quinta-feira, 31 de março de 2011

Agora é caso para começar a ter medo!!!

Portugal marca leilão de dívida extraordinário para amanhã


Será que os portugueses ainda não perceberam? Que este governo tudo fará, até ser corrido nas próximas eleições, para adiar o recurso à ajuda externa com a entrada do FMI? Até delapidar definitivamente as contas publicas e a economia.

Fonte: Económico

Crise política é “golpe” de Sócrates para se vitimizar, diz António Barreto

«O sociólogo António Barreto afirmou que a demissão do Governo foi um “golpe” do primeiro-ministro José Sócrates para provocar eleições, vitimizar-se e que aumenta as dificuldades para Portugal se financiar nos mercados.

“Estamos a pedir em más condições, depois de um golpe de Sócrates que provocou eleições para tentar continuar no deslize e no agravamento em que estávamos”, afirmou Barreto, que preside à Fundação Francisco Manuel dos Santos, em declarações à agência Lusa, à margem do lançamento do livro de Vítor Bento, “Economia, Moral e Política”.

António Barreto acrescentou ainda que o momento atual do país “corresponde à ideia do primeiro-ministro, de provocar uma crise na qual ele possa, eventualmente, passar por vítima”.

O Presidente da República ouve hoje o Conselho de Estado, numa reunião que tem como único ponto "pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República", no quadro da crise política que se seguiu à demissão, há uma semana, do primeiro-ministro.

O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos acusou ainda José Sócrates de “caluniar” asentidades internacionais “a quem pede ajuda” e de “caluniar os credores” depois de pedir empréstimos.

“Esta duplicidade é um péssimo sinal para o exterior”, acrescentou António Barreto, referindo que, se Portugal tivesse pedido ajuda externa há mais de um ano, teria estado em melhores condições para o fazer, e em melhores condições para cumprir eventuais programas de reformas económicas.

Os juros exigidos pelos investidores no mercado secundário para deter títulos de dívida soberanaportuguesa a dois anos superaram hoje o preço da dívida a dez anos, pela primeira vez desde 2006.

A ‘yield’ (remuneração total) exigida no mercado para comprar dívida a dois anos atingiu os 8,17 por cento, acima dos 8,092 por cento cobrados pela dívida a 10 anos, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg.

“Agora estamos em situação praticamente desesperada”, disse ainda o sociólogo, que insistiu na necessidade de realizar uma auditoria às contas públicas.

“Se não se realizarem auditorias, há dois problemas. O primeiro é que damos mais um sinal negativo ao exterior, isto é, que temos algo a esconder. Em segundo lugar, perante o eleitorado português, perante os cidadãos, é um fator de deslealdade inadmissível”, concluiu António Barreto.»


in: http://www.ionline.pt; http://www.publico.pt

1,3%

Da série "O Inginheiro" mente mais do que o Pinóquio

INE corrige o défice de 2010 para 8,6% do PIB, ao contrário dos 7,3% anunciados, e anunciados, e anunciados, e anunciados, e anunciados... duas horas depois... pelo primeiro ministro do ex-(des)governo socialista.
É que eles pensavam que ninguém sabia do BPN e BPP.

Mas a minha pergunta é só uma: que terá feito agora a oposição ao governo para também ser a culpada de mais esta mentira descarada?


E, imagine-se, logo após o anuncio da INE, o juro da divida publica atingiu novos máximos históricos. Desta vez, tanto Pedro Passos Coelho, como Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã pisaram o risco! Não se faz!

Aguardamos a intervenção dos do costume!

Fonte: JN

«É que os teatros gregos estão abertos para a paisagem, mas não estão escancarados, é muito subtil e bonito».

Estamos sobre uma das palas do Estádio Municipal de Braga, a 45 metros do chão. Uma funcionária do estádio abre um alçapão para descermos ao corredor técnico: é total a sensação de vertigem sem o betão da pala debaixo do pés. Mas os vestígios da pedreira original, onde o arquitecto Eduardo Souto Moura começou a escavar o estádio há quatro anos, ainda estão uns bons metros acima.

Olhamos para o granito mais negro e tentamos ver a Grécia Antiga ou as ruínas incas de Machu Pichu, no Peru, que o inspiraram. É sempre difícil chegar aos momentos fundadores, mas o resultado é considerado uma das obras-primas da arquitectura dos últimos anos.

No seu escritório junto à foz do Porto, Souto Moura conta a história desta arquitectura que teve a ambição de transformar a geografia dos arredores de Braga, numa entrevista feita a propósito do Prémio Secil de Arquitectura 2003, que hoje será entregue pelo Presidente da República, às 18h30, no Palácio de Xabregas, em Lisboa.

O prémio atribuído pela cimenteira tem o valor de 50 mil euros e é considerado a maior distinção nacional na área da arquitectura.

Quando chegou à pedreira, qual foi a primeira ideia que lhe ocorreu para fazer o estádio?
Quando subi ao cimo do monte para tirar fotografias à implantação original do estádio, vi aquela pedreira muito bonita e a paisagem com os montes ao fundo, que são os contrafortes do Gerês. O enquadramento parecia a Grécia - claro que mais estragado!
Equacionei e disse: "Se isto fosse por aqui abaixo, fazia-se um anfiteatro como os gregos."
Como não percebia nada de futebol e de estádios, achei que aquela pedreira dava os assentos para as pessoas.

Mas pensou mesmo em desenhar os assentos na pedra, escavá-los, como na Antiguidade Clássica?
Essa era a minha ideia. Cheguei a perguntar à Federação Internacional de Futebol (FIFA) e à União Europeia de Futebol (UEFA) se podia fazer bancos em pedra ou em betão. Eles disseram que podia, mas que a responsabilidade era minha se um dia alguém levantasse o assento e o atirasse a outra pessoa.

Quando é que desistiu? Logo?
Não. Desisti quando chegou o programa. Tinha a ideia ingénua de que um estádio é um rectângulo verde com pessoas sentadas a ver um jogo. Um estádio para um campeonato europeu tem que ter sala para 1200 jornalistas, restaurantes, sala VIP, bancada VIP, dezenas de quartos de banho e bares.
Percebi que o programa era muito complexo, uma máquina que tinha que funcionar, cheia de infra-estruturas. A partir daí a bancada veio à frente. Nesse intervalo, consegui meter os equipamentos todos. Mas foi o programa que me levou a dizer que não era viável.


A "brincadeira" que fizeram a Souto Moura

A simplicidade do Homem parece corresponder à simplicidade da sua obra. Normalmente é assim, como diz a velha máxima francesa: "Le style c'est l'homme". O estilo é o homem. A reacção de Souto Moura, anteontem, aos jornais DN e JN, "telefonaram-me, e pensei que não passava de uma brincadeira", releva a personalidade de um personagem que, nestes dias de tanta angústia lusitana, leva Portugal às bocas do Mundo.

Não conheço pessoalmente Souto Moura. Exprime nas obras que conheço, Centro de Arte Contemporânea de Bragança, Ponte das Barcas (Porto), Estádio do Sporting de Braga, formas simples, falantes, cativantes. Não tenho capacidade para discernir a valia da sua obra. Simplesmente, gosto, atrai-me, impõe-se. E, sobretudo, sei que receber tal galardão, o prémio Pritzker, qual Nobel da Arquitectura, não é brincadeira nenhuma. Um outro monstro da arquitectura mundial, o português Siza Vieira, Pritzker (1992), teve esta apreciação sobre esta distinção atribuída a Souto Moura: "Era um prémio inevitável" (Público, 29.03.11).

Mas, este prémio conferido a Souto Moura pela Fundação Hyatt (EUA), tem outras leituras. Num país que atravessa neste período da sua história, provavelmente, o mais baixo nível de motivação, esta distinção atribuída a Souto Moura, à Arquitectura portuguesa e à Escola de Arquitectura do Porto, é um indicador das capacidades subsumidas num povo que tem talento e arte desperdiçadas a rodos pela repetida conduta de desaproveitamento, caldeada em hábitos de vida improvisada e fácil. Fujo de só responsabilizar os nossos políticos e governantes (não é que estes não tenham graves e grandes responsabilidades) pelas desgraças que nos vão batendo à porta. Se quisermos ser profundamente sérios, teremos de ser mais austeros e castigadores para os desleixos, desmazelos, e não estar sempre a empurrar para os outros culpas e responsabilidades que são nossas.

