“Para vencer a pobreza, as organizações internacionais, os governos e as ONGs podem e devem dar mais apoio à família. As famílias naturais são um componente social decisivo para erradicar a pobreza.”
É o que afirma Marijo Zivkovic, representante da Fundação pró-direitos da família, em um documento apresentado durante a sessão número 48 da Comissão da ONU para o Desenvolvimento Social (Nova York, 9 a 18 de fevereiro).
Marijo Zivkovic é médico, casado, tem seis filhos e 18 netos. Junto a sua mulher, foi membro do Pontifício Conselho para a Família e dirige o Family Center de Zagreb.
Entrevistado por ZENIT, explicou que “geralmente quando se fala da eliminação da pobreza, fala-se de transferência de dinheiro dos que têm para os que não têm. Mas é necessário ter em conta o fato de que a principal garantia para que os projetos de desenvolvimento se tornem realidade é o apoio às famílias naturais, que representam a essência do capital social”.
“Em uma palavra – sublinhou –, melhorar a qualidade da vida familiar é um modo de reduzir e eliminar a pobreza”, porque dentro da família “cumprem-se tantas acções de amor gratuito, cria-se um clima virtuoso de boas relações que geram confiança e esperança.”
“Do contrário – afirmou o doutor Zivkovic –, quando a família é monoparental, dividida, separada, é mais fácil que se desenvolvam fenómenos de negligência, frequentemente irracionais, promiscuidade, alcoolismo, vício de drogas e jogos, SIDA. Criam-se desta maneira condições de sofrimento e desgosto que favorecem a pobreza.”
Onde se afirma a presença estável e duradoura de famílias naturais, a degradação moral é rejeitada e a qualidade de vida melhora. Por isso, a OMS sustenta que a melhor prevenção à SIDA ou outras enfermidades de transmissão sexual é “a relação fiel de duas pessoas sadias”.
As famílias em que domina o respeito a si e o respeito aos demais, o afecto, a atenção e as relações de amor com todos os membros da família, fazem que fenómenos como o alcoolismo ou o vício de drogas sejam muito raros ou inexistentes.
Segundo o médico, o apoio às famílias é decisivo também para garantir sadios e generosos nascimentos.
“É evidente hoje para todos que a queda demográfica causa enormes danos econômicos sobretudo no campo do sistema de pensões”, disse.
Se o número de jovens for inferior ao de anciãos, será impossível garantir, no futuro, os fundos e pensões, comentou o médico. (...)
Antonio Gaspari
ZAGREB, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org)
Sem comentários:
Enviar um comentário