto de reflexões e análises descomplexadas que têm vindo a fazer, quer quando era dirigente e militante activo do CDS, quer na condição mais afastada em que me encontro hoje. Fi-lo sempre quer para dentro como para fora, porque assim é que, na minha modesta opinião, deve ser a política...se não tivermos capacidade para sermos críticos para dentro, nunca teremos credibilidade para o ser para fora. São posturas, opiniões que...acredite, em nada me ENVERGONHAM. Quanto ao comentário sobre quem beneficia o Sr. Eng. MM, a história já pode falar por si sobre a minha posição nessa matéria...nem vale a pena comentar a insinuação.

Abraço

Paulo Novais disse...

Olá Salvador,

Tenho uma coisa a dizer-lhe. É bem vindo ao blog. Mas pelo menos troque os adjectivos. Tão a ficar gastos e banais. Se precisar eu posso dar-lhe mais algumas "cassetes" abandonadas no século passado pela esquerda utópica portuguesa. Pode ser que ouvindo-as lhe ocorram outros adjectivos. E já agora, ouvindo-as pode matar "saudades".
E não se preocupe com o facto de estas opiniões de uma direita verdadeiramente democrática poderem beneficiar a "Top Secret; Tabú; Talvez Improvável; Talvez Provável; Nem o Próprio Sabe" candidatura de M.M.
Porque com essa preocupamos-nos nós. Como aliás acontece há já mais de uma década.
Até é engraçado. Apareça. Gosto de ver a esquerda cá do burgo preocupada com o que pensam o resto dos Bracarenses.
E olhe que somos cada vez mais.

Paulo Novais disse...

Quanto ao artigo do Diário do Minho, do ju... do juris... atchim (perdão) que se alega defensor da honra do CDS/PP só tenho uma pergunta muito simples para lhe fazer:
- Por onde tem andado o senhor na última década, em que as anteriores comissões politicas concelhias de Braga do CDS/PP (as tais dos ressabiados esquizofrénicos) conseguiram a pulso com trabalho árduo e honesto, a visibilidade que o CDS/PP agora desfruta em Braga, ao ponto de poder decidir o resultado eleitoral em Braga e que alguns para... alguns paraquedi... atchim (perdão) agora tanto cobiçam?

Salvador disse...

Caros amigos

Obrigado pelo fraterno acolhimento no blog.
Peço desculpa pela falta de originalidade das insinuações.O post abaixo indicado já data de Janeiro corrente. Afinal não serei o único a pensar e a jogada é bem clara. Algum dos senhores consegue desmentir a verdade dos números e dos factos? Quem é o beneficiado directo da fractura da direita que alguns querem a todo o custo provocar?
Todos sabemos que o Sr. Eng. MM sabe fazer compras, não no seu próprio supermercado, mas no do vizinho.. e por sorte este ano parece ter apanhado o que queira em saldos...


http://bracarangustia.blogspot.com/2009/01/podemos-trocar-os-bs-pelos-vs-mas-honra.html

Paulo Novais disse...

Salvador. Então?