O triunfo de Souto Moura é um estímulo. Entre aqueles que, hoje, engrossam a dita "geração à rasca" muitos são jovens arquitectos. É um curso apetecível, mas difícil de lá chegar. Basta ver as médias altas para conseguir entrar numa faculdade e para depois arranjar trabalho. Em muitos outros campos da ciência e das actividades nos diferentes sectores profissionais, nas áreas da engenharia, da informática, da biologia, das ciências sociais há portugueses a vencerem mérito e consagração.

A vitória de Souto Moura não paga a dívida soberana. Mas sugestiona o desejo de recobrarmos forças para vencer as agências de "rating" e seus informadores albergados em solo nacional.

Paquete de Oliveira
http://www.jn.pt/Opiniao/

Esperança no crescimento

Quando o leitor acabar de ler esta edição do i, a dívida portuguesa terá engordado pelo menos 2 milhões de euros - é esta a proporção de crescimento da nossa dívida a cada hora que passa.

Este número deveria ter sido suficiente para, há muito tempo, José Sócrates ter accionado os alarmes de incêndio no Terreiro do Paço. Agora é tarde. A casa arde. E continuamos a deitar gasolina para a fogueira, emitindo dívida que, por sua vez, só paga dívida. Um ciclo sem fim à vista. E porquê? Porque temos vivido obcecados com os números do défice. Ao mesmo tempo, ignoramos olimpicamente os dois maiores problemas da economia portuguesa: a receita para o pagamento da dívida e a fórmula para o crescimento.

Gravemos na nossa memória colectiva o que nos trouxe até aqui para não voltarmos a repetir os mesmos erros. Mas passemos isso. Passemos para a discussão das alternativas que podem verdadeiramente mobilizar os portugueses. Com medidas, metas e objectivos concretos. É isso que nos últimos meses temos vindo a fazer.

Pagar o que devemos. Estado, empresas e particulares. Ninguém é inocente: o país está sentado em cima de uma enorme pilha de dívida ao estrangeiro. A solução passa por cada um de nós, moderando os padrões de consumo, e pelo Estado em particular. Provavelmente teremos de alienar activos. Mas o maior desafio que se coloca ao próximo governo radica na apresentação de um programa detalhado de eliminação das gorduras do Estado. E que o bisturi não tenha parcimónia quando tocar nas empresas públicas, institutos e demais, todos responsáveis pelo consumo de recursos de forma inútil. Medidas como estas promovem a recuperação económica, mesmo no curto prazo, ao contrário daquilo que aconteceria se não fossem tomadas. Idealmente, chegaremos a um ponto em que, com a cura de emagrecimento feita, já não teremos gordura para eliminar, embora continuemos a sentir a pressão para reduzir a estrutura de custos. Nesse momento, a maior fatia da nossa poupança estará assente na inovação.

A inovação e a criatividade são dois dos mais potentes motores de crescimento. Mas há mais. Centro-me apenas em dois factores historicamente relevantes, mas esquecidos: território e pessoas.

Crescer, crescer, crescer. É esta a prioridade do próximo governo. Porque só a crescer poderemos gerar empregos, criar riqueza, salvaguardar os mais desfavorecidos e pagar dívidas. Nos próximo anos, Portugal pode crescer do ponto de vista físico. As pretensões portuguesas de extensão da plataforma marítima continental continuam a ser analisadas pelas Nações Unidas e, sendo aceites, colocarão Portugal numa esquina histórica. A forma como a dobrarmos será decisiva para o nosso futuro colectivo. E não me refiro apenas às inesgotáveis cadeias de valor criadas pelo hipercluster do mar. Falo de renovação de identidade atlântica; falo de peso político e geoestratégico no mundo.

Por outro lado, temos um mercado curto, com uma população activa curta e uma pirâmide demográfica insustentável. Precisamos, por isso, de captar e fixar pessoas através das políticas certas. Precisamos de pessoas que tragam talento, criem valor e alarguem o mercado. Que contribuam para um país mais enérgico e justo. Por tudo isto, acredito que há espaço para a esperança.


por Carlos Carreiras,
Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro
Publicado no "i" em 30 de Março de 2011

“A actual situação é o resultado de erros de condução política”

Vítor Bento culpou hoje o poder político pela crise económica actual. “A situação a que chegamos é o resultado de erros de condução política”, disse o presidente da SIBS, acrescentando que, no entanto “outra actuação não teria sido possível num quadro democrático”.


O actual Conselheiro de Estado garantiu que não se estava a referir em ninguém em particular e preferiu não comentar a actual crise política, invocando o Conselho de Estado de amanhã.
Vítor Bento falava na apresentação do seu livro "Economia, Moral e Política", na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.


Para o professor de Economia, “escrever livros é uma forma de organização de pensamentos”. Vitor Bento juntou no mesmo livro três conceitos, os quais considera terem a mesma raiz: a Economia, a Política e a Moral. "A moralidade passa por fazer escolhas segundo um quadro de valores. A economia, tal como a política, tem a ver com escolhas tomadas e, por isso, funciona em cima de uma moralidade social".

por Marta Cerqueira,
Publicado no "i" em 30 de Março de 2011

Cavaco abre caminho com Dilma

Segundo fontes diplomáticas, contactadas pelo DN, nem o facto de Dilma ter regressado mais cedo a Brasília, devido à morte do antigo número dois do Governo de Lula da Silva, impediu os dois chefes de Estado de manter uma conversa aprofundada sobre várias matérias relacionadas com as relações bilaterais, mas também com a crise financeira actual. Sobretudo em Coimbra, hoje de manhã, quando ficaram lado a lado enquanto decorria a cerimónia honoris causa de Lula. Mas também na noite anterior, quando o Presidente português ligou à sua homóloga assim que soube da morte de José Alencar.

Formados ambos em economia, Cavaco e Dilma têm pela frente dois mandatos paralelos, que obrigarão a forte relacionamento entre Belém e o Planalto. Em aberto, para já, ficou a hipótese de o Governo do Brasil, com o apoio do banco central, comprar dívida portuguesa, ajudando a superar os pagamentos de Abril e Junho de nove mil milhões, aproximadamente. Mas também ao nível empresarial há matérias importantes pendentes, desde logo uma possível - e não afastada por Dilma - participação da Petrobrás na Galp, que procura parceiro para substituir os italianos da ENI.

De Coimbra - onde foi aplaudida, juntamente com Cavaco (embora nem tanto o primeiro-ministro, também presente) - Dilma saiu directa para Brasília, encurtando uma visita que esteve prevista para mais de dois dias.

por David Dinis,
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1819135

Ilusão e realidade

Depois de ter deliberadamente provocado uma crise política, Sócrates apresentou-se ao País com o discurso do "eu ou o caos". Ao chefe do Governo convém eleições o mais rapidamente possível. Ele sabe que, à medida que o tempo passa e que as dificuldades das pessoas vão crescendo, diminuem as probabilidades de recuperar os votos perdidos - e já está naquela fase em que perde muitos votos diariamente. Com esse objetivo, Sócrates não hesitou em passar por cima de toda a gente, qual rolo compressor descontrolado. Humilhou o Presidente da República e o Parlamento, gozou com o PSD e ignorou, olimpicamente, a restante oposição. Mas não só. Teve a suprema desfaçatez de não dar cavaco ao seu próprio Governo (palpite: talvez só mesmo a gente imprescindível como Teixeira dos Santos e de absoluta confiança como Silva Pereira e Santos Silva) e, acima de tudo, de não informar os portugueses, ou seja, os visados pelas medidas extremas que prometeu a Bruxelas.

Se, ao contrário do que diz, o primeiro-ministro quisesse evitar uma crise política, teria justamente feito o inverso do que fez. Teria tomado os portugueses por gente crescida e de bom senso e, antes de ir a Bruxelas, dir-lhes-ia o que estava a acontecer: as exigências dos nossos parceiros comunitários em troca do acesso ao novo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, os prós e os contras de tais exigências, as ações a empreender por ele próprio e pelo Governo para conseguir o apoio de outras forças políticas. E, sobretudo, tentaria unir e envolver toda a gente num momento de extrema gravidade para o País. Porque a verdade é que estamos à beira da bancarrota, não há que escamotear a situação como Sócrates faz, ao apregoar que Portugal não precisa da ajuda de ninguém. Infelizmente, já estamos há meses a ser "sustentados" pelo Banco Central Europeu e, à medida que o tempo passa e que o nosso saldo negativo se agiganta, vai-se afundando a soberania nacional. É por isso que Merkel & Cia impõem agora o 4.° PEC e amanhã o 5.° e depois o 6.°... Neste momento, já não somos senhores do nosso destino coletivo.

