quinta-feira, 3 de março de 2011

Taxas aliviam depois da reunião entre Sócrates e Merkel

Os juros da dívida portuguesa tanto a cinco como a dez anos estão hoje a descer no mercado secundário, depois da reunião de quarta-feira entre José Sócrates e Angela Merkel, em Berlim.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, pelas 09:42, os juros pedidos pelos investidores para transaccionar obrigações portuguesas a cinco anos estavam a negociar em média nos 7,138 por cento, abaixo dos 7,219 por cento de quarta-feira.

Desde que atingiram o máximo histórico de 7,338 por cento a 28 de Fevereiro - um recorde desde, pelo menos, a entrada de Portugal no euro, em 1999 - que os juros associados a esta dívida estão a aliviar.

Já o 'spread' face aos títulos de dívida alemã (referencial para a Europa), ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações portuguesas em vez de alemãs, situava-se nesta maturidade nos 477,5 pontos base.

Na dívida portuguesa a dez anos, as taxas estão hoje a negociar nos 7,368 por cento, abaixo dos 7,465 por cento da sessão anterior.

O máximo histórico dos juros nesta maturidade foi atingido a 25 de Fevereiro, quando os juros chegaram aos 7,545 por cento na média do dia.(...)

O primeiro-ministro, José Sócrates, e a chanceler alemã, Angela Merkel, reuniram-se quarta-feira em Berlim.

No final da reunião, ambos os líderes garantiram que os dois países vão cooperar estreitamente para que o Conselho Europeu de 24 e 25 de Março reforce a estabilidade do euro, reforme o Pacto de Estabilidade e aprove um pacto que torne a Europa mais competitiva.

Em resposta a uma pergunta de um jornalista, Sócrates negou as acusações de subserviência à Alemanha e a Angela Merkel: "O meu país tem oito séculos de história, o meu país não é subserviente com ninguém, só é subserviente com o seu povo e com aquilo que o povo tem a dizer», disse.

Lusa/SOL

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