Em primeiro lugar devo dizer-lhe que sou amigo pessoal do Miguel Brito. E seu apoiante incondicional.
Apoio o Miguel Brito de olhos fechados no que quer que seja. Pois tenho a certeza que estou a apoiar uma pessoa com carácter, recta e honrada. Um democrata cristão. Um homem de direita.
Mas claro que isto não lhe diz nada, Salvador, porque também não me conhece e pelo seu ponto de vista, não passamos de "uns trauliteiros de direita".
Mas se lhe disser, que se sequer suspeitasse que o Miguel Brito fosse candidato à Câmara de Braga, sem que fosse por mérito próprio e, decididamente contra "qualquer" (e reforço QUALQUER) candidatura de esquerda nunca o apoiaria, talvez assim já perceba as minhas palavras. Claro que também não o crucificaria, pois a nossa amizade é mais forte que tudo isso, mas decididamente não o apoiaria.
Mas o Miguel Brito, posso garantir-lhe não é, neste momento, candidato a nada. Claro que nem ele nem quem com ele lutou ao longo destes anos,
gostou da forma vil, cobarde e reles como a actual concelhia do CDS/PP e a direcção nacional encontraram para finalmente tirarem estas pedras do sapato.
O ataque à sua dignidade pessoal, levantado falsos testemunhos, denegrindo a sua honra, colocando em causa a sua seriedade e a sua dedicação ao partido foi a única forma encontrada para o assalto
a possíveis lugares públicos, que há já muito tempo ambicionavam, mas cuja mediocridade nunca permitiu que alcançassem de outra forma que não fosse esta.
E claro que estas acções fizeram mossa. Não adianta negar. Mas daí a aceitar ser "pau mandado" do M.M., posso garantir-lhe que vai uma grande diferença. Não que o engenheiro não lhe agradasse. Tenho a certeza que sim.
Criar uma candidatura que de alguma forma, não fosse mais do que uma "vendetta" pessoal contra quem, por mérito próprio se suicidará não tarda nada, isso é ridículo.
Não posso, como é óbvio, falar em nome do Miguel Brito. Ele é senhor da sua vontade, é responsável pelos seus actos.
Afinal o que nos destinge, homens, do resto dos animais, é o facto de sermos racionais (bem alguns é só o facto de terem um polegar oponível, é verdade).

Agora, claro que muita gente sabe, que o Miguel Brito pode representar, talvez, até 2% de votos em Braga. E, a crer pelas últimas sondagens tornadas publicas isso podia ser um embaraço para muita gente, é verdade. A começar pelo CDS/PP. Por isso, meu caro, é ainda possível que venha a ouvir e ler muito mais sobre esta matéria.
Imagine que o M.M. resolve não ser o candidato do PS nas próximas autárquicas?
Bem... fiquemos por aqui, por agora.

Uma ultima nota, antes que me esqueça. A alegada fractura da direita a que se refere pode não significar que seja propriamente uma coisa má. Mas de qualquer forma, registo a preocupação de um homem de esquerda, que deposita na direita a esperança de derrotar, de uma vez e por todas, o Mesquita Machado.
Mais uma coisa em comum. Imagine...
;-)

Anónimo disse...

loool... Eu gostava de ter escrito o que Paulo escreveu agora.

Mas também compreendo o Salvador, neste ponto. O problema é que não se conhece uma ideia a esta gente, todos acham que atacá-los é atacar a coligação e o Ricardo Rio porque ninguém sabe onde andavam eles (e, sobretudo, niguém sabe a defender o quê, niguém sabe qual o balanço que fazem do mesquitismo, etc, etc, etc) antes de haver Juntos por Braga.

E até é estúpido que tenha que ser um puto que nem 30 anos tem a explicar estas coisas básicas. Mas, por favor, que o Salvador e outros não errem neste ponto: não há fracturas na direita, só há fracturas no CDS. E, a bem dizer, o CDS vale o quê? Disse, está dito.

Rui Moreira

Salvador disse...