No meio da angústia e do desespero de tantos portugueses, as manifestações promovidas por jovens que se autodenominam "geração à rasca" foram uma lufada de ar fresco que varreu o País. Sem enquadramento político, eles mostraram que não são apolíticos ou contra a política, ainda que legitimamente possam não respeitar "estes" políticos. Sem meios, foram capazes de mobilizar todas as gerações, todos os credos ideológicos e diferentes classes sociais. Sem medo, resistiram aos anátemas que lhes foram sendo lançados por muitos setores do sistema político-mediático, que detesta os intrusos, sobretudo quando estes escapam aos quadros mentais em que costumam encaixar os seus cenários. Mais do que mostrarem estar contra o Governo ou contra o que quer que seja, os jovens provaram que há por aí muito boa energia à solta, a reclamar, com naturalidade, ser parte da solução dos problemas que nos afetam a todos enquanto povo.

É isto que Sócrates não entende. Precisamos de soluções e não de jogadas políticas traçadas a régua e esquadro. A política tem o seu quê de artístico, na medida em que os seus protagonistas são capazes de nos despertar sentimentos tão avassaladores quanto o desempenho dos verdadeiros atores, numa peça genial. Mas este não é o tempo da ilusão, porque a realidade impõe-se à vaidade dos pequenos egos e à soberba dos homens providenciais.

Áurea Sampaio,
http://aeiou.visao.pt/ilusao-e-realidade=f594612
17 de Março de 2011

Já não me lembro de ver um político de qualidade no PS... mas, felizmente, ainda há!

Ferro Rodrigues volta para Portugal

O ex-secretário-geral do PS e ex-ministro do Trabalho e Solidariedade Ferro Rodrigues deverá regressar este ano para Portugal, segundo disse à VISÃO.

Actual embaixador de Portugal junto da OCDE, em Paris, não descarta a hipótese de voltar à política nacional. Mas sobre isso limita-se a responder: "Isso não depende só de mim".

http://aeiou.visao.pt/ 30.3.2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

O ABC do Governo Sócrates por nuestros hermanos

El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos europeos y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos diciendo que que el país puede superar sus problemas con sus propias fuerzas. Después de ser derrotado en el Parlamento ha presentado su dimisión y ha lanzado a su partido, el socialista, de frente y a toda velocidad contra la oposición liberal-conservadora, esperando que en el último momento un volantazo de buena suerte le permita dar la vuelta a las encuestas y regresar victorioso.

En la última cumbre europea de Bruselas, este viernes, sorprendió a muchos cuando se dedicó a saludar estrechando la mano a todos los periodistas antes de sentarse a explicar su versión de lo que había sucedido en el Consejo. Dada su proverbial fama de antipático, el gesto podía interpretarse como una especie de despedida, teniendo en cuenta que para la próxima cumbre es posible que las elecciones le hayan devuelto a la oposición. «Puede tener usted la seguridad de que no me estoy despidiendo» aclararía después, «aunque estoy seguro de que en su periódico es lo que están deseando». Sócrates no solo conoce perfectamente todo lo que se dice sobre él en los diarios de Lisboa (y por lo que se ve también de algunos de Madrid) sino que está convencido de que gran parte de sus problemas vienen del hecho de que no siempre cuentan las cosas del modo que más le gustaría. En la misma comparecencia atacó sin mucho disimulo las preguntas incómodas, a pesar de que coincidían con la opinión que estaban expresando los demás jefes de Gobierno en salas contiguas: «lo que causa la especulación son preguntas como las que me están haciendo. Portugal no necesita ninguna ayuda y si lo que se quiere es parar los movimientos especulativos, es infantil creer que eso sucederá si pedimos ayuda».

Portugal deberá hacer frente al vencimiento de una serie de paquetes de deuda por valor de 9.000 millones de euros en los próximos tres meses, en plena campaña electoral, forzada precisamente porque Sócrates no logró que el Parlamento aprobase el plan de recortes de gastos que había pactado con las instituciones comunitarias. Desde que el líder socialista es primer ministro, la deuda del país ha ido aumentando de forma vertiginosa. Solo en 2010 tuvo que pedir 51.000 millones de euros, un treinta por ciento más que el año anterior, y un 50 por ciento más que el precedente. Los intereses que tiene que pagar por los nuevos préstamos son cada vez más altos y las últimas subastas han estado rozando —por arriba—l 8 por ciento de interés. Sin embargo, Sócrates asegura que tiene dinero para pagar estas obligaciones, cuya amortización rebajaría sustancialmente la presión financiera sobre el país.

Para creer a Sócrates hay que hacer abstracción de las partes más importantes de su biografía. No solo que empezase su carrera política como fundador de las juventudes del Partido Social Demócrata (conservador), sino porque, ya militante socialista, su escasa carrera privada en el sector de la construcción en los años 80 fue una de las más desastrosas de la época. Tuvo que retirarse porque el ayuntamiento de la ciudad de Guarda, para el que trabajaba, lo destituyó por unanimidad antes de que lle lloviesen las demandas por la escasa calidad e sus proyectos. Su escandalosa manera de hacerse con una licenciatura como ingeniero teniendo en cuenta que cuatro de las cinco asignaturas las impartía un profesor al que luego otorgó un cargo importante en el Gobierno y la quinta el propio rector de una universidad privada de Lisboa que acabó siendo cerrada precisamente por el cúmulo de irregularidades que aparecieron al investigar el escándalo, o que algunos de los pocos exámenes que constan en su expediente los enviaase por fax desde el despacho de primer ministro o que el título lleve fecha de expedición en un domingo, no le impidió aparecer en televisión defendiendo su honorabilidad y acusando a sus adversarios de inventarse un plan para perjudicarlo.

Sin embargo, de lo que ahora se trata es de dinero. De mucho dinero y de la posible quiebra de todo un país. El presidente del Eurogrupo, el luxemburgués, Jean Claude Juncker, ya le tiene hechas las cuentas a Sócrates y asegura que necesita un plan de rescate de más de 70.000 millones de euros para garantizar el pago de una deuda que, por cierto, está sobre todo en manos de bancos españoles. Es imposible que no hayan hablado de esto en la reunión que Sócrates mantuvo el jueves con la canciller Ángela Merkel, que es finalmente la que tiene las llaves de la caja del mecanismo de ayuda finmanciera, pero Sócrates no quiso desvelar el contenido de la conversación: «me va a permitir que dejemos el contenido de esa entrevista en el ámbito privado entre la canciller Merkel y yo mismo». Al menos esta vez a Merkel no le ha pasado como al líder de la oposición de Portugal, el conservador Pedro Passos Coelho, que después de unas experiencias espinosas con el aún primer ministro ha acabado por advertir que no se volverá a reunir con Sócrates «si no es en presencia de testigos».

A primeira queda de Sócrates

«O eng.º José Sócrates resolveu não assistir ao debate de quarta- feira na Assembleia da República. Saiu no princípio e não voltou. O desprezo do primeiro-ministro pela Assembleia da República, que representa constitucionalmente o povo português e de que ele ainda por cima depende, revela o homem. Sócrates nunca foi, nem nunca será um democrata, é um autocrata. Um autocrata incapaz de sofrer a humilhação de ser rejeitado e afastado em público por gente que ele considera inferior. Até numa altura crucial para ele e para o país (já para não falar no PS), a vaidade apagou o respeito pela instituição e pelos mais básicos deveres do cargo que ele exerce. Quem não hesita em fazer uma coisa daquelas não tem com certeza, em privado, princípios que nos possam tranquilizar. Como, de resto, se já constatou.

