"Professor acredita que há «risco grande» de haver eleições"
"Marcelo Rebelo de Sousa defendeu este domingo no Jornal Nacional da TVI que foi Sócrates quem desencadeou uma «crise política» que muito provavelmente terminará em eleições antecipadas. Para o professor, a atitude do primeiro-ministro em avançar para um PEC4 sem «um telefonema» ao Presidente da República ou aos partidos da oposição foi uma «forma infantil» de Sócrates reagir aos recados do discurso da tomada de posse.
"«Fui surpreendido por Sócrates que decidiu começar uma crise política que muito dificilmente não acaba em eleições. É o próprio Sócrates que a desencadeia sem ter a noção disso», disse.
"«Neste quadro, por que há limites para tudo em termos democráticos. Ele provocou a crise. Não foi o Presidente com o discurso, nem foi a manifestação de ontem. Ele provocou a crise, habituado que está a "quero posso e mando" que a democracia não é vontade de um homem sozinho que representa um país. Logo, eu acho que há um risco grande de haver eleições com grande pena minha», defendeu.
"O professor lembrou ainda que o novo pacote pode não passar no Parlamento. «O PEC vai ter que ser votado. Ou por sua iniciativa ou por algum outro partido. E se for chumbado? Ele não pensou nisso? Custava-lhe muito ter evitado isso? Falando com os partidos, com o PSD, com o Presidente? Custava-lhe muito?».
"Para Marcelo Rebelo de Sousa as novas medidas são inaceitáveis. «Todas as medidas são discutíveis, se sim, se não. Agora esta medida do congelamento das pensões básicas é inaceitável. É de uma injustiça. Não é acompanhada de nenhuma proposta de corte de uma estrutura, de instituto público, de uma empresa pública para dois anos próximos. Este pacote exigia um bloco de apoio alargado».
"O ex-líder do PSD defende ainda que «isto não vai com um governo minoritário do PS, não vai com um Governo maioritário do PSD, nem vai com um governo maioritário do PSD e CDS. Isto vai com a necessidade de entendimento entre o PS e o PSD, pelo menos, e eventualmente o CDS. O apelo do Presidente vai nesse sentido. Agora depois de eleições tem obrigação de intervir». (...)"
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1 comentário:
Aqui se vê, que António Guterres foi um "senhor" e agiu com a dignidade rara num politico ao não querer arrastar o país para uma crise que era governamental.
Hoje é mais séria, a crise, e está já para além do governo, mas este continua a ser peça fulcral em tudo.
Mas parece-me que, neste particular, Sócrates é uma pessoa extremamente orgulhosa e tem uma personalidade fraca.
E vai pretender arrastar com ele e com o governo, a oposição, o presidente e em ultima instância o país, se isso lhe permitir sair menos machucado.
Mas, estava à vista a intenção de todas esta acções do governo de Sócrates.
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