Caros Paulo e Rui

Definitivamente há coisas que não compreendo na direita, pelo menos na vossa direita.
Uma delas é, sem dúvida, a sua falta de sentido democrático, 35 anos volvidos que são já sobre o 25 de Abril. Eu tenho um credo e esse reza-se pelo voto e justifica-se pelo exercício do mandato assim conquistado. Não sei nada das eleições no CDS mas dos resultados nunca dependem os Valores. Quem foi CDS deveria continuar a ser, seja o resultado favoravel ao nosso amigo ou nao... O que aqui leio soa a claro despeito perdedor. A luta nos partidos faz-se nos momentos proprios e passados estes, o derrotado, ou colabora para o fim que é comum a todos - pk tem de facto esses valores - ou entã cala-se, pela exacta mesma razão. O contrário disto é guerrilha de mau perdedor. O contrário disto é a demonstração clara que nunca se teve verdadeiro "amor à causa" e o que os ligava eram outros fios. Se as eleições não foram justas entao impugna-se. Se houve má-fé na disputa entao não se teve capacidade para convencer e demonstrar o contrário. Uma coisa para mim é certa: quando se perde a culpa nunca é de outro, é nossa sempre e é só nossa: é pk nao soubemos ganhar... todo o resto são só justificações, desculpas.
A segunda coisa que não compreendo na vossa direita, tem tudo a ver com a primeira: a personificação, o só ouvir a voz do dono, o confiar cegamente, o defender baseado no nada o líder, o nosso líder. O sentido crítico, não o justificativo e de guerrilha que falava ao inicio, mas o positivo e construtivo, é coisa que sempre faltou à direita Portuguesa. É ver que nenhum outro partido vive tão mal com o seu passado como o CDS... Parece que por ali só os une os homens e nunca os uniu as causas.
Nota final para um mal que é comum a todos os politicos medíocres: julgam-se donos do eleitorado, medem-se não pelo seu valor e pela causa que defendem mas por quantos votos têm no bolso e por quantos megabytes conseguem debitar. Está assim o Sr. Eng. MM neste momento. Parece tb estar assim o Miguel Brito. Aguardam para ver de que lado está o vento... neste momento não sao candidatos a nada....
É a postura de quem luta por si, pela sua sobrevivencia e não tem qualquer vocação para servir a causa publica.
E logo no CDS... não são vc que são sempre chamados ao martírio onde o sofrimento redime??

Rui Moreira disse...

Três ou quatro notas para o Salvador:

1. Esse "cimento" que o Salvador quer que una à força o partido ao indivíduo não é feito de Valores (com maísuclas, ainda por cima), mas de clubite! Ora, o meu clube de futebol é o Sporting e este primeiro ponto eu gostava que ficasse bem claro. Adianto ainda que na F1 torço sempre pela Ferrari, mesmo em jogos de computador. Na política já não sou assim.

2. Independentemente dos militantes que não puderam votar, das mentiras, das meias verdades, dos altos patrocínios da candidatura vencedora, dos objectivos e das miragens que estes teriam, num ponto estamos completamente de acordo (nos outros, se calhar, estamos mais do que o Salvador pensa, mas uma certa falta de informação cria uma neblina entre os dois pontos de vista): as eleições que perdemos, perdêmo-las por culpa própria. Ponto final, já não sei quantas vezes mais vou ter que repetir isto, mas não me canso de o dizer.

Quer que lhe diga mais? Acho que as teríamos perdido ainda que todos os militantes tivessem podido votar. Por isso, não me incomoda o facto de as eleições terem sido ganhas por outra lista, o que me incomoda é o "como" e o "para quê". Incomodar-me-ia ainda que tivéssemos ganho, mas assim incomoda mais.

3. Só por desconhecimento é que o Salvador pode falar de seguidismo em relação às pessoas que estiveram com Miguel Brito na lista que perdeu. Dessas, todas mantêm uma relação de amizade com o Miguel Brito. Dificilmente encontra mais de duas ou três com posições idênticas em relação a tudo o resto: uns ficaram no CDS a combater, outros a colaborar, outros ainda saíram; uns já disseram que apoiavam uma (eventual) lista independente. Em relação à relação com a Coligação Juntos por Braga as disparidades são ainda maiores. Mas informe-se e veja: todos assumiram o seu caminho. Quase todos os caminhos são diferentes.

4. Quanto à parte final do seu comentário, aqui estamos mesmo em desacordo: eu sempre pensei que os políticos medíocres eram os que NÃO MEDIAM o efeito das suas acções. Mas, para o Salvador, parece que são os que medem...

Um abraço,

Rui Moreira

Salvador disse...

Caro Rui

No último ponto discordamos mesmo. Mas acho que nenhum grande homem andava com fita métrica... pelo contrario, ousaram sempre!
Por isso é que a politica está como está e os politicos são como são... não são políticos mas matemáticos. Será a matemática dos Valores.

Rui Moreira disse...

Salvador:

A diferença entre um corajoso e um irresponsável é que o corajoso quando quando tem um acto de coragem tem noção... Que é como quem diz, mede primeiro... E a medição também conta para os "Valores": por exemplo, uma candidatura independente do Miguel Brito poderia ter sido, num determinado contexto, a que melhor traduziria os meus valores e a minha visão para a cidade; noutro contexto, não é.