«Verdade que o debate sobre o PEC IV envergonharia qualquer parlamento. Quem assistiu à cena na televisão sabe que tudo aquilo não passou de uma acumulação quase delirante de pequenos comícios: discursos que se repetiam até à náusea e para lá da náusea, insultos, slogans, chantagem e por aí fora, sempre no mesmo tom arruaceiro ou ameaçador. Argumentos, nem um. A Assembleia acabou por se tornar um bom exemplo do que por aí se chama "crispação". Cada seita era uma espécie de ilha, concentrada no seu ódio ao próximo e decidida a não ouvir ninguém. A extrema-esquerda e o PS queriam desacreditar o PSD, o PS queria desacreditar o PSD e a extrema-esquerda e, naquela balbúrdia, só havia uma lógica: a raiva universal ao eng.º Sócrates.

«Em dois séculos de governo representativo em Portugal, um único político conseguiu suscitar a profunda aversão que hoje suscita o primeiro-ministro: António Bernardo Costa Cabral, que deu o seu nome ao "cabralismo". É interessante pensar no que (em resumo) um dia lhe disse Fontes Pereira de Melo: "A sua presença (no governo) não ajuda o país, porque o senhor é o problema." Manuela Ferreira Leite, com outros cuidados verbais, não ficou longe de Fontes, quando explicou o voto do PSD. E, se calhar, não se enganou. A remoção definitiva de Cabral trouxe a Portugal um certo sossego. A remoção definitiva de Sócrates talvez também acalmasse as coisas. Mas, para nossa desgraça, Sócrates continua, e continuará, secretário-geral do PS e não tenciona, nem de longe, ficar quieto. Esta história ainda não chegou ao fim.»

Vasco Pulido Valente
Público 2011-03-25

Desculpem! Não resisti.



Não sou eu que digo. Nem os portugueses. É a imagem no exterior de José Socrates S

Para quem está tão preocupado com a opinião dos mercados, dos investidores, das agências de rating, dos parceiros da União Europeia, do BCE, o actual primeiro ministro não se preocupa muito com a opinião que têm dele no exterior. No jornal espanhol ABC, na secção de economia, vem traçado um perfil de José Sócrates. Nada de estranho, não fosse começar assim:
«El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan».
Autchhh...


Leia aqui o artigo.

Desta vez não são os portugueses!

Fontes: Cachimbo de Magrite, ABC

Avaliação de professores

Carta aberta à Srª. Ministra da Educação

Foi com alguma incredulidade que lemos as suas declarações à imprensa, depois de a Assembleia da República ter aprovado a revogação do actual modelo da avaliação dos professores e aberto o caminho para o estabelecimento de um sistema de avaliação credível, justo e eficaz.

Classificar como precipitada a decisão do parlamento revela grande insensibilidade face às preocupações manifestadas pela grande maioria da classe docente. Os deputados foram tudo menos precipitados. Até se poderia dizer que demoraram algum tempo a reagir às tomadas de posição aprovadas em centenas de escolas de norte a sul, aos muitos milhares de professores que subscreveram petições e abaixo-assinados, às posições dos directores escolares, dos sindicatos, dos movimentos e dos blogues de professores, às concentrações e manifestações de docentes, etc., etc.

Os deputados interpretaram correctamente o sentir de quem nas escolas, em condições tantas vezes adversas, diariamente dá o litro para formar os novos cidadãos. É justo dizer que a decisão que a Assembleia da República tomou no passado dia 25 honra todos aqueles que a votaram favoravelmente. Foi um acto que só dignifica o trabalho parlamentar, porque demonstrou que os representantes da nação - quaisquer que tenham sido as suas anteriores posições nesta matéria - não são insensíveis aos argumentos dos cidadãos e, ainda a tempo, souberam tomar a decisão mais correcta e sensata, mesmo correndo o risco de ser alvo de ataques destemperados.

Ao invés, a Senhora Ministra - apesar de já ter sido professora e até dirigente sindical - não foi capaz de fazer a "avaliação" do seu modelo de avaliação. Mas tinha a obrigação de saber que o modelo agora revogado não contribuiu em nada para a melhoria da qualidade do trabalho dos professores e que só representava um encargo inútil, desviando os professores do trabalho com os alunos (o único que é produtivo), ao mesmo tempo que criava nas escolas um ambiente verdadeiramente irrespirável, tal era a conflitualidade que esta avaliação inter-pares gerava.

E, perdoe-nos, mas vir falar agora de questões de constitucionalidade, além de revelar mau perder, é acordar demasiado tarde para a defesa do primado da lei. Já foi amplamente demonstrado que o modelo agora revogado estava repleto de disposições que desrespeitavam os princípios da justiça, da imparcialidade e da transparência, legal e constitucionalmente consagrados. Apenas três exemplos, entre muitos possíveis: colocava na situação de avaliadores e de avaliados professores que pertencem à mesma escola e que são concorrentes aos mesmos escalões da carreira; punha o mesmo grupo de pessoas a decidir a classificação dos colegas, mas também a reclamação e o recurso dessa classificação; impedia que fossem tornadas públicas as classificações obtidas pelos professores da mesma escola.

E poderá a Senhora Ministra afirmar, com conhecimento de causa, que esta avaliação estava assente na "cultura que do esforço vem a qualidade"?
Se cada escola dividiu a bel-prazer os seus professores em avaliadores e avaliados, dada a flexibilidade proporcionada pela legislação. Nuns casos, valorizou-se o posicionamento na carreira; noutros, os professores votaram para escolher os relatores; noutros ainda, foi a qualificação académica que prevaleceu; ainda noutros, apenas as simpatias e antipatias; finalmente, em muitas situações, uma salada russa de todos estes "critérios". Resultado: docentes de escalões elevados a ser avaliados por professores com posicionamento na carreira muito inferior, bacharéis a avaliar licenciados e mestres, coordenadores de disciplina a ser avaliados pelos seus coordenados e uma infinidade de outras situações não menos anómalas e nada dignas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Neste momento Sócrates mente ao país em directo. Outra vez.


José Sócrates fala às 19 horas

Avaliação de Portugal está um nível acima de "lixo"


No segundo corte em menos de uma semana, a agência de "rating" desceu a avaliação de Portugal de BBB/A-2 para BBB-/A-3, notação considerada como o nível acima de "junk" (lixo).

E chegamos a esta avaliação da credibilidade, mais uma vez, devido à "crise politica" dos últimos 15 dias, causada pela "oposição" ao PS, claro!!

1,4% - Afinal já tinha até reserva há uns meses!!

Banco de Portugal prevê recessão de 1,4%


E chegamos a este número, mais uma vez, devido à "crise politica" dos últimos 15 dias, causada pela "oposição" ao PS, claro!!

9,02% - FMI à comprou passagem!

Dívida: juros a cinco anos atingem 9,02%

E chegamos a este número devido à "crise politica" dos últimos 15 dias, causada pela "oposição" ao PS, claro!!

Estudos que justificam procura do TGV são "empolados"

Da série "O Inginheiro" mente mais do que o Pinóquio


Segundo os números que o governo de Sócrates apresenta publicamente para justificar aquela que será a obra que conduzirá à "missa de corpo presente" da economia portuguesa, o TGV entre Lisboa Madrid será algo como a imagem exemplifica.

No entanto, Avelino Jesus, que se demitiu do grupo de trabalho que reavaliava as parcerias público-privadas, diz que os estudos "são elaborados para justificar projectos" e a expectativa da procura por projectos como o TGV é "empolada".

Ainda segundo os estudos, que dizem que no primeiro ano da operação do TGV Lisboa-Madrid  a procura será de 4,7 milhões de passageiros, dizem também que nos seis ou sete subsequentes a procura deverá atingir os 10 milhões de passageiros. Ou seja, em 10 anos, o equivalente à população portuguesa terá viajado entre Lisboa e Madrid de TGV.

Ainda também Avelino Jesus, «Este tipo de diferenças encontramos sistematicamente não só em Portugal nos lançamentos do TGV. Os estudos são elaborados para justificar projectos. São empolados nesta ordem de grandeza e são radicalmente diferentes do esperado».

E assim funciona o governo socialista este país quase até à banca rota.

Fonte: Negócios Online

Chá de jasmin

Primeiro-ministro sírio deverá demitir-se hoje

“O Governo deverá apresentar a sua demissão hoje e um novo executivo será formado nas 24 horas seguintes”, afirmou o responsável, que quis manter o anonimato.

A medida surge na sequência de duas semanas de uma contestação sem precedentes ao regime, com manifestações em várias cidades do país, e que segundo os contestatários resultaram na morte de 130 pessoas (cerca de 30, de acordo com as fontes oficiais).

