Arriscando-me já a ser catalogado de "fascista" ou de coisa pior, que neste caso nem me importo muito, tenho que manifestar a minha revolta e indignação por esta noticia que li hoje no Jornal de Noticias.
É nestes momentos que recordo tempos idos em que isto nunca aconteceria. Mas vamos lá ao que interessa.
« Luís R., de 24 anos, foi presente ao juiz, na tarde de quarta-feira e terá, ao que o JN apurou, confessando que não se apercebeu da gravidade do acidente de viação com um peão que atravessava a estrada numa passadeira, ocorrido em Lousa, e por esse facto não parou a marcha do automóvel. A vítima, Maria Isabel Lima, foi arrastada em cima do capô do automóvel. O condutor fez com que o corpo caísse e fugiu.»
Ora tirando o facto de este individuo ter atropelado um peão numa passadeira (uma desgraça pode acontecer a qualquer um), ter arrastado no capô do carro o corpo da senhora durante 2 quilómetros, ter sacudido a viatura para se ver livre do referido corpo, imagine-se, diz que não se apercebeu da gravidade do acidente. Acho que ainda deve pensar que fez uma grande coisa ao dar uma boleia forçada de 2 Km à senhora.
Ora que não se deve ter apercebido, até nós calculamos. O referido condutor foi detido 15 horas depois do acidente (e depois de curar a borracheira).
Mas nem isto é muito estranho. Não é não senhor. Não ao pé do que vos contar de seguida.
Enquanto a senhora foi a enterrar e a família chorava a perda de um ente querido, o criminoso (começou por ser individuo) que deveria conduzir intoxicado, que atropelou um peão numa passadeira, que arrastou o corpo por 2 Km, que abandonou uma pessoa a necessitar de ajuda imediata, que acha tudo isto que fez natural, aconteceu-lhe o quê para já?
« O juiz do Tribunal de Loures entendeu que não existe "perigo de fuga" por parte do arguido, pelo que acabou por decretar como medida de coacção o termo de identidade e residência (a opção menos gravosa), apresentações semanais no posto da Malveira da GNR e ainda a proibição de frequentar a zona de Lousa, local onde ocorreu o acidente, presume-se que para salvaguarda da sua própria integridade física.No entanto, o juiz não lhe decretou qualquer sanção que o iniba de conduzir, pelo que o jovem pode guiar normalmente, pelo menos até ser novamente presente a tribunal para julgamento.»
Podem não o dizer alto, mas no fundo dão-me razão. Mas eu digo por todos.
- Por favor acertem as horas à merda da justiça que temos em Portugal.
E ainda fico a aguardar o desfecho de todo este episódio. Porque tenho a certeza que a palhaçada não acabou por aqui.
Fonte: Jornal de Noticias
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