Por isso tive o cuidado de escrever, já lá vão quase cinco meses, que não apoiaria quaquer projecto do meu amigo Miguel Brito que, directa ou indirectamente pudesse vir a traduzir-se numa ajuda à reeleição de Mesquita. Está lá, na Revista SIM, e que esperava que ele medisse bem as consequências dos seus actos. Lá está o pleno: matemática e valores. Porque os valores sozinhos, a pairar no ar, dão asneira... Por isso não, não estamos mesmo de acordo.

E digo-te ainda, com todo o respeito, que tu (permite-me que te trate por tu) não estás de acordo contigo próprio. Se os valores valem independentemente de uqalquer análise ao mundo exterior, então o Miguel devia candidatar-se. Não conheço niguém que mais se identifique com os valores dele do que... pois é, ele próprio!

E agora Salvador? É impressão minha ou a retórica fácil dos valores levou-te a um beco sem saída?

Um abraço,

Rui Moreira disse...

Ah, e já agora ó Salvador:

Trinta e Cinco anos depois do 25 de Abril, que raio de "sentido democrático" é esse que pretende inibir a minha liberdade de expressão só porque eu perdi umas eleições? Essa então é que eu não percebo mesmo...

Paulo Novais disse...

Salvador,

Eu tinha, depois do que li do Rui e de si, tanto para dizer. Mas seria enfadonho, porventura até repetitivo.
Por isso vou apenas e rapidamente, fazer dois ou três comentários ao que aqui foi dito.
Em primeiro lugar, quanto ao mau perder, estamos conversados. Eu, ao contrário do Rui que anda nestas lides há tempo suficiente para estar mais calejado, abomino o tipo de campanha que a actual concelhia fez para derrotar a lista encabeçada pelo Miguel Brito. Pode ser que em politica valha tudo. Mas não na politica que eu quero participar. Nem na do Miguel Brito.
Dai a confiança cega em pessoas com este carácter. Se isso é mau, bem, então sou eu que sairei a perder, não é?
Em segundo lugar, ao contrário da esquerda, na direita existe o hábito de as pessoas se expressarem livremente. Mesmo dentro dos partidos. Mesmo que suas ideias sejam até fracturantes com o partido. E não expulsamos os militantes do partido por isso, também isso ao contrário da esquerda.
Em terceiro lugar, quanto aos nossos valores morais que coloca em causa, terei o prazer de com algum tempo e algumas trocas de ideias aqui mesmo, lhe demonstrar verdadeiramente quais são. Esse será um prazer que espero vir a ter. Nem preciso que acredite neles. Apenas que veja que eles existem. É assim que gosto de estar na vida. De bem com a minha consciência, sejam quais forem as consequências.
Por último, na politica, como em tudo na vida, a matemática conta. E muito. Felizmente, por onde eu ando, os princípios morais e a honra estão primeiro. Mas a matemática conta. Desde a concepção do homem até à sua morte. Em tudo o que faça na vida. Por isso, não me envergonho de lhe dizer que também na politica é assim. E não adianta dizer o contrário.
Em nota final, devo dizer-lhe, meu caro Salvador, que já troquei mais ideias e opiniões nestes últimos dias consigo do que em seis meses que a actual concelhia do CDS/PP leva em funções. E devo acrescentar que o faço com visível prazer. O que já não diria dos atrás referidos. Porque para mim, nesta fase da minha vida ainda mais, as pessoas contam. E muito. E os valores que ostentam, a frontalidade das suas opiniões e acções, são realmente aquilo que define o Homem e a Vida. Este mundo carece de uma falta incalculável de valores. O Salvador, apesar de ser de outro quadrante politico totalmente oposto, merece até ao momento todo o meu respeito e consideração.
Agora, já "que não gosta", faça as suas contas.
:-D

Imaginem se não tenho dito que iria ser rápida esta minha intervenção. :-D