O Presidente Assad, no poder desde 2000, deverá anunciar em breve uma série de medidas destinadas a liberalizar o regime em vigor há cinco décadas: levantamento do estado de emergência que priva os cidadãos da maioria das liberdades públicas, libertações de presos políticos, um aumento imediato dos salários dos funcionários e medidas anti-corrupção. Tudo reformas que, segundo o vice-presidente Farouq al-Shara, irão “agradar o povo sírio”.

Bispos paquistaneses pedem reconhecimento do martírio de Bhatti

MULTAN, segunda-feira, 28 de março de 2011 (ZENIT.org) - A Conferência Episcopal do Paquistão, reunida em assembleia de 20 a 25 de março, em Multan, decidiu transmitir formalmente à Santa Sé o pedido para proclamar Shahbaz Bhatti, ministro das minorias no país, assassinado em 2 de março, como "mártir e padroeiro da liberdade religiosa".

Segundo a agência missionária da Santa Sé, ‘Fides', no final da reunião do episcopado, a petição foi apresentada pelo bispo de Multan, Dom Andrew Francis, delegado para o Diálogo Inter-Religioso, e foi aprovada por unanimidade pelos bispos, que prestaram homenagem a Bhatti, reconhecendo seu trabalho a favor das minorias religiosas e dos cristãos.

Os prelados recordaram seu testemunho de fé, que o levou a dar a vida por sua missão.
Na segunda semana de abril, os bispos e os fiéis católicos se reunirão em Islamabade, para comemorar Bhatti, 40 dias após sua morte.

Bhatti, que nasceu em Lahore, em 1968, proeminente figura católica no Paquistão, foi assassinado por militantes islâmicos devido à sua oposição à lei de blasfêmia e sua defesa da Asia Bibi.

Seu assassinato, perpetrado por militantes do ‘Tehrik-i-Taliban', foi precedido por cinco ‘fatwas' que pediam sua morte e por ameaças de decapitação por telefone.

Tais ameaças não o amedrontaram nem calaram: "A lei sobre a blasfêmia é um instrumento de violência contra as minorias, especialmente contra os cristãos"; "isso pode me custar a vida, mas vou continuar trabalhando para modificar uma lei usada para resolver questões pessoais".

A assembleia dos bispos expressou profunda preocupação pela morte de dois cristãos assassinados em Hyderabad e por um recente episódio de queima do Alcorão nos Estados Unidos, que teve um grave impacto na opinião pública do Paquistão.

Pobreza agravou-se em 2010

2010 foi o pior ano em termos de pobreza em Portugal, revela um comunicado da Assistência Médica Internacional (AMI). Ana Martins, directora de acção social da AMI, diz que os pedidos de apoio aumentaram 24% em relação ao ano anterior.

“Estamos a fala de um aumento de três mil pedidos em 2010 face a 200”, diz Ana Martins. As zonas mais atingidas pela pobreza são sobretudo os grandes centros urbanos em Lisboa e no Porto.

A maioria das pessoas (69%) que recorre aos centros sociais da AMI está em idade activa entre os 16 e os 65 anos, que “podiam estar – mas não estão – a trabalhar”.

Nesta situação encontram-se muitas mulheres desempregadas, mas também está a aumentar o número dos sem abrigo que recorre à Assistência Médica Internacional.

Em 2010, mais de 1.800 pessoas bateram à porta da AMI a pedir ajuda, 700 das quais pela primeira vez, o que representa um aumento de 12%.

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=148665

PRITZKER

Eduardo Souto de Moura foi distinguido com o prémio Pritzker 2011, o maior galardão mundial na área da arquitectura, considerado o Prémio Nobel da área. Esta é a segunda vez que um arquitecto português vence este galardão.

“Era mais do que justo e é uma grande alegria. A sua obra é de um grande rigor, de uma grande exigência. Não conheço nenhuma obra descuidada. Há sempre grande atenção à inserção de cada obra que faz. Não são peças isoladas e fazem parte de um tecido. É uma arquitectura que tem passado e anúncios de futuro.”
Siza Vieira, arquitecto, Prémio Pritzker 1992

"É um momento magnífico e absolutamente justo. A obra de Eduardo Souto Moura é muito especial e única no contexto actual. É uma obra que revela um imenso talento e uma inteligência inata. Mas também um saber e uma cultura de irrepetível sensibilidade. Obra de um homem de uma ética e estética superior".
Nuno Brandão Costa, arquitecto, Prémio Secil de Arquitectura 2008

“É, para mim, uma grande alegria ver o Prémio Pritzker ser atribuído a Eduardo Souto Moura. É uma afirmação, para todos nós, da força do discurso da nossa querida língua portuguesa, da nossa arquitectura como discurso sobre a nossa existência nos espaços do mundo e sobre a construção da nossa cidade. É um prazer extremamente particular poder abraçar o meu querido amigo Eduardo Souto Moura.” Paulo Mendes da Rocha, arquitecto brasileiro, Prémio Pritzker 2006

“É uma honra para nós, portugueses, e para nós, arquitectos. É muito interessante que um país pequeno como Portugal consiga já contar com dois Prémios Pritzker. É sinal de um vigor da arquitectura portuguesa – e, claro, em primeiros lugar dos premiados. Estes prémios são também reflexo de uma certa maneira de pensar a arquitectura de que Souto Moura e Álvaro Siza são representantes.”
Manuel Graça Dias, arquitecto

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ser pobre é um desporto cada vez mais caro

Em Portugal, o golfe é um desporto cada vez mais barato, e ser pobre é um desporto cada vez mais caro. A mensagem do Governo é clara: "Portugueses, não sejam pobres
A intenção do Governo de reduzir para 6% a taxa do IVA sobre a prática do golfe é um orgulho para os golfistas e uma vergonha para os sindicalistas. Um grupo de pessoas com fraca organização coletiva, sem recurso a manifestações nem presença na mesa da concertação social, consegue ser mais eficaz na satisfação das suas justas aspirações do que a CGTP e a UGT juntas. O fenómeno volta também a indicar uma relação preocupante entre a contestação social bem sucedida e o uso de calças ridículas: depois de manifestantes dos anos 70, com as suas calças à boca de sino, terem obtido conquistas sociais importantes, os golfistas conseguem agora o seu lugar na história da luta reivindicativa. Parece evidente que os trabalhadores de hoje só não gozam de melhores condições de vida porque Carvalho da Silva não tem a argúcia de comparecer nas manifestações de pijama.

Além dos golfistas, o Governo também está de parabéns. É verdade que cedeu a um grupo social, mas soube fazê-lo enviando um sinal à sociedade: em Portugal, o golfe é um desporto cada vez mais barato, e ser pobre é um desporto cada vez mais caro. A mensagem do Governo é clara: "Portugueses, não sejam pobres." É tão caro ser pobre em Portugal, com todas as medidas que o Governo tem tomado para taxar a pobreza, que só por teimosia um grupo cada vez mais alargado de pessoas se mantém pobre. Por preguiça ou burrice não levam a sério o esforço que o Governo tem feito, através de cargas fiscais e outras penalizações, para desencorajar quem insiste em ter má qualidade de vida e premiar quem tem boa qualidade de vida. Quem vive melhor paga menos impostos e tem mais benefícios, mas nem assim os portugueses percebem que devem passar a viver melhor. É incrível.

A argumentação do Governo é, além do mais, impossível de rebater: o golfe constitui uma importante alavanca do turismo. Há inúmeros cidadãos estrangeiros que procuram o nosso país para praticar o desporto. Mas, depois de terem gasto vários milhares de euros em tacos, viagens e hotéis, se os obrigam a pagar uma taxa de 23%, igual à dos refrigerantes e das latas de conserva, pegam no seu equipamento e vão jogar para países em que o IVA não lhes dê cabo do parco orçamento que têm para alimentação, saúde e jato privado. Quem persiste em viver com dificuldades, envergonhando-se a si mesmo e ao País, e continua a queixar-se dos impostos sobre bens importantes, deve pensar no modo como pode contribuir para o turismo em Portugal. Aglomerem-se nas imediações dos campos de golfe e convençam os jogadores a beber leite achocolatado e iogurtes. Em princípio, o IVA dos produtos que eles consomem baixa imediatamente de 23 para 6 por cento. Não falha.

Ricardo Araújo Pereira
http://aeiou.visao.pt/

Lérias...

