Abram os olhos de uma vez.
1 - Se não chegaram as polémicas com o edifício da Fábrica Confiança, e as suspeitas de uma proximidade demasiado comprometedora, entre o rosto da empresa
Urbinews, proprietária do espaço e o genro de Mesquita Machado, depois de esta empresa ter comprado o edifício da Fábrica Confiança por 1,9 milhões de euros e ter vendido posteriormente à câmara de Braga por 3,5 milhões de euros;
2 - A polémica da concessão por cerca de 4 milhões de euros à empresa ESSE (
do amigo Salvador) da gestão do estacionamento de superfície de Braga
com 1172 estabelecidos à data do negócio e, um par de meses depois
aumentar em 27 ruas a abrangência do negócio, sendo que
podem até chegar a mais 100 ruas e tudo sem aumentar o preço da concessão inicial;
3 - Surge agora mais esta. Os prédios que a Câmara de Braga pretende expropriar para construir a nova Pousada de Juventude da cidade pertenceram à filha do presidente da autarquia, Mesquita Machado, até à semana passada.
Os imóveis foram vendidos a uma imobiliária da cidade e, quatro dias depois, foi iniciado o processo de aquisição dos terrenos situados junto ao Convento das Convertidas, no centro da cidade. Os documentos da 1.ª Conservatória do Registo Predial são claros, dando conta da transmissão da propriedade dos dois imóveis para a empresa Urbimodarte no dia 30 de Abril (terça-feira da semana passada).
Os prédios tinham sido comprados, em 2010, pela filha de Mesquita Machado e pelo marido, e está hipotecado, como garantia por um crédito concedido ao casal em 2011, com um montante máximo assegurado de 2,7 milhões de euros. Segundo os registos da Conservatória de Braga, os edifícios continuam hipotecados. Caso avance o pedido de expropriação dos mesmos, a hipoteca será o primeiro elemento a ser liquidado pelo dinheiro público envolvido no negócio.
Quatro dias após a venda dos prédios pela filha e o genro de Mesquita Machado, a autarquia deu início do processo de expropriação dos mesmos, num processo declarado “urgente” e em que é evocado o “interesse público” da sua localização. O documento será votado na reunião do executivo municipal desta quinta-feira.
Um "suponhamos": com jeito, podemos até supor que a empresa Urbimodarte, a quem foram vendidos os edifícios, tem também ela ligações ao clã Mesquita Machado. E reafirmo, suponhamos...
A taxa de IMI, em tempos de tanta crise e quando o país está de rastos, que muitas famílias mal podem suportar, não baixa a câmara.
Haja vergonha, meus senhores. Andam a brincar com o dinheiro dos nossos impostos.