“Estamos convencidos de que não haverá um verdadeiro renascimento social sem um renascimento espiritual e moral de todos nós e da nossa sociedade. Sabeis porquê? Porque não se trata um tumor com uma aspina ou com um cosmético”, disse D. António Marto, bispo de Leira-Fátima.
O prelado enfatizou a necessidade de uma mudança de critérios e de hábitos de vida.
“Desde logo levando uma vida mais sóbria, que renuncia a um consumismo supérfluo, das coisas supérfluas; uma vida de mais exigência e de mais rigor, que renuncia à ilusão do facilitismo, de que tudo é fácil; uma vida de mais responsabilidade pessoal e social, que renuncia a uma onda enganadora de irresponsabilidade que se propagou na nossa sociedade.”
Dom António Marto apelou também a uma nova realidade política no país. “Não haverá renascimento social sem uma nova cultura política, que assente nos valores da verdade, da honestidade - que afasta toda a corrupção, honestidade de consciência e de costumes - e da transparência que não esconde a verdade da situação ao seu povo”.
“Não haverá renascimento social sem uma nova cultura política que seja capaz de superar os particularismos dos interesses e dos jogos de poder e de privilégios partidários, e de superar a obsessão irracional e quase demencial de atribuir as culpas uns aos outros, o que nada adianta ao bem dos cidadãos sobretudo dos mais pobres, nem ajuda a construir um clima social e de confiança”, disse.
É preciso – prosseguiu o bispo – uma nova cultura política para encontrar “caminhos de diálogo, de colaboração e de consenso”; são precisos novos rumos “que nos permitam sair crise de emergência econômica e social em que caímos”.
in Zenit, 11 de Abril de 2011
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