Muita gente anda compreensivelmente angustiada com a situação nacional. Estranha é a quantidade de pessoas que se dizem desorientadas, sem ver saída. A crise é grave, mas a solução é fácil. São só três coisas simples: deixar-se de tretas, apertar o cinto e trabalhar mais. A mais difícil é a primeira.
Vivemos há anos mergulhados em caldo de léria. Por exemplo, nesta grave crise existe uma pessoa imaculadamente inocente: José Sócrates. O senhor primeiro-ministro, que há seis anos só executa políticas excelentes, reformas decisivas com resultados históricos, não tem culpa nenhuma. O mal vem todo da crise mundial, da Europa, dos mercados e agência de rating.
Não tem Sócrates razão para culpar a crise? Sim, como Madoff. Ambos viram os seus esquemas denunciados pelo colapso do Lehman Brothers. Na gestão Sócrates, a dívida externa bruta total de Portugal (pelo conceito do FMI) aumentou 147 mil milhões de euros, o dobro do buraco Madoff. Quando chegou ao poder em 2005, essa dívida era 168% do PIB. Em meados de 2008, antes do Lehman cair, já subira para 206%, estando agora nos 233% que nos arruínam. Cresceu mais nos anos do sucesso que desde então. Aliás, aumentou precisamente por causa do suposto sucesso. Assim para os portugueses, como para as vítimas de Madoff, a crise veio a tempo de evitar ainda pior. "Quando a maré baixa é que se vê quem nada nu", disse Warren Buffett em 2003. Se o Lehman só falisse este ano, então é que a nossa ruína seria completa.
Mas as piores tretas não estão nas finanças, embora futuros orçamentos revelarão que surpresas os "resultados históricos" nos reservam. A razão verdadeira das dificuldades está na paralisia da economia. Aí o caldo é espesso. Durante seis anos, o Governo encheu a boca com obras estratégicas e planos tecnológicos. Entretanto, a produção estagnava e o desemprego disparava. Foi também a crise mundial? Não. O aparelho produtivo português foi estrangulado com boas intenções e resultados históricos.
O Governo, pela brutalidade do fisco, ASAE e afins, defende o consumidor, ambiente, saúde, cultura, futuro, etc. Só prejudica as empresas. Como disse o senhor Presidente da República no discurso de posse: "É importante reconhecer as empresas e o valor por elas criado, em vez de as perseguir com uma retórica ameaçadora ou com políticas que desincentivam a iniciativa e o risco. No actual contexto, são elas que podem criar novos empregos e dar esperança a uma geração com formação ampla e diversificada e que não consegue entrar no mercado de trabalho."
Além de arruinar a economia e as finanças, o pior foi o desmiolado ataque contra a família em nome da «modernidade», que levou Portugal à menor fertilidade da Europa Ocidental. Isto, além de paralisar a economia e arrombar as finanças, compromete o futuro nacional por gerações. A cegueira ideológica aqui foi criminosa.
Um homem só, mesmo apoiado por um governo, não chega para criar um drama desta dimensão. A maior das tretas é atribuir todo o mal aos políticos. É verdade que o consulado Sócrates deixa o país de rastos em termos financeiros, económicos, sociais e até morais. Um verdadeiro resultado histórico, só comparável ao de Afonso Costa. Mas esse efeito deve-se à sociedade portuguesa, que Sócrates apenas representou. Afinal, na dívida externa, a parte pública é apenas um quarto.
O mal foi acreditarmos nas tretas. A sociedade é democrática e aberta e as lérias foram sempre sucessivamente aplaudidas. Apesar das repetidas denúncias feitas por organismos internacionais, análises económicas, escândalos políticos, opiniões jornalísticas, o povo acreditou sempre. Com tal ingenuidade, Portugal pode estar prostrado; não pode é estar surpreendido.
Agora que fazer? Trocar o Governo é fácil. Difícil é mudar mentalidades. Não apertamos o cinto porque os furos estão tapados. Não há trabalho porque não se pensa em criar empregos e procuramos os que gostamos e não os que há. Quando se ganham hábitos de rico, custa regressar à realidade. Se ao menos nos deixássemos de lérias...

João César das Neves,
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/

Reflexão: Teoria ou Realidade?


"Pena que se tenha chegado tão tarde a esta conclusão, mas a geração dos que passaram "privações", quis dar aos seus filhos aquilo que não teve e que pensava ser o "melhor" para eles.....???
Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música, bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquer coisa phones ou ypads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.



Percebam agora o pânico deles!

Se as eleições legislativas ocorressem hoje, o PSD seria o partido vencedor com 42,2 por cento dos votos, mais 9,4 pontos percentuais que o PS alcançaria (32,8), indica uma sondagem Intercampus para a TVI, a primeira avançada desde a demissão do Governo. Mas o partido de Passos Coelho não conseguiria uma maioria absoluta e para isso teria de se unir ao CDS-PP. Juntos chegariam aos 50,9 por cento dos sufrágios.


Fonte: Publico

sábado, 26 de março de 2011

Ao melhor estilo do ministro dos "corninhos"


O deputado Renato Sampaio, líder do PS do Porto e vice-presidente do grupo "para lamentar" do seu partido na assembleia da republica, consegue descer ao mais baixo e promove na sua página de Facebook esta vergonha (este link pode ficar indisponível se for bloqueado ou removida a imagem).

Quase tão grave, esta gente disposta a tudo para não perder os seus "tachos", consegue ainda fazer um comentário à imagem em que escreve "infelismente".
Ora, se mais alguma coisa fosse preciso dizer sobre esta "corja" que nos governou, eles próprios se encarregam de o fazer.


quinta-feira, 24 de março de 2011

Comentário em "Le Figaro"

Mesdames, Messieurs, Permettez-moi moi une petite analyse : Monsieur le Premier-Ministre José Socrates est au pouvoir depuis 6 ans! Pourquoi?

Malheureusement dû au taux d'abstention lors des votations, parce que le peuple portugais est fatigué de voter "pour rien". Alors ce n'est que la gauche et un peuple encore peu "politisé" qui vote pour un homme P.M. qui ne fait que leur mentir au sujet de la situation d'un pays qui vit depuis fort longtemps au dessus de leur moyens.

Où est la productivité? Exemple : à 09h30 du matin les routes d'accèes aux principales villes sont encore encombrés de personnes se rendant au travail. Demandez à M. J. Socrates ce qu'il a fait de l'argent des contribuables...Des autoroutes luxueuses et vides, pour remplir les poches de certains.

L'agriculture? Vive l'importation espagnole et autres? Pourquoi trouve-t-on dans les étales des pommes de La Nouvelle Zélande? Où sont les fruits portugais du continent et des îles? Ananas des Açores par exemple?

Une chose est sûre: Monsieur José Socrates a très bien structuré sa démission, on ayant préparé ce programme d'austérité en secret, tout en sachant qu'il ne passerai pas la rampe du Parlemet et on annonçant qu'il démissionnerait si le Programme n'était pas accépté. Monsieur José Socrates sait depuis octobre que sa cote de popularité est à 26%...alors pour ne pas perdre la face et en plus pouvoir garder son immunité (important vu le nombre de cas à ses trousse...) il trouve une porte de sortie bien large.

C'est un homme intelligent et rusé, mais un jour...l'effet boomrang peut lui arriver.

L'austérité est toujours pour les autres, cet homme a donné un très mauvais exemple au peuple, car l'austérité ne l'a jamais touché, ni lui, ni ses amis. Allez un peut voir ce qui se passe du côté de Freeport, Sucata (et autres finances) et aussi pourquoi la journaliste Moura Guedes a été évincée.

Le Portugal doit retrouver ses années de gloire, le peuple est honnête, travailleur, mais noyé par une classe dirigeante qui ne pense qu'à ses propres intérêts. Il faut une ANALYSE objective sur ce ex-P.M. et de ses actes. Il n'est pas le seul coupable mais le peuple a besoin de connaître la VERITE TOUTE LA VERITE.

Serrer la ceinture des salariés à € 450 et autres retraités à € 210 ? Non! Basta! De l'ordre svp. Je sais que même la Belgique n'a plus de Gouvernement et c'est de Bruxelles que les ordres partent? L'exemple doit toujours venir d'en haut.

