Segundo fontes diplomáticas, contactadas pelo DN, nem o facto de Dilma ter regressado mais cedo a Brasília, devido à morte do antigo número dois do Governo de Lula da Silva, impediu os dois chefes de Estado de manter uma conversa aprofundada sobre várias matérias relacionadas com as relações bilaterais, mas também com a crise financeira actual. Sobretudo em Coimbra, hoje de manhã, quando ficaram lado a lado enquanto decorria a cerimónia honoris causa de Lula. Mas também na noite anterior, quando o Presidente português ligou à sua homóloga assim que soube da morte de José Alencar.
Formados ambos em economia, Cavaco e Dilma têm pela frente dois mandatos paralelos, que obrigarão a forte relacionamento entre Belém e o Planalto. Em aberto, para já, ficou a hipótese de o Governo do Brasil, com o apoio do banco central, comprar dívida portuguesa, ajudando a superar os pagamentos de Abril e Junho de nove mil milhões, aproximadamente. Mas também ao nível empresarial há matérias importantes pendentes, desde logo uma possível - e não afastada por Dilma - participação da Petrobrás na Galp, que procura parceiro para substituir os italianos da ENI.
De Coimbra - onde foi aplaudida, juntamente com Cavaco (embora nem tanto o primeiro-ministro, também presente) - Dilma saiu directa para Brasília, encurtando uma visita que esteve prevista para mais de dois dias.
por David Dinis,
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1819135
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