Cette démission, qui est en fait le résultat d'une mauvaise gouvernance, doit faire réflechir les 27 pays de l'UE. Que tous les Gouvernements pensent au peuple et pas seulement à ses intérêts personnels. Que le peuple portugais retrousse ses manches pour se mettre au travail et suive l'exemple de leurs ancêtres qui ont bravé les océans inconnus et autres énormes obstacles.

Les PORTUGAIS sont capables. Courage et choisissez bien votre prochain PM.

Amicalement MCM Maria Matter

http://plus.lefigaro.fr/article/portugal-socrates-desavoue-laide-financiere-se-profile-20110323-428149/commentaires

Porreiro, pá!

José Sócrates pediu a demissão

"Apresentei agora mesmo a demissão do cargo de primeiro-ministro. Tenho consciência da seriedade desta decisão", começou José Sócrates. Antes disso, a presidência da República emitiu um comunicado em que informou que o primeiro-ministro pedira a demissão.

http://www.dn.pt/

E agora agite-se o fantasma...

Já em 7 de Janeiro e 13 de Janeiro eu perguntava: para quando?

Afinal, a ver as medidas que cada um dos PEC (I, II, II e o IV) foram implementando, não estão já muito longe do que o FMI poderá fazer mais.
A grande diferença, será o corte eficaz na despesa publica, especialmente nas ideias "megalómanas" do governo socialista, como o TGV, aeroporto de Alcochete e a 3ª travessia sobre o Tejo, já para não falar da irreversibilidade do BPN, para aí sim, tentar equilibrar as contas publicas e um juro mais baixo.

Eu tenho consciência que esta crise de governabilidade não é boa. E que terá consequências imediatas na economia e no preço do dinheiro que compramos num prazo imediato.
Mas também poderá ser que consigamos agora, passo a passo, apontar as nossas energias e enfrentar a crise "pelos cornos". Até aqui, fomos apenas segurando na cauda, e o que conseguimos foi pisar uma quanta "merda" que foi deixando ficar. Chega.
Com o actual governo do "Inginheiro" Sócrates, tenho uma certeza, com esse sim, íamos a algum lado, mas era ao "fundo".

É uma covardia e um engodo, dizer que tudo está a melhorar, dizer todas estas mentiras ao povo que está debaixo de uma pressão absoluta, no emprego, nas contas para pagar, na falta de comida à mesa, o carro que não sai da garagem e que se continua a pagar, os filhos que sofrem na qualidade dos estudos que se lhes pode proporcionar, mudar os pacotes de TV e Internet para o mínimo ou mesmo acabar com eles, os "miminhos" merecidos depois de uma semana de trabalho árduo do fim-se-semana com um ou outro jantar fora, uma peça de roupa desejada que fica por isso mesmo, a consulta de rotina dos dentista e oculista que adiamos até um dia destes, enfim, noites e noites com um descanso duvidoso.

Um país que tem que ir todos os meses endividar-se a juros astronómicos para pagar ordenados e sustentar empresas publicas, para prolongar compromissos de divida anterior que negociaram com juros 50% mais baixos, anda a assustar as pessoas com o "papão" do FMI. Que venha e rápido. Pois não confio em ninguém em Portugal para fazer um trabalho isento e eficaz, que permita não continuar sempre os mesmos a apertar o cinto, para o Estado continuar a consumir o país até que este mirre por completo. Venha o FMI e vamos resolver isto de uma vez por todas. Afinal será já a 3ª vez que o temos cá e das 2 anteriores muitos nem souberam ou nem se lembram já.

Deixem de ser covardes e mentirosos. É inevitável. Até já se sabe qual deverá ser o valor: 75 mil milhões de Euros. E não é em Portugal.

Este tempo que perdemos entretanto, todos este meses, apenas serviu para que  um determinado "Inginheiro" tentasse encobrir a sua incompetência e penhorasse o seu próprio país e a sua gente para não sair beliscado. E o resultado está à vista.
Votem nele outra vez!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Debate do PEC O problema é só um: falta de confiança no Governo

In Publico

«O problema resume-se a uma frase dita e repetida por Manuela Ferreira Leite no debate sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) no Parlamento. O problema já não é das medidas concretas incluídas no PEC. “O problema é que a confiança [no Governo] está destruída”, afirmou a antecessora de Pedro Passos Coelho na liderança do PSD, no debate. E se o PS não consegue resolver “o problema da falta de confiança”, então que funcione a democracia».

E ainda faltam...


Qual é a coisa qual é ela, que é obrigado a demitir-se às 19h e às 20h vai queixar-se aos portugueses, da oposição, da crise, da conjectura e tudo o resto que tente justificar uma só coisa: INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA.

Só para justificar uma teimosia!

Música criada conjuntamente pelos mesmos compositores, mas interpretada separadamente pelos mesmos: De um lado David Gilmour, com o seu virtuosismo e mestria tocando de forma suave, limpa e clara; do outro, Roger Waters, que se viu obrigado a socorrer-se de três guitarristas por forma a tentar preencher o solo da mesma música. E será que o conseguiu?


Versus


terça-feira, 22 de março de 2011

O meu boicote.

Há vários dias (semanas até) a esta parte que me contactam com o propósito de me convencerem a assistir a um dos dois concertos do Roger Waters no Pavilhão Atlântico. Ainda há pouco estive sujeito a mais uma tentativa de aliciamento. Mas não! Ainda ponderei, mas é melhor ficar por casa. Sem o Senhor que se segue presente, a minha ida ao concerto apenas me daria consternação e frustração.
Não há nada como o genuíno...


Artur Agostinho


Obrigado. Até sempre.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Para levantar o ego e homenagear esta enorme cidade



Paixão eterna

«O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro»
Honoré de Balzac

domingo, 20 de março de 2011

As voltas que a vida dá...

Não sei porquê, de entre tantas questões em que Sócrates se viu obrigado a dar o braço a torcer à Manuela Ferreira Leite, esta ideia de que não pode haver eleições agora, que é como quem diz que "é preciso suspender a democracia por seis meses", é a que me dá mais vontade de rir ;-)

Limpamos o Bom Jesus do Monte



Obrigado a todos. Valentes e persistentes.
Muito lixo se recolheu hoje. Foram 8 toneladas, não incluindo os resíduos da desinfestação florestal.  E muita mimosa foi irradiada. Agradeço aos voluntários, que somos todos. Fomos cerca de 500.
Obrigado.


sábado, 19 de março de 2011

O país vem primeiro

Estou a ouvir um homem do meu partido que disse algo que subscrevo na totalidade:

"A situação do país, num cenário quase certo de eleições antecipadas, obriga a que todos os militantes, dissonantes ou não, se unam em torno do seu líder e da direcção do partido, colocando as divergências para um plano secundário. A bem de Portugal e dos portugueses."

Subscrevo na integra. Os tempo são de união e de um esforço a bem do país.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Limpar Portugal - AMANHÃ

LIMPAR A Mata do Bom Jesus do Monte.

Um grupo de Braga, que a 20 de Março de 2010 ajudou a Limpar Portugal, em jeito de comemoração do dia do Pai e o aniversário do Limpar Portugal, propõe-se realizar uma acção de limpeza do bosque do Parque do Bom Jesus no próximo dia 19 de Março.

Este movimento tem a imagem do Limpar Portugal 2010 e será tão alargado quanto a adesão. Vamos 20 ou vamos 1.000! Mãos á obra novamente.


Pode consultar e acompanhar mais informação na página do Facebook Que vais fazer na manhã de 19 de Março? Limpar o Bom Jesus em Braga.
Junte-se  a nós. Ajude e divulgue. Desta vez por uma Braga melhor. 

Nota: prometo que só volta a falar de Limpar Portugal para o ano. Excepto um balanço que vou aqui fazer ainda sobre este ano. :-D 

quinta-feira, 17 de março de 2011

1.500 mensagens

1.500 mensagens já cá cantam na Rua do Souto!

« Basta uma aliança PSD-CDS para haver eleições »

"Um chumbo do PEC - cenário que, para José Sócrates, implicará que seja "devolvida a palavra ao povo" - é mais fácil, de acordo com as regras parlamentares, do que a aprovação de uma moção de censura (que teria as mesmas consequências eleitorais).

"Dito de outra forma: basta uma aliança entre o PSD e o CDS, sendo o BE e o PCP dispensáveis, ao contrário do que aconteceria numa moção de censura ao Governo, onde ou os bloquistas ou os comunistas (ou ambos) teriam de se juntar à direita.

"É mais fácil aprovar um chumbo do PEC do que uma moção de censura. Para reprovar o PEC, Bloco e PCP são "dispensáveis".

"A moção de censura exige aprovação por uma "maioria dos deputados em efectividade de funções" (que são 116 deputados), o que, na actual configuração da AR, implica sempre uma "aliança" entre o PSD ( 81 deputados), o CDS (21) e ou o BE (16) ou o PCP+PEV (15) ou ambos.

"Acontece que para chumbar o PEC 4 basta maioria simples, ou seja, que haja mais votos a favor do que contra. O PSD e o CDS, somados, têm 102 votos, mais cinco do que o PS (97 deputados). Se o PCP e o BE se abstiverem, o chumbo será, portanto, aprovado. Se votarem contra o chumbo, salvam o Governo, e basta um deles o fazer para isso acontecer.

"Na próxima quarta-feira serão discutidas pelo menos três resoluções propondo o chumbo do PEC 4: do CDS, BE e PCP. O PS anuncia hoje se apresentará ou não uma resolução propondo sua aprovação."

por JOÃO PEDRO HENRIQUES,
http://www.dn.pt/

«Alemanha: mais pais na prisão por rejeitarem educação sexual estatal»

43 associações do mundo inteiro exigem liberdade para os progenitores objetores

MADRI, quarta-feira, 16 de março de 2011 (ZENIT.org) - Na semana passada, a Europa descobriu com surpresa que, em um país democrático como a Alemanha, uma mãe foi presa por se recusar a levar seus filhos à aula de educação sexual do Estado e que já eram 53 os pais condenados por esse motivo.

Na última segunda-feira - informa a ZENIT a associação Profissionais pela Ética - a ‘Alliance Defense Fund' (ADF), entidade jurídica que defende os direitos das famílias alemãs perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo, informou sobre dois novos casos de prisão de pais em Salzkotten.

São eles: Eduard W., pai de 8 filhos, e Artur W., pai de 10 filhos e a duas semanas de ter o 11º.

Esses pais se recusaram a permitir que seus filhos participem do programa de educação sexual, porque não concordam com a educação sexual que o Estado quer impor aos seus filhos de forma obrigatória e consideram que seus direitos humanos e civis estão sendo violados.

De acordo com Roger Kiska, advogado de ADF, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo não aceitou o pedido para decretar medidas de emergência para libertar a Sra. Wiens, apesar da prisão injusta.

"Estamos convencidos de que, quando o Tribunal de Estrasburgo ditar sua sentença sobre os casos de pais que foram presos pelo simples fato de exercer a paternidade, a justiça vai prevalecer", disse ele.

Enquanto isso, na Espanha, Profissionais pela Ética promove uma declaração a favor da Sra. Wiens, a mãe presa pelo mesmo motivo, na mesma localidade alemã de Salzkotten, assim como de outros pais alemães condenados.

Nesta declaração, que foi assinada por 43 associações da Espanha, Irlanda, Itália, Bélgica, França, Eslováquia, Alemanha, EUA, Quênia, Filipinas, México e Noruega, pede-se às autoridades alemãs que libertem os pais presos por quererem educar seus filhos segundo suas convicções.

Também se exige que as instituições europeias garantam os direitos fundamentais e a liberdade de educação.

A declaração foi enviada às seguintes instituições: Chancelaria Federal da Alemanha; governo federal alemão; ministérios da Cultura e Educação dos estados alemães federados; instituições do Conselho da Europa; representantes dos governos alemão e espanhol no Conselho da Europa; Parlamento Europeu; embaixada alemã na Espanha; tribunais que condenaram os progenitores alemães; pais alemães presos.

"Com esta ação - disse Leonor Tamayo, chefe da área internacional de Profissionais pela Ética -, queremos sensibilizar a opinião pública e apoiar os pais, obrigando as autoridades a evitar essa violação agressiva dos direitos humanos."

A declaração pode ser assinada em:

http://www.profesionalesetica.org/suscribirse-a-la-declaracion/.

Para mais informações: www.profesionalesetica.org.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O que se passa em Portugal?

O que se passa em Portugal? Passa-se que estamos a pagar a factura de apoiar a mediocridade e a mediania. Passa-se de estarmos a apoiar muitos elementos que vão para a política e, por consequência, para os cargos públicos para se governarem e não governar o bem público. Passa-se que vivemos em um país cujo lema é: "não levantar ondas", por consequência, um país onde impera a cobardia de tomar posição e defender valores e, daí o complexo de parecer "bota de elástico" ou "pouco fashion" por defender o que é português. Passa-se que estamos em um país onde se está a matar a maior riqueza interna, isto é, a produtividade nacional e o espírito de iniciativa empresarial dos portugueses. Passa-se que estamos em um pais que mais vale parecer do que ser; mais vale parecer "muito bem" do que assumir-se "remediado" (O que vão dizer os outros? comenta-se dentro de quatro paredes). Passa-se que estamos em um país sem estratégia e rumo, governa-se para hoje, amanhã serão problemas para outros resolverem. Então o que se passa em Portugal? Portugal não tem quem o saiba governar e conduzir. Portugal precisa quem o ame e o queira levantar. Portugal tem que ser dirigido por quem não precise dele mas dele necessite. Portugal tem futuro e o futuro é de quem nele acredita.

Nunca Caminharás sozinho

Fugindo à actualidade política e como, provavelmente, teremos muito espaço de antena depois da reprovação do PEC 4, aqui fica mais um vídeo da Alma Braguista (até arrepia...). Amanhã parto para mais uma jornada, saio às 6h da matina do Porto rumo a Londres, lá alugamos um carro e rumamos a Liverpool, a viagem durará 2h30, depois....depois se verá! Contudo, seja qual for o resultado aplaudirei a equipa da minha cidade de pé...

Desconfiança do mercado pode ser reduzida com maioria parlamentar, diz João Duque

O economista João Duque defendeu hoje que o aumento da desconfiança dos mercados em relação à capacidade de Portugal liquidar as suas dívidas, demonstrado pela descida do 'rating' pela Moody's, poderá ser ultrapassada com uma maioria parlamentar.

"O que a agência [Moody's] está a fazer é a ratificar aquilo que o mercado tem estado a dizer sobre Portugal (...) e o que o mercado está constantemente a dizer é que perde a confiança na emissão de dívida portuguesa e na capacidade de liquidação das dívidas" portuguesas, explicou o economista.

Apesar de admitir que uma crise política e consequente convocação de eleições legislativas seria um factor "de perturbação do mercado no curto prazo", o economista considera que, a médio prazo, a situação seria favorável à economia portuguesa.

"Havendo eleições e eventual alteração da repartição do poder político no Parlamento, isso pode dar uma maioria governativa estável - seja de que cor for - e isso é benéfico para Portugal", defendeu.

"É provável que avançar agora para eleições aumente o custo da dívida, porque se percebe que há uma instabilidade, mas também um Governo frágil sem uma maioria parlamentar estável e dependente constantemente de acordos pontuais é de grande incerteza e instabilidade", disse João Duque.

"Temos de passar pela fase pior para chegarmos a um estado melhor do que este", concluiu.

A agência de notação financeira Moody's anunciou na terça-feira ter reduzido a nota de Portugal, em dois níveis, para A3, invocando uma conjuntura económica incerta face ao programa de rigor ambicioso do Governo.

A decisão foi avançada a seguir a uma entrevista do primeiro-ministro, na qual José Sócrates admitiu recorrer a eleições caso as novas medidas de austeridade sejam "chumbadas" pelo PSD.

A redução do rating atribuído à dívida pública de longo prazo de A1 para A3 e a atribuição de uma perspetiva negativa é justificada, desde logo, pelas débeis perspetivas de crescimento económico e ganhos de produtividade.

Uma segunda explicação, avança a agência, é a do risco associado à concretização dos "ambiciosos" objetivos governamentais de consolidação orçamental.

A Moody's aponta ainda a eventualidade de o Governo ter de fornecer apoio financeiro ao setor bancário e às empresas do setor empresarial do Estado, dado que "estão incapazes de aceder aos mercados de capitais".

http://www.ionline.pt/
por Agência Lusa, Publicado em 16 de